Liberdade.

Todos os textos publicados nesse blog são livres para serem copiados e reproduzidos.
Porque não existe outra pretensão em nossos escritos, que não seja expressar o nosso pensamento, nossa forma de ver e sentir o mundo, o Homem e a Vida.
Se você acreditar seja necessário e ético, favor indicar a origem e o Autor. Ficamos lhe devendo essa!
Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

PAIS E FILHOS



Como os pais devem criar seus filhos?
Dada a importância crítica dos primeiros anos e até meses de vida para o desenvolvimento intelectual, emocional e comportamental de uma criança, é essencial identificar as melhores maneiras de criar crianças. Podemos falar sobre quanto tempo os pais devem gastar com seus filhos, com que frequência eles devem ler para eles, a que horas eles devem colocá-los na cama e outros tópicos. Mas para muitas pessoas a questão de criar filhos significa como os pais devem disciplinar seus filhos. Embora não exista uma resposta certa a esta questão que satisfaça todos, os estudiosos identificam pelo menos quatro estilos de disciplina.
- O primeiro estilo de disciplina, e aquele que a maioria dos estudiosos da infância aceitam, é chamado de disciplina ‘autoritária’ ou ‘firme’, mas ‘justa’. Neste estilo de disciplina, os pais estabelecem regras claras para o comportamento de seus filhos, mas, ao mesmo tempo, deixam seus filhos exercer um julgamento independente. Quando seus filhos se comportam mal, os pais explicam pacientemente por que seu comportamento estava errado e, se necessário, poderão discipliná-los. Eles raramente, usam castigos físicos e, em geral, proporcionam-lhes muito apoio emocional. A maioria dos especialistas da infância acham que a disciplina ‘autoritária e justa’ ajuda o desenvolvimento moral das crianças e ajuda a produzir crianças bem-comportadas.
- Muitos pais, em vez disso, praticam a disciplina puramente ‘autoritária’. Esses pais estabelecem regras firmes, mas excessivamente restritivas para o comportamento de seus filhos, não aceitam discutir ou explicar essas regras e geralmente não são muito amorosos na relação com os filhos. Quando seus filhos se comportam mal, os pais podem gritar com eles e puni-los com palmadas relativamente frequentes e até mesmo mais ásperas. Embora esses pais pensem que tal punição é necessária para ensinar aos filhos a se comportar, muitos especialistas da infância acham que sua disciplina ‘autoritária’ causa filhos que são mais propensos a se comportar mal.
- Um terceiro estilo de disciplina é chamado de ‘relaxante’ ou ‘permissivo’. Como esses nomes indicam, os pais estabelecem poucas regras para o comportamento de seus filhos e não os disciplinam quando se comportam mal. Essas crianças, também, são mais sujeitas, do que as crianças criadas por pais autoritários, a comportarem mal durante a infância e adolescência.
- A disciplina ‘não envolvida’ é o quarto e último tipo. Os pais que praticam esse estilo, geralmente ausentes, não oferecem aos seus filhos suporte emocional e não estabelecem regras para o seu comportamento. Esse estilo de relacionamento familiar não estabelece limites ou regras, e produz comportamentos antissociais e outros resultados negativos por parte das crianças. Especialmente quando comparado a famílias onde pelo menos um dos cônjuges está presente, essa estrutura familiar de abandono da prole produz indivíduos totalmente dissociados dos padrões sociais.     
Uma razão pela qual a disciplina ‘autoritária e justa’ é melhor do que a disciplina ‘autoritária’ para as crianças, é que evita as palmadas e outros tipos de castigos físicos, em favor de outros tipos de disciplinamento e punição mais inteligentes, que levam as crianças a raciocinar sobre o erro cometido.
Muitos especialistas acham que a palmada é ruim para as crianças e as torna mais propensas, e não menos propensas, a se comportarem mal. As palmadas, dizem eles, ensinam as crianças a se comportar para evitar serem punidas. Esta lição torna as crianças mais propensas a se comportar mal se acharem que não serão pegas, pois não aprendem a se comportar por sua própria vontade, mas por medo da punição.
As crianças que são constantemente punidas fisicamente, também podem se ressentir dos seus pais mais do que as crianças criadas de forma ‘autoritária e justa’ e, portanto, são mais propensas a se comportar mal porque sua relação com seus pais não é tão afetiva.
Assim, alguns pais que impingem castigos físicos aos filhos, o fazem porque eles acreditam no velho testamento, Provérbios 22.15: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afugentará dela”, Provérbios 23.13-14: “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” e Provérbios 29.15: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”.
Ironicamente os castigos físicos podem fazer as crianças mais bem-comportadas ou mais malcomportadas, não adianta a ‘palmada’ se ela não vier acompanhada da explicação da sua necessidade para corrigir erros reincidentes que poderão trazer consequências desagradáveis ou comprometer o futuro da criança. Como vimos sem a conscientização a criança poderá se comportar mal quando achar que não será pega no erro.
Assimilação e acomodação são duas formas de conformação social, quando o indivíduo assimila um valor social, ele incorpora a sua personalidade aquele valor e independente de fatores externos, ele irá moldar seu comportamento ao padrão valorizado pela sociedade, a acomodação, por outro lado, não implica a incorporação do valor, o indivíduo assume o comportamento por medo da punição que poderá receber pelo desrespeito da norma social, mas, se ele achar que não será descoberto, que ninguém está vendo, ele poderá cometer o erro pois acredita que não será punido.
Uma ‘boa conversa’, que poderá vir acompanhada de uma ‘palmada’, quando necessária, vale muito mais que uma boa ‘surra’, sem uma ‘conversa’! O importante é a criança saber que errou, porquê, onde e como errou, quais as consequências atuais e futuras do seu erro e que está sendo punida pelo seu erro.
.
Lígia e Eduardo G. Souza

.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário