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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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NUNCA INDIQUE PARA OUTRA PESSOA O REMÉDIO QUE VOCÊ USOU OU ESTÁ USANDO, E DEU OU ESTÁ DANDO CERTO, VOCÊ PODE CAUSAR GRAVES DANOS A SUA SAÚDE OU ATÉ MATÁ-LA.



Efeito adverso em medicina, é um efeito nocivo e indesejável resultante de uma medicação ou outro tipo de intervenção médica, como uma cirurgia. Um efeito adverso pode ser chamado de "efeito colateral", quando for secundário a um principal ou a um efeito terapêutico. Se o efeito adverso resulta de uma dosagem errada de uma droga ou um procedimento médico inadequado ou incorreto, isto é chamado de “erro médico”. Os efeitos adversos são muitas vezes referidos como "iatrogenia” (1) porque eles são provocados por um médico ou um tratamento. Alguns efeitos adversos ocorrem apenas no início do tratamento, diminuindo ou desaparecendo com a adaptação do organismo. Portanto, efeitos adversos são problemas que ocorrem quando o uso de um medicamento vai além do efeito desejado. Ou ocorrem problemas em paralelo ao efeito terapêutico desejado.


O resultado prejudicial é normalmente indicado por um resultado adverso, como morbidade, mortalidade, alteração no peso corporal, nos níveis de enzimas, perda de funções fisiológicas ou uma doença detectada em nível microscópico. Por exemplo, a heparina (glicosaminoglicano sulfatado) é um fármaco do grupo dos anticoagulantes, que é usado no tratamento da trombose e outras doenças com coagulação, mas pode causar hemorragias, um efeito colateral causado pelo tratamento anticoagulante que vai além do efeito desejado. Outro exemplo são os efeitos colaterais mais comuns do tratamento quimioterápico (2) do câncer, incluindo fadiga, náuseas, vômitos, diminuição da contagem de células do sangue, perda de cabelo e feridas na boca, são exemplos dos efeitos secundários da quimioterapia que ocorrem além do efeito terapêutico desejado.

O resultado prejudicial também pode ser indicado por sintomas relatados pelo paciente.

Os efeitos adversos podem causar uma mudança reversível ou irreversível no organismo, incluindo aumento ou diminuição da suscetibilidade do indivíduo a outros produtos químicos, alimentos, ou procedimentos, tais como interações medicamentosas.

Em ensaios clínicos, é feita uma distinção entre os eventos adversos (EAs) e eventos adversos graves (EAG). Geralmente, quando o evento provoca danos permanentes, morte, defeitos de nascimento ou exige internação hospitalar prolongada, é considerado um EAG. Os resultados destes ensaios são frequentemente publicados e incluídos nas bulas dos medicamentos, para fornecer informações para os pacientes e os terapeutas prescritores.

Os efeitos adversos são particularmente importantes em farmacologia, devido ao amplo, e por vezes incontrolável, uso de medicamentos por meio da automedicação. Assim, o uso de drogas responsavelmente torna-se uma questão importante, pois o uso de uma droga que é contra-indicada em várias situações pode aumentar o risco de efeitos adversos. Os efeitos adversos da automedicação podem causar complicações médicas de uma doença, agravando o quadro clínico do paciente, mascarando seus sintomas e afetando negativamente seu prognóstico. Os efeitos adversos, como os efeitos terapêuticos das drogas, são uma função da indicação e da dose da droga, e os níveis atingidos no destino, nos órgãos onde irá atuar, de modo que os efeitos adversos podem ser evitados ou diminuídos através de cuidadosa e precisa farmacocinética (3).

Os efeitos adversos também podem ser causados por interação medicamentosa. Isso geralmente ocorre quando o paciente não informa a seu médico ou ao farmacêutico todos os medicamentos que está tomando, incluindo ervas e suplementos dietéticos. O novo medicamento pode interagir favorável ou desfavoravelmente com o anterior, e potencializar ou diminuir o efeito terapêutico pretendido. Interações droga-droga, medicamento com alimentos, e com os chamados "medicamentos naturais", utilizados pela medicina alternativa, podem ocorrer, e provocar perigosos efeitos adversos. Por exemplo, o extrato de erva de São João ou Hipericão (Hypericum perforatum), um fitoterápico antidepressivo leve, usado no tratamento da depressão leve a moderada, pode reduzir a eficácia de contraceptivos orais e produz reações adversas como à indução ou inibição enzimática, um aumento do citocromo P450, alterando as enzimas oxidativas que são o componente fundamental do metabolismo hepático dos diversos fármacos, responsável pela de eliminação de muitas drogas do organismo, influencia significativamente a prática clínica, promovendo toxicidade ou falta de eficácia de vários fármacos.

Os fabricantes de medicamentos são obrigados a listar todos os efeitos adversos conhecidos de seus produtos. Quando os efeitos colaterais de uma medicação imprescindível são graves, por vezes o uso simultâneo de um segundo medicamento, mudanças de estilo de vida, mudanças da dieta ou outras medidas terapêuticas podem ajudar a minimizá-los.



(1) Iatrogenia refere-se a um estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas ou resultantes do tratamento médico. Em farmacologia refere-se a doenças ou alterações patológicas criadas por efeitos colaterais dos medicamentos. Embora seja usada geralmente para se referir às consequências de ações lesivas produzidas pelos médicos, pode também resultar das ações de outros profissionais da área de saúde, como psicólogos, terapeutas, enfermeiros, dentistas, etc.

(2) Quimioterápicos são compostos químicos utilizados na quimioterapia, método de tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

(3) A farmacocinética é definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. Nestes estudos, os teores dos fármacos e seus metabólitos (produtos da biotransformação) no organismo são determinados, permitindo a obtenção de importantes dados sobre estas substâncias.



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