Liberdade.

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Porque não existe outra pretensão em nossos escritos, que não seja expressar o nosso pensamento, nossa forma de ver e sentir o mundo, o Homem e a Vida.
Se você acreditar seja necessário e ético, favor indicar a origem e o Autor. Ficamos lhe devendo essa!
Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PORQUE ALGUMAS PESSOAS SÃO AGRESSIVAS NAS REDES SOCIAIS






A raiva é uma emoção humana normal e natural. É, de fato, uma das mais básicas de todas as experiências humanas. Todo mundo já sentiu raiva em um ponto em suas vidas e alguns de nós canalizaram essa raiva para a violência, outros não. Muita raiva sobre o que ultimamente está acontecendo, tem sido acumulada e expressa. Se fosse um pouco maior, estaríamos acumulando sacos de areia contra nossas portas e janelas, e trocando tiros nas ruas. Mas de onde ela vem? E por que é tão frequentemente dirigida a alvos estranhos?
Na verdade, a raiva não é de tudo ruim. Sem a raiva, injustiças graves não seriam respondidas, seríamos menos motivados para nos protegermos e talvez não tivéssemos sobrevivido como uma espécie.
No entanto, desde uma idade muito jovem, muitos de nós são bombardeados com a mensagem de que a raiva é ruim. Durante o período de nosso desenvolvimento emocional, quando somos altamente suscetíveis à pressão social de pais, cuidadores e professores, aprendemos que para sermos "bons" devemos desenvolver o autocontrole e esconder os sentimentos de raiva. Quando as pessoas aprendem que não podem expressar raiva abertamente, honestamente e diretamente dentro dos relacionamentos, a emoção não desaparece. Em vez disso, muitos de nós aprendemos a expressá-la em formas alternativas e secretas, muitas vezes através de comportamentos agressivos.
Mas, enquanto a raiva não gera a agressão tudo bem, entretanto, quando a raiva é canalizada para a agressão, são muito fáceis de fazerem vítimas, e, muitas vezes, por motivos mais insustentáveis do que se pensa, o que raramente é benéfico para qualquer um. Afinal, foi Sigmund Freud quem disse: "A raiva leva ao medo, o medo leva ao ódio e o ódio leva ao lado negro".
É importante diferenciar raiva e agressão. A raiva é o estado de excitação emocional e fisiológica. Você pode ficar com raiva de alguém ou de alguma coisa, mas optar por não se comportar agressivamente com alguém como resultado dessa raiva. Esse tipo de comportamento é considerado maduro. Da mesma forma, você pode ser muito agressivo com alguém (por exemplo, assaltá-lo), sem se irritar com essa pessoa (as probabilidades são que você não conhece nada sobre ele, além do fato de que ele tem objetos de valor que você quer), isso é considerado imaturo.
Existem muitas teorias sobre a agressividade humana. Mas uma questão interessante é por que as pessoas ficam tão irritadas com coisas relativamente inconsequentes tão frequentemente nos dias de hoje.
Os diversos autores têm procurado distinguir os termos ‘agressão’ e ‘comportamento agressivo’. Comportamento agressivo pode ser caracterizado por ataques verbais. A agressão é uma ação destrutiva contra si mesmo e/ou contra outros.
Psicologicamente, é um assunto complexo (como as emoções tendem a ser). A agressão (em humanos) é definida por Anderson(1) e Bushman(2) como "qualquer comportamento dirigido a outro indivíduo, que seja realizado com a intenção próxima (imediata) de causar danos. Além disso, o perpetrador deve acreditar que o comportamento causará danos e que o alvo está motivado para evitar o comportamento". Alguém está fazendo algo que você não gosta (por exemplo, uma pessoa que expressa opiniões contrárias as suas), você faz algo contra ele que você sabe causará danos (por exemplo, ofendê-lo ou ameaçá-lo), o que você espera é que ele não vá responder para evitar que você faça isso novamente (por exemplo, que essa pessoa pare de expressar suas opiniões).
A hostilidade é o componente cognitivo da agressão. É o que você pensa, que leva a um comportamento agressivo. A agressão hostil é quando você reage de forma agressiva e impulsiva a ameaças ou insultos percebidos. Por outro lado, a agressão instrumental é quando você usa a agressão para adquirir objetivos a longo prazo. Uma pessoa que aborrece abertamente você numa rede social, na frente de outros, provavelmente está usando a agressão instrumental para se promover às suas custas. Você, subsequentemente, responde de forma agressiva, ofensiva ou ameaçadora, isso é agressão hostil.
A hipótese da frustração-agressão diz que nos irritamos quando somos frustrados, quando nossos desejos, objetivos ou expectativas são frustrados. Há tantos motivos para isso nos dias de hoje, a Lei nos diz todas as coisas que podemos e devemos fazer, mas na hora de aplicação da Lei vemos algumas instituições tergiversar, a mídia nos diz como está terrível a economia, a política e tudo mais, a internet garante que tenhamos um fluxo constante de informações potencialmente frustrantes, é fácil ver porque as pessoas vivem em um estado permanente de raiva fervente.
No entanto, muitas vezes é difícil fazer qualquer coisa sobre essas frustrações, por isso é provável que resulte em agressão deslocada. Então, se você não pode alterar o que está lhe frustrando, você pode se voltar contra algo ou alguém que tenha menor possibilidade para prejudicá-lo se reagir. A agressão deslocada desenvolve uma variedade de comportamentos projetados contra outra pessoa, sem que o outro reconheça essa raiva subjacente. A excitação da raiva não se dissipa rapidamente, portanto, muitas vezes é transferida para alvos menos merecedores, mas mais convenientes.
Sua vida não está indo como você esperava e sua situação é uma merda? Pode não ser sua culpa! São aqueles malditos políticos, comunistas, etc., que estão arruinando a sociedade e atrapalhando o processo. Mas graças à internet, agora você tem ampla oportunidade de se vingar.
Você não pode perder um debate numa rede social! Há uma predisposição natural das pessoas para reconhecer questões controversas, defender posições e refutar posições opostas. Assertividade e argumentação são vistas como predisposições construtivas. A assertividade é a arte de defender o seu ponto de vista sem recuar e sem agredir, inclui ser vigoroso, firme, usando o raciocínio para defender posições pessoais, enquanto refuta as posições dos adversários, sem ofendê-los.
O importante em qualquer discussão, é colocar o que você pensa, respeitando a opinião do outro.
Alguns indivíduos profundamente desagradáveis ​​ficam muito bravos e agressivos quando são compartilhadas ideias contra aquilo que elas acreditam. As pessoas ficam muito irritadas com essas pessoas que enviam informações, notícias ou comentários em geral, que vão contra sua opinião, e fazem de tudo para detê-las. Algumas pessoas ficam com raiva dessas pessoas, e assumem, por sua vez, uma postura agressiva, por não obter as soluções ou respostas que elas queriam. As pessoas ficam muito irritadas com a suposta lógica por trás desses comentários. As pessoas ficam muito bravas com essas pessoas que estavam zangadas com as postagens ou os comentários.
Pode chegar um ponto que pessoas desconhecidas passam a se insultar, se agredir verbalmente e até fazerem ameaças. A agressividade Verbal é uma predisposição para atacar a integridade e o autoconceito do outro. Esse comportamento, geralmente considerado uma forma destrutiva e negativa de comunicação, fica muito complexo explicá-lo.
A agressividade verbal é vista como uma deficiência da habilidade do raciocínio lógico e das habilidades verbais necessárias para lidar com os desentendimentos normais e as frustrações diárias. A falta de habilidades de argumentação é um catalisador da agressão verbal, da violência. Em geral, quanto mais um indivíduo é rico em argumentação, menos ele é propenso a agressividade verbal.
Na verdade, a agressão verbal é um ataque pessoal, que objetiva insultar e ofender o outro, ao invés confrontar o seu pensamento ou a sua posição. Os indivíduos que lançam mão da agressão verbal são vistos como menos credíveis, têm comportamentos sociais menos satisfatórios e, em geral, recorrem a agressões físicas com mais frequência. As consequências da agressão verbal incluem: baixo autoconceito, frustração, ansiedade, raiva, ressentimento, constrangimento e até agressão física.
Essa é uma coisa que a internet faz bem! Ao mesmo tempo que ela oferece coisas amargas para nos irritar, pois não temos o poder mudar ou nos afastar, ela nos oferece muitas avenidas para deslocar e ventilar nossa raiva.
Obviamente, na verdade a questão é muito mais complexa, assumindo fatores societários, evolutivos e psicológicos além do alcance de uma única postagem na internet. Sou só um estudioso do comportamento humano.
Como você chegou até aqui, temos um pequeno favor para pedir. Não deixe sua raiva transformar-se em agressão verbal, lembre-se que o seu opositor, na maior parte das vezes, não é o responsável pelo que está acontecendo, ele pode ser uma vítima como você. A falta de habilidade no gerenciamento de conflitos, é uma razão primordial da violência nas relações pela internet. Saber quando parar de discutir é uma arte e também uma habilidade de comunicação. Então como você pode ver, precisamos de sua ajuda. Fazemos esse pedido porque acreditamos que nossa perspectiva é importante e porque também pode ser a sua perspectiva.
Eduardo G, Souza.

(1)  Craig A. Anderson é professor e diretor do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Iowa em Ames. Obteve seu doutorado na Universidade de Stanford em 1980. Ele realizou pesquisas sobre os efeitos dos videogames sobre as crianças. Ele foi professor da Rice University, Ohio State University e da Universidade de Missouri. Sua pesquisa examinou a associação potencial entre conteúdo violento dos videogames e a violência. Atualmente é membro do Conselho Executivo da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre Agressão.
(2)  Brad J. Bushman é professor de comunicação de massa da Universidade Estadual de Ohio e consultor em psicologia. Publicou vários trabalhos sobre as causas e consequências da agressão humana. Seu trabalho questionou a utilidade da catarse e relaciona-se também com os violentos efeitos do videogame sobre a agressão. Licenciado em psicologia pela Weber State College (agora Universidade Estadual de Weber) em 1984, Ph.D. na Universidade do Missouriem em 1989 e possui três mestrados em psicologia, estatística e pedagogia.
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domingo, 21 de janeiro de 2018

PSICOPATA OU SOCIOPATA?




Temos visto em vários artigos nos jornais e em postagens na internet, políticos serem tachados hora de psicopatas, hora de sociopatas. Mas, afinal, eles são psicopatas ou sociopatas?
Estes dois termos não estão bem definidos na literatura da psicologia, daí a confusão sobre eles.
Bem, todos nós já assistimos filmes ou séries de TV onde um cara mau faz coisas extremamente bizarras de uma forma incrivelmente bem calculada, ele pode planejar ataques, cometer fraude, roubar ou ferir pessoas com uma completa falta de preocupação com suas ações. Ao ver essas pessoas, tendemos a marcá-las imediatamente como psicopatas. Em outras ocasiões, as pessoas usam o termo sociopata em vez disso.
Mas, existe uma diferença entre os dois? E quais são essas diferenças?
Vamos tentar esclarecer... Existem algumas semelhanças gerais, bem como diferenças entre esses dois tipos de personalidades patológicas.
Olhem, não existe uma resposta consensual e você verá muitas opiniões conflitantes. Algumas pessoas acreditam que a pessoa nasce psicopata, enquanto os sociopatas são criados, produtos de infâncias difíceis e ambientes domésticos traumáticos. Outros dizem que a sociopatia é apenas o último degrau para a psicopatia. Não há consenso geral.
As características comuns de um psicopata e um sociopata residem em seu diagnóstico compartilhado - transtorno de personalidade antissocial. Alguém que apresente três ou mais dos seguintes traços é diagnosticado como portador de um transtorno de personalidade antissocial:
- Regularmente quebra ou viola a lei; - Constantemente mente e engana os outros; - É impulsivo e não planeja com antecedência; - É ser propenso à luta e à agressividade; - Tem pouca consideração pela segurança dos outros; - É irresponsável, pode não cumprir obrigações financeiras e legais; - Não sente remorso ou culpa.
Em ambos os casos, alguns sinais ou sintomas estão quase sempre presentes antes da adolescência, eles mostram que a pessoa está a caminho de se tornar um psicopata ou sociopata.

- Psicopatas.
Os psicopatas são portadores de uma psicopatia, um transtorno de personalidade encontrado entre os seres humanos. Ao contrário de muitas outras doenças, esta é um dos distúrbios mais difíceis de detectar em seres humanos, pois os pacientes parecem absolutamente normais no exterior, sem apresentar sintomas óbvios (como normalmente ocorrem em distúrbios biológicos) que possam ser detectados usando os equipamentos médicos tradicionais. Os psicopatas podem exibir comportamentos de manipulação, não demonstrar respeito pela segurança ou pelo bem-estar dos outros ao seu redor, serem extremamente voláteis e serem desprovidos de qualquer empatia ou consciência. Mas, os psicopatas geralmente podem ser vistos pelos outros como sendo charmosos e confiáveis, mantendo empregos estáveis ​​e normais. Podem ainda, ter família ou um relacionamento amoroso aparentemente normal com um parceiro.

- Sociopatas.  
Devido a muitas semelhanças em seus comportamentos, os sociopatas, ou seja, pessoas que sofrem de sociopatia (um termo informal referente a um padrão de atitudes antissociais) nem sempre são facilmente discerníveis dos psicopatas. Ainda assim, o termo "sócio" ligado à palavra sociopatia nos dá a ideia de que, ao contrário da psicopatia, a sociopatia tende a se desenvolver devido ao ambiente em que vivem os sociopatas. Eles geralmente têm um senso grandioso de si, exibem emoções rasas e comportamento impulsivo, e também pode ter uma persistente necessidade de estimulação. Os sociopatas, em geral, tendem a ser mais impulsivos e erráticos em seu comportamento do que seus homólogos psicopatas. Apesar de terem dificuldades em formar ligações a outros, alguns sociopatas podem formar um elo com um grupo ou pessoa de mentalidade semelhante. Ao contrário dos psicopatas, a maioria dos sociopatas não mantém empregos de longo prazo ou apresentam uma vida familiar normal.

- Natureza da desordem.
Os psicólogos acreditam que os psicopatas nascem com o transtorno, o que significa que eles têm uma predisposição genética para tendências psicopatas. A psicopatia pode estar relacionada a diferenças fisiológicas do cérebro, pesquisa médica mostra que os psicopatas tendem a ter cérebros que são estruturalmente diferentes do cérebro de pessoas normais. Mais especificamente, as áreas do cérebro responsáveis ​​pelo controle de impulsos e da regulação emocional podem estar subdesenvolvidas em psicopatas.
Na maioria dos casos, os sociopatas não nascem com qualquer transtorno. Em vez disso, eles se tornam o que são, devido a vários fatores ambientais, como sua educação, trauma infantil ou uma história de abuso emocional. Como resultado, eles tendem a ser mais impulsivos e menos calculados em suas decisões e ações.

- Consciência.
A consciência é uma aptidão, faculdade, intuição ou julgamento que ajuda a distinguir o certo do errado. É um sentimento interior ou uma voz considerada como um guia para a correção do comportamento. Ela faz parte integrante em todas as nossas ações, especialmente nos "erros". Em termos psicológicos, a consciência é muitas vezes descrita como o sentimento de remorso quando o ser humano comete ações que vão contra suas normas e valores.
De acordo com L. Michael Tompkins(1), os psicopatas não têm consciência. Em outras palavras, eles não vão se sentir mal, não sentirão nenhum escrúpulo moral, se eles mentirem sobre algo importante, roubar ou machucar alguém, embora eles possam fingir. Eles podem demonstrar exteriormente arrependimento, mas eles não vão realmente sentir isso, pois em geral esse arrependimento é apenas para sustentar indiretamente suas ações e iludir as pessoas (por exemplo, estou arrependido de ter acreditado nele...). Os psicopatas raramente sentem culpa em relação a qualquer um de seus comportamentos, não importa o quanto eles prejudiquem os outros.
Os sociopatas, por outro lado, têm uma consciência, embora seja fraca, que não poderá impedir que eles façam algo que pensam ser errado ou imoral. Em outras palavras, antes de cometer uma fraude, eles sabem que o que eles estão prestes a fazer é errado, mas isso não impedirá que eles realmente o façam.

- Empatia.
Outra característica da personalidade que dita a maioria de nossas ações é a empatia. Existem muitas definições de empatia que abrangem uma ampla gama de estados emocionais. A empatia é a capacidade de sentir as emoções de outras pessoas, é a capacidade de colocar-se na posição da outra pessoa, juntamente com a capacidade de imaginar o que alguém poderia estar pensando ou sentindo, experimentando-os para nós mesmos através do poder da imaginação.
Embora tanto os psicopatas quanto os sociopatas falhem em simpatizar, de acordo com Aaron R. Kipnis(2), os psicopatas não têm nenhum respeito pelos outros. Eles podem usar os outros para o seu próprio bem com total desrespeito ao bem-estar dos outros ou mesmo à sobrevivência.
Os psicopatas tendem a ser bastante bons em ocultar e manipular suas emoções, o que, em geral, dificulta a formação de vínculos emocionais reais com os outros. Em vez disso, eles formam relações artificiais e pouco profundas, projetadas para serem manipuladas da maneira que mais beneficie os psicopatas. Como resultado, eles parecem absolutamente normais, às vezes até charmosos ou confiáveis. Eles também podem ser bastante inteligentes (por exemplo, Hannibal Lecter).
Os sociopatas, por outro lado, têm dificuldade em se misturar e interagir com as pessoas, muitas vezes tornando-se meio ou totalmente “estranhos” em um grupo.
Tanto os sociopatas quanto os psicopatas têm um padrão generalizado de desrespeito pela segurança e pelos direitos dos outros. As pessoas são vistas como peões para serem usadas para encaminhar os seus objetivos. O engano e a manipulação são características centrais para ambos os tipos de personalidade.

- Mais perigoso?
Embora tanto os psicopatas como os sociopatas representem riscos e uma ameaça para os membros da sociedade em que vivem, porque muitas vezes tentam viver uma vida normal enquanto lidam com sua desordem. Os primeiros podem ser considerados mais perigosos, pois não têm consciência, nem experimentam quase nenhum sentimento de culpa associada às suas ações.
Mas, nem todos são perigosos! Ao contrário da crença popular, os psicopatas ou os sociopatas não são necessariamente violentos.
Há uma coisa incrivelmente importante que se deve ter em mente .... Só porque uma pessoa sofre de um transtorno de personalidade, não significa que ela seja perigosa para as pessoas ou a sociedade em geral. Deve entender-se que tais distúrbios estão fora do controle dos indivíduos, e que mesmo as pessoas normais podem mostram um comportamento sociopático em certas situações. As pessoas que sofrem de distúrbios de personalidade podem ter problemas para se adaptar ao modo de vida "convencional", mas isso não significa que desejem prejudicar os outros.

- Vida criminosa.
Quando um psicopata se envolve comportamentos criminosos, ele tende a fazê-lo de forma a minimizar o risco para si mesmo. Ele planejará cuidadosamente as atividades criminosas para garantir que não seja pego, tendo planos de contingência preparados para todas as contingências.
Quando um sociopata se envolve em comportamentos criminosos, ele pode fazê-lo de forma impulsiva e em grande parte não planejada, com pouca consideração pelos riscos ou consequências de suas ações. Ele pode ficar agitado e irritado facilmente, às vezes resultando em explosões violentas.
Ambos, os psicopatas e os sociopatas, são capazes de cometer crimes horríveis, mas os sociopatas são menos propensos a praticá-los contra aqueles com quem mantém um vínculo. Os psicopatas, por exemplo, são muito mais propensos a ter problemas com a lei, enquanto os sociopatas são muito mais propensos a ferir as regras da sociedade.

Psicopatia e sociopatia são diferentes títulos culturais aplicados ao diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial. Cerca de 3% da população pode ser diagnosticada como portadora de um transtorno de personalidade antissocial. Esse distúrbio é mais comum entre os homens, e é detectado principalmente em pessoas com problemas de abuso de álcool ou substâncias tóxicas, ou em indivíduos encarcerados. Os psicopatas tendem a ser mais manipuladores, podem ser vistos pelos outros como mais charmosos, levam a aparência de uma vida normal e minimizam o risco em atividades criminosas. Os sociopatas tendem a ser mais erráticos, propensos a raiva e incapazes de levar a maior parte de uma vida normal.
Afinal, quem tem razão? Você chegou a uma conclusão... Quem está certo, aqueles que afirmam serem os políticos, em geral, psicopatas ou os que dizem serem eles sociopatas? Você decide!
Eduardo G. Souza

(1)  O Dr. Tompkins é um psicólogo clínico, que atua principalmente no tratamento de pessoas sofrem de dor crônica, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), estresse e ansiedade.
O Dr. L. Michael Tompkins formou-se em psicologia com a vocação de ajudar as pessoas, trabalhando com encarcerados na Instituição Correcional Tehachapi, na Califórnia, na Prisão Estatal da Califórnia, em Folsom, e no Sacramento County Jail, bem como com os doentes mentais graves no Centro de Tratamento de Saúde Mental do Condado de Sacramento, ele descobriu que era eficaz e gostava de ajudar adultos que realmente queriam trabalhar os seus problemas.
O Dr. Tompkins não apenas escuta os problemas das pessoas, ele os ajuda a abordá-los, enfrentá-los e resolvê-los, se possível. O Dr. Tompkins vê a psicologia como um detetive, que procura investigar e resolver os problemas, descobrindo detalhes relevantes da vida da pessoa que estão causando a angústia.
Ele é especialista no tratamento de pessoas que sofrem de dor crônica, depressão, distúrbios de ansiedade, TEPT, abuso de substâncias, violência doméstica, sofrimento, dificuldades em relacionamentos e Transtornos de Personalidade do Eixo II. E também atua como consultor de gestão, no atendimento de homens e mulheres de negócios, que têm problemas complexos no local de trabalho e em outros aspectos da vida.
Por ser um veterano, ele trabalha voluntariamente no tratamento de adaptação de veteranos e na ajuda a policiais no difícil cumprimento de suas missões.
Amável e compassivo, mas rigoroso quando necessário, sempre usando o humor quando apropriado, o Dr. Tompkins geralmente é capaz de dissipar o nevoeiro e chegar aos problemas reais que perturbam uma pessoa, de forma rápida e competente.
(2)  Dr. Aaron R. Kipnis é um psicólogo clínico de Santa Monica, Califórnia. Ele trabalhou com pessoas - indivíduos e famílias – da faixa de 1% inferior da economia, são aqueles que vivem com um dólar por dia nas regiões mais pobres da Índia.
Desde 1997, é professor de psicologia em tempo integral do Pacifica Graduate Institute no condado de Santa Bárbara.
O Dr. Kipnis escreveu cinco livros: The Midas Complex: How Money Drives Us Crazy and What We Can Do About (O Complexo Midas: como o dinheiro nos deixa loucos e o que podemos fazer sobre isso); Knights Without Armor: A Guide to the Inner Lives of Men (Cavaleiros Sem Armadura: Um Guia para as Vidas Internas dos Homens); Angry Young Men: How Parents, Teachers, and Counselors Can Help Bad Boys Become Good Men (Homens jovens irritados: como os pais, os professores e os conselheiros podem ajudar os meninos maus a se tornar bons homens); Gender War Gender Peace (Gênero Guerra Sexo Paz); e What Women and Men Really Want: Creating Deeper Understanding and Love in Our Relationships (O que as mulheres e os homens realmente querem: criando uma compreensão e um amor mais profundos em nossos relacionamentos), muitos capítulos e partes de livros, produziu uma peça e um documentário premiado sobre a erradicação da pobreza na Índia e no Afeganistão. A partir do seu livro mais recente: O Complexo Midas: Como o dinheiro nos deixa loucos e o que podemos fazer sobre isso, ele periodicamente realiza oficinas - o Complexo de Midas - ao redor do país.
Ele foi perito em processos judiciais e consultor para muitas organizações educacionais, de saúde mental, corporativas e governamentais. Aaron é frequentemente consultado pelos meios de comunicação nacionais e como palestrante em conferências.

Bibliografia sugerida:
Bouchard, T.J., Jr., Lykken, D.T., McGue, M., Segal, N.L. and Tellegen, A. "Sources of human psychological differences: The Minnesota Study of Twins Reared Apart". Science. 1990.
Patrick, Christopher J, ed. “Handbook of Psychopathy”. Guilford Press. 2005.
Zuckerman, Marvin. “Psychobiology of personality”. Cambridge University Press. 1991.




sábado, 13 de janeiro de 2018

JUSTIFICAR OS ERROS APONTANDO OS DOS OUTROS




Em geral as discussões são, infelizmente, não apenas um exercício da lógica, mas, em geral, um exercício de persuasão, sagacidade e retórica. Portanto, simplesmente, não é razoável esperar que toda proposição ou conclusão siga com precisão e rigor, a partir de um conjunto claro de fatos e dados identificados desde o início, uma sequência lógica de raciocínio.
Em vez disso, em geral, as pessoas tentam reunir vários fatos, ideias e valores que os outros compartilhem ou possam ser persuadidos a aceitar e, em seguida mostram que esses argumentos podem levar a uma conclusão mais ou menos plausível.
Infelizmente a lógica não é a única ferramenta útil usada nesse processo, mas afinal, "plausibilidade" é uma questão bastante subjetiva que não segue regras lógicas rígidas.
Em última análise, os participantes em uma discussão têm de decidir, à luz dos argumentos apresentados, qual a posição mais plausível e escolher um dos lados. Mesmo quando logicamente "não saibamos" as respostas para a questão em discussão, por uma questão de apreço ou simpatia a um dos lados, assumimos uma posição.
Além disso, vamos ser honestos, em uma discussão não esperamos apenas encontrar a verdade, mas também, e principalmente, vencer os oponentes.
Assim, se você achar que um ‘argumento falacioso’ pode persuadir os participantes a ficar com você, você certamente irá usá-lo, certo? O truque é não ser pego usando esses ‘argumentos falaciosos’.
‘Argumento falacioso’ é quando uma pessoa não consegue defender seu ponto de vista logicamente, então procura contra argumentar fazendo uso de ideias arraigadas na sociedade, mesmo não comprovadas, de comparações esdrúxulas, sem nexo, da sua posição ou autoridade e, até mesmo, de mentiras regadas com um pouco de verdade (meias verdades).
Então, por que usar falácias em uma discussão?
Em primeiro lugar, as pessoas fazem questão de mostrar-se inteligente. As pessoas, em geral, não aceitam que podem cometer um erro no raciocínio, mas caso seja impossível ocultá-lo, não se furtam em procurar contorná-lo lançando mão de subterfúgios e desvios do raciocínio lógico (falácias). Isso mostra que, muitas vezes, você entende os argumentos da oposição possivelmente melhor do que ela, mas não quer de forma alguma aceitá-los.
Em segundo lugar, e talvez mais importante, lançando mão de uma falácia você derrubar um argumento do debate ao invés de apenas enfraquecê-lo. Em geral, os participantes de uma discussão respondem a um argumento simplesmente apresentando um contra-argumento, não buscam mostrar que o argumento original não é verdadeiro ou muito significativo, mas buscam tergiversar, buscando falácias como: aquilo não é importante em comparação com outras preocupações, não deve ser levado a sério por ‘ene’ motivos, ou o que quer que seja...
Esse tipo de resposta pode dar certo, exceto quando o argumento original é tão forte que permanece no centro da discussão, de forma convincente, resistindo a todas as ofensivas de retórica mostrando o quanto é importante.
Uma falácia muito usada é – ‘os outros também’!
Tu quoque ("você também"). Essa é a falácia de defender um erro, argumentando que o(s) adversário(s) fez(fazem) o mesmo erro. Só que um ‘erro’ ainda é um ‘erro’, independentemente que muitas pessoas cometam esse ‘erro’!
Por exemplo: "Eles acusam nossos companheiros de serem corruptos... Mas os amigos deles também foram corruptos!" É um argumento falacioso! Pois um erro praticado por uma pessoa, não justifica o erro de outra.
Embora claramente falacioso, o argumento ‘tu quoque’ vem desempenhando um papel destacado nas discussões no ‘facebook’, porque ele pode ajudar a estabelecer uma cortina de fumaça, desviando as discussões do enfoque central em debate – ‘nunca se roubou tanto o erário na história desse país’!
Essa falácia tenta deixar de lado a questão central em discussão – saber-se se a roubalheira e os desvios de verbas são verdade ou não...
Assim, cada lado se envolve em ad hominem ataques, e ambos os lados têm feito um desserviço à sociedade, um tentando mostrar a realidade, sem aceitar que houveram erros também no passado, o outro tentando justificar a realidade, alegando que ‘os outros também erraram’, então temos a negação de um lado e a falácia do outro!
Não existe como negar a realidade – ‘hoje o Brasil é um dos países mais corrupto do mundo’! Por outro lado, não se pode negar que a corrupção nos últimos tempos atingiu proporções insustentáveis. Além disso, é falaciosa a tentativa de justificar esse nível de corrupção alegando que ‘sempre foi assim’ ou que ‘fulano’ e ‘beltrano’ também roubaram. Roubou tem que ser preso, julgado e condenado, como vem acontecendo nos últimos tempos.
Não adianta tentar salientar que certas vantagens ou desvantagens sociais alcançadas podem justificar a desonestidade, o tempo do ‘rouba mais faz’, não pode estar mais arraigado em nossa sociedade.
A dignidade está em ‘reconhecer’ o ‘erro’ e não em tentar ‘justificá-lo’.
E finalmente, cabe ao gestor à responsabilidade de tudo que acontece em sua gestão – ‘eu não sabia’ – não é justificativa, pois mostra incompetência, desídia, falsidade ou mentira!
Eduardo G. Souza
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PATRIOTISMO






Desde o início da formação dos grupos humanos a lealdade ao grupo foi um dos fatores de agregação dos indivíduos.  Todo grupo social tem suas próprias noções de lealdade.
A instituição da família incorporou lealdade à família como um fator mais forte do que ao próprio grupo social. Quando os filhos se separam do resto da família ou quando os irmãos se afastam, o resto da família reage com tristeza. As associações familiares enfatizam os benefícios que provêm de uma participação e cooperação ativa entre os membros da família. Os grupos tribais já enfatizavam os benefícios da colaboração e da lealdade.
A noção de patriotismo é diferente de tais formas de fidelidade grupal e familiar. A diferença reside na sua estreita afinidade com o conceito de Nação. O patriotismo não se baseia em parentesco ou descendência compartilhada, como nas famílias e tribos. O patriotismo baseia-se na ideia de uma Nação.
Uma Nação é muito mais que um grande grupo de pessoas ou uma tribo em grande escala. Uma Nação pode até não ter uma organização de estado ou autogoverno (os judeus são um exemplo de uma nação que durante muito tempo não era um país ou um estado. Muitos são os exemplos históricos de povos que eram Nações nessa condição). A identidade nacional baseia-se em valores, cultura, tradições, história, idioma e etnia compartilhadas.
As nações podem parecer permanentes, mas, as questões políticas e culturais, podem fazer com que elas não durem para sempre. Na realidade, elas surgem e se dissolvem com as circunstâncias históricas em mudança, às vezes durante um período de tempo relativamente curto, como a Tchecoslováquia e a Iugoslávia.
Outro aspecto, é que por causa da migração, muitos dos estados modernos têm dentro de suas fronteiras diversos grupos sociais que desafiam a ideia de homogeneidade nacional e dão origem à diversos grupos diferentes, em vez de membros homogêneos da nação.
Na era da globalização, dos transportes e das comunicações globais, novas identidades surgem para desafiar o conceito tradicional de "nação", mas, a atração do nacionalismo continua sendo uma força poderosa, uma cola que une as pessoas e ajuda (para o melhor ou o pior) a manter a coesão da sociedade.
O patriotismo e a nacionalidade são baseados em valores, atitudes e símbolos que todos podem compartilhar.
Mas, é importante diferenciar os conceitos de "nação" e "nacionalismo". O conceito de nação, em geral, é definido como um grupo etnocultural, com uma organização política, e os seus membros possuem lealdades cívicas. O nacionalismo, embora possa desenvolver um sentimento de comunidade e identidade aos seus membros, tais laços de apego possuem consequências positivas e negativas que podem levar a extremos de violência e genocídio, como o exemplo da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O conceito de patriotismo é muito complexo. Não é tão simples como recitar um juramento ou cantar um hino.
Patriotismo é uma expressão natural e apropriada do apego emocional ao país em que nascemos e crescemos, é a gratidão pelos benefícios da vida em seu solo, entre suas pessoas e sob suas leis. Patriotismo é um componente importante de nossa identidade. Alguns vão mais longe e acreditam que o patriotismo é moralmente obrigatório, ou mesmo que é o núcleo da moral.
Você ama seu país? Você se orgulha de ser um brasileiro? Bem, então você pode acreditar que é um patriota! Mas, será que você é realmente um patriota, ou seu patriotismo existe apenas quando o país compete nas competições esportivas. Pense nos diferentes grupos dos quais você se orgulha de fazer parte. Você se orgulhar de ser ou ter sido estudante de uma escola ou universidade. Você pode se orgulhar de jogar, ter jogado ou torcer por uma equipe esportiva. Você pode se orgulhar de ser membro da sua família. Você também, com certeza, se orgulha de ser cidadão brasileiro? Se assim for, isso é uma demonstração de patriotismo. Amar e apreciar o seu país é uma atitude muito patriótica. Mas, o patriotismo não é só sentir-se orgulhoso do seu país, mas sim de levar esse orgulho um passo adiante e colocá-lo em ação. Um patriota vê seu status como cidadão brasileiro não somente como uma honra, mas, como uma grande responsabilidade. Portanto, as pessoas patriotas pensam sobre como suas escolhas refletirão em seu país.
Pense nisso no contexto de sua família. Digamos que você diga uma mentira (é claro, você nunca faria tal coisa, mas vamos apenas fingir). Essa mentira, se descoberta, lhe causará vergonha, mas também fará com que sua família fique envergonhada. As pessoas patriotas fazem escolhas que nunca farão seu país ficar envergonhado.
Você pode achar que balançar a bandeira brasileira em um estádio esportivo, vestir uma camisa verde e amarela, pintar partes de seu corpo de verde e amarelo, faz de você um patriota, que isso é uma demonstração de amor à pátria. Será? Não sei exatamente quando os eventos esportivos se tornaram sinônimo de patriotismo, mas, fico decepcionado em não ver, salvo algumas exceções, como algumas organizações civis, instituições sociais e órgãos militares, essas grandes exaltações a nossa bandeira e ao nosso hino em outros lugares, além de arenas esportivas e campos de futebol.
Um patriota expressa seu amor pela pátria procurando conservar os recursos do país, preservar sua beleza natural e seu patrimônio histórico, e torná-lo rico, poderoso, culturalmente preeminente e influente na cena mundial.
O patriotismo está enraizado no amor ao país e aos conterrâneos, e também a própria cultura e as tradições da Nação.
O patriota procura garantir que o país atenda aos requisitos morais e promova os valores morais. Ele trabalha para uma sociedade justa e humana, e mostra solidariedade para com os necessitados. Ele também se preocupa com o histórico moral do passado do país e suas implicações para o presente.
O patriotismo cria uma identidade nacional e dá origem a sentimentos nativistas extremamente fortes. E muitos estarão prontos para "morrer pela Pátria" em tempo de guerra.
A essência do patriotismo é a devoção ao bem público, seja oficial ou cidadão. Aceitar uma política que em essência se acredita prejudicial ao país é então, com tal entendimento, altamente antipatriótico, exibindo fraqueza de espírito ou desprezando as consequências desse erro.
Assim, por sua própria definição, o patriotismo exige amor e devoção a Pátria.
Toda instituição secular em um país moderno deve cultivar uma lição de patriotismo. Mas a educação escolar deve ser a área especial da nossa preocupação. É ali onde a maioria dos jovens se reúnem atravessando os limites da religião e das etnias. É ali onde as novas gerações estão sendo construídas. Isso torna ainda mais necessário intensificar a introdução de valores nas escolas. Os valores devem estar em sintonia com a moral e as tradições do nosso país. Os valores a serem ensinados devem enfatizam a liberdade de pensamento e as verdades que são compartilhadas pela maioria, e não apenas por alguns.
Ainda muito jovem decorei o lindo poema “A Pátria”, que Olavo Bilac escreveu em tornos dos anos 1900.
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum pais como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!”
E nunca mais o esqueci, e aprendi, desde criança, graças a minha professora de português, Dona Helena, que tenho que “amar com fé e orgulho a terra em que nasci!”, e tenho sempre procurado fazê-lo.

Eduardo G. Souza 
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