Liberdade.

Todos os textos publicados nesse blog são livres para serem copiados e reproduzidos.
Porque não existe outra pretensão em nossos escritos, que não seja expressar o nosso pensamento, nossa forma de ver e sentir o mundo, o Homem e a Vida.
Se você acreditar seja necessário e ético, favor indicar a origem e o Autor. Ficamos lhe devendo essa!
Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como saber quando chegou a hora de parar de dirigir?

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Como saber quando chegou a hora de parar de dirigir?

Recebi esta foto em um e-mail, e não pude resistir a tentação de compartilhar com vocês!


É ótima! Não?

Mas também faz pensar em quantas pessoas ainda não descobriram que essa hora já passou, e continuam dirigindo, até colocando a vida de outros em risco.

Um ótimo dia para todos, e cuidado no trânsito!

Eduardo G. Souza.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Diferença entre Psicose e Neurose

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A diferença entre neurose e psicose é provavelmente a primeira abordagem necessária para entender com clareza a doença mental. O paciente psicótico não tem percepção do seu distúrbio de personalidade, enquanto o que sofre de neurose percebe os transtornos mórbidos.


A Personalidade é o que caracteriza uma pessoa, e os distúrbios de personalidade psicóticos, tais como mania de perseguição, paranóia, catatonia, esquizofrenia, transtorno bipolar, autismo, delírios e alucinações primárias, são acompanhados de mudanças de comportamento associadas a uma perda intermitente ou permanente de contato com a realidade.


O que caracteriza o psicótico é a ruptura com a realidade, que ele substitui por uma nova realidade. Esta nova realidade é uma ilusão pessoal e incomunicável.


Durante o último século, o termo psicose incluiu todos os danos cerebrais como, entre outros, a demência ou a intoxicação pelo álcool. Gradualmente, o termo psicose foi excluído da relação das doenças mentais que envolvem graves violações da psique. Hoje, a doença mental não é somente caracterizada por um dano cerebral evidente (isto é, uma grave disfunção do sistema nervoso), mas também por uma mudança da percepção dos acontecimentos cotidianos, capaz de produzir sofrimento e prejuízo na maneira da pessoa existir. O conceito psiquiátrico de psicose não está no sentido comum do termo, que corresponde a qualquer situação de medo a determinados eventos (como síndrome de pânico). Psicose, no sentido psiquiátrico, é equivalente a noção comum de loucura. Psicose são também sintomas psicológicos como episódios delirantes (acessos de delírios que surgem e desaparecem repentinamente). As Psicoses são distúrbios quase sempre graves, porque, em geral, as conseqüências são deficiências permanentes. Pode, em geral, acontecer desagregação familiar, profissional e social. As internações geralmente são necessárias e demoradas.


Transtornos neuróticos são geralmente de gravidade moderada, já que não há uma incapacidade significativa, pois em geral não geram o rompimento do vínculo familiar, profissional e social. A hospitalização raramente é necessária ou razoavelmente curta.


O neurótico sente uma experiência transmissível capaz de produzir sofrimento e prejuízo da sua maneira de viver, ele tem plena consciência dos seus atos, mas não consegue controlá-los, ele sente uma angústia que nunca é de origem externa. Ansiedade, angústia, sentimentos depressivos, idéias com tendência obsessivas, teatralidade, medo, são ocorrências psíquicas normais, mas nos neuróticos elas são exageradamente aumentadas. Mesmo não distorcendo a realidade, o neurótico a negocia, sem perdê-la jamais. Ele procura sempre tentar encontrar soluções para evitar seus medos. Seus sintomas são as formas de negociação.


Lígia e Eduardo G. Souza.
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O Alcoolismo


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A Organização Mundial da Saúde informa que o álcool e responsável por de 4% das mortes no mundo, portanto mata mais do que a AIDS ou a violência.


A OMS, em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde", informa que cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao alcoolismo. O relatório informa que "o uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e o álcool é um dos fatores de risco do mundo, levando para a morte principalmente homens entre 15-59 anos". Segundo relatórios da OMS, o consumo de álcool é um fator causal em 60 tipos de doenças e lesões. Pesquisas médicas têm encontrado uma forte evidência de uma relação causal entre o câncer de mama e o uso de álcool.


Segundo a OMS a compulsão para beber é hoje prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e da Ucrânia, devido ao aumento da população. Na Rússia e Comunidade Européia, a cada cinco mortes uma é devido ao consumo prejudicial do álcool, uma taxa muito elevada. A agência das Nações Unidas registrou que o aumento da renda per capta em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul, tem provocado um substancial aumento nos índices de alcoolismo, o que já é a longo tempo um problema em muitos países desenvolvidos.


O consumo de álcool varia muito, de níveis elevados nos países desenvolvidos, aos mais baixos no norte da África e na Ásia do Sul, por causa das grandes populações muçulmanas que freqüentemente se abstêm de beber.

"Mundialmente, cerca de 11% dos bebedores pesados têm episódios semanais de bebedeiras, e os homens superaram as mulheres por 4 para 1. Os Homens constantemente praticam o consumo perigoso de bebidas em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", diz o relatório.


No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e continua a não ser uma prioridade para a maioria dos governos, apesar de a embriaguez ser um pesado ônus sobre a sociedade, com o considerável aumento dos índices de acidentes de trânsito, violência, doenças, abandono de menores e absentismo laboral.

Em reunião realizada com representantes dos 193 países-membros da OMS, todos concordaram que é necessário tentar conter o consumo excessivo de álcool e outras formas de crescimento do uso de álcool através do aumento dos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização. Uma das maneiras mais eficazes para conter consumo, especialmente entre os jovens, é aumentar os impostos, diz o relatório. Definir limites de idade para a compra e consumo de álcool, e regular os níveis de álcool em motoristas, também podem reduzir o abuso. Alguns países têm restringido a comercialização de bebidas alcoólicas ou investido no patrocínio da indústria de eventos esportivos.


Segundo a OMS, a maior parte dos Países ainda não se conscientizou da necessidade de usar essas e outras opções de uma política eficaz para impedir a morte, doenças e danos produzidos pelo consumo de álcool.


Eduardo e Lígia G. Souza.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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NUNCA INDIQUE PARA OUTRA PESSOA O REMÉDIO QUE VOCÊ USOU OU ESTÁ USANDO, E DEU OU ESTÁ DANDO CERTO, VOCÊ PODE CAUSAR GRAVES DANOS A SUA SAÚDE OU ATÉ MATÁ-LA.


Efeito adverso em medicina, é um efeito nocivo e indesejável resultante de uma medicação ou outro tipo de intervenção médica, como uma cirurgia. Um efeito adverso pode ser chamado de "efeito colateral", quando for secundário a um principal ou a um efeito terapêutico. Se o efeito adverso resulta de uma dosagem errada de uma droga ou um procedimento médico inadequado ou incorreto, isto é chamado de “erro médico”. Os efeitos adversos são muitas vezes referidos como "iatrogenia” (1) porque eles são provocados por um médico ou um tratamento. Alguns efeitos adversos ocorrem apenas no início do tratamento, diminuindo ou desaparecendo com a adaptação do organismo. Portanto, efeitos adversos são problemas que ocorrem quando o uso de um medicamento vai além do efeito desejado. Ou ocorrem problemas em paralelo ao efeito terapêutico desejado.


O resultado prejudicial é normalmente indicado por um resultado adverso, como morbidade, mortalidade, alteração no peso corporal, nos níveis de enzimas, perda de funções fisiológicas ou uma doença detectada em nível microscópico. Por exemplo, a heparina (glicosaminoglicano sulfatado) é um fármaco do grupo dos anticoagulantes, que é usado no tratamento da trombose e outras doenças com coagulação, mas pode causar hemorragias, um efeito colateral causado pelo tratamento anticoagulante que vai além do efeito desejado. Outro exemplo são os efeitos colaterais mais comuns do tratamento quimioterápico (2) do câncer, incluindo fadiga, náuseas, vômitos, diminuição da contagem de células do sangue, perda de cabelo e feridas na boca, são exemplos dos efeitos secundários da quimioterapia que ocorrem além do efeito terapêutico desejado.

O resultado prejudicial também pode ser indicado por sintomas relatados pelo paciente.

Os efeitos adversos podem causar uma mudança reversível ou irreversível no organismo, incluindo aumento ou diminuição da suscetibilidade do indivíduo a outros produtos químicos, alimentos, ou procedimentos, tais como interações medicamentosas.

Em ensaios clínicos, é feita uma distinção entre os eventos adversos (EAs) e eventos adversos graves (EAG). Geralmente, quando o evento provoca danos permanentes, morte, defeitos de nascimento ou exige internação hospitalar prolongada, é considerado um EAG. Os resultados destes ensaios são frequentemente publicados e incluídos nas bulas dos medicamentos, para fornecer informações para os pacientes e os terapeutas prescritores.


Os efeitos adversos são particularmente importantes em farmacologia, devido ao amplo, e por vezes incontrolável, uso de medicamentos por meio da automedicação. Assim, o uso de drogas responsavelmente torna-se uma questão importante, pois o uso de uma droga que é contra-indicada em várias situações pode aumentar o risco de efeitos adversos. Os efeitos adversos da automedicação podem causar complicações médicas de uma doença, agravando o quadro clínico do paciente, mascarando seus sintomas e afetando negativamente seu prognóstico. Os efeitos adversos, como os efeitos terapêuticos das drogas, são uma função da indicação e da dose da droga, e os níveis atingidos no destino, nos órgãos onde irá atuar, de modo que os efeitos adversos podem ser evitados ou diminuídos através de cuidadosa e precisa farmacocinética (3).


Os efeitos adversos também podem ser causados por interação medicamentosa. Isso geralmente ocorre quando o paciente não informa a seu médico ou ao farmacêutico todos os medicamentos que está tomando, incluindo ervas e suplementos dietéticos. O novo medicamento pode interagir favorável ou desfavoravelmente com o anterior, e potencializar ou diminuir o efeito terapêutico pretendido. Interações droga-droga, medicamento com alimentos, e com os chamados "medicamentos naturais", utilizados pela medicina alternativa, podem ocorrer, e provocar perigosos efeitos adversos. Por exemplo, o extrato de erva de São João ou Hipericão (Hypericum perforatum), um fitoterápico antidepressivo leve, usado no tratamento da depressão leve a moderada, pode reduzir a eficácia de contraceptivos orais e produz reações adversas como à indução ou inibição enzimática, um aumento do citocromo P450, alterando as enzimas oxidativas que são o componente fundamental do metabolismo hepático dos diversos fármacos, responsável pela de eliminação de muitas drogas do organismo, influencia significativamente a prática clínica, promovendo toxicidade ou falta de eficácia de vários fármacos.
Os fabricantes de medicamentos são obrigados a listar todos os efeitos adversos conhecidos de seus produtos. Quando os efeitos colaterais de uma medicação imprescindível são graves, por vezes o uso simultâneo de um segundo medicamento, mudanças de estilo de vida, mudanças da dieta ou outras medidas terapêuticas podem ajudar a minimizá-los.


(1) Iatrogenia refere-se a um estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas ou resultantes do tratamento médico. Em farmacologia refere-se a doenças ou alterações patológicas criadas por efeitos colaterais dos medicamentos. Embora seja usada geralmente para se referir às consequências de ações lesivas produzidas pelos médicos, pode também resultar das ações de outros profissionais da área de saúde, como psicólogos, terapeutas, enfermeiros, dentistas, etc.

(2) Quimioterápicos são compostos químicos utilizados na quimioterapia, método de tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

(3) A farmacocinética é definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. Nestes estudos, os teores dos fármacos e seus metabólitos (produtos da biotransformação) no organismo são determinados, permitindo a obtenção de importantes dados sobre estas substâncias.

Eduardo G. Souza.

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O analfabeto político.

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“O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Bertolt Brecht


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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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NUNCA INDIQUE PARA OUTRA PESSOA O REMÉDIO QUE VOCÊ USOU OU ESTÁ USANDO, E DEU OU ESTÁ DANDO CERTO, VOCÊ PODE CAUSAR GRAVES DANOS A SUA SAÚDE OU ATÉ MATÁ-LA.


Posologia é o campo da medicina referente à determinação das doses adequadas de drogas ou medicamentos.

A Posologia é uma parte importante da prática médica e farmacêutica, não apenas para os seres humanos, mas também para os animais. É a ciência da determinação e compreensão das doses das drogas, com base em pesquisas e um número enorme de fatores. Em um grau limitado ou extensivo, a posologia é parte dos currículos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia, veterinária, odontologia e outras especialidades biomédicas.
Os medicamentos são apresentados em grande variedade, e têm sido de valor inestimável para a prática da medicina humana e animal. Eles podem curar algumas doenças completamente, ou podem reduzir consideravelmente os sintomas de outras. A questão que deve ser considerada é exatamente determinar, cuidadosamente, a quantidade e a frequência do uso da droga, pois a mesma droga que pode curar uma doença ou melhorar uma função orgânica, pode facilmente matar as pessoas. Portanto, decidir qual a dose certa é extremamente importante, e ao administrar-se qualquer droga, é preciso saber como prescrevê-la adequadamente.


As drogas podem reagir de forma diferente com pessoas diferentes, fatores como a etnia, a idade, o sexo, etc., são importantes nos resultados do uso dos medicamentos, pessoas que tomam as mesmas medicações, ao mesmo tempo, podem produzir respostas diferentes. Quando os farmacologistas tentam criar as diretrizes da posologia para uma droga, consideram em sua pesquisa um grande número de variáveis e casos.

Questões como: - Qual o nível de toxicidade da droga? - Qual a dose adequada para crianças? - Será que outras drogas reagem com a droga, e alterando a dosagem, diminuindo ou aumentando, pode-se reduzir este efeito? - Os resultados do uso de uma droga são diferentes em idosos, crianças ou adultos? - Como os efeitos do peso corpóreo e da dosagem estão relacionados? E muitas outras são consideradas e devem ser respondidas pelos farmacologistas, que devem apresentar as recomendações das doses, antes da droga chegar às mãos de quem vai prescrever ou administrar a droga. Deve-se notar que tanto o estudo destas diretrizes, quanto o desenvolvimento delas fazem parte da posologia.

Uma vez estabelecidas às diretrizes, os médicos devem saber ler e interpretá-las, determinando dentro dessas diretrizes, a dose adequada ao paciente. Por exemplo, pode haver doses mais altas e mais baixas para o mesmo medicamento, cabe ao médico determinar com base nas características e na resposta do paciente, qual a dose que parece ser a correta.

Considerando o elevado número de medicamentos, os médicos nem sempre sabem todas as diretrizes da dosagem de uma droga. Nesses casos eles podem ter acesso às referências, em forma de livro ou on-line, que podem dizer-lhes quais os parâmetros da dosagem para cada indivíduo.

Posologia é uma ferramenta valiosa para a medicina. Ela ajuda a prevenir devastadores acidentes no uso das drogas medicinais e pesquisa para descobrir, com antecedência, as quantidades das medicações que podem e devem ser administradas ao paciente sem risco. Os estudos da posologia buscam informar aos profissionais da área médica exatamente como administrar e qual a dose adequada de um fármaco para cada paciente. Embora o nome não seja muito conhecido fora do campo médico, os operadores da medicina devem respeitá-la como um meio de garantir a segurança dos pacientes e a melhor qualidade de atendimento.


A mesma droga que cura na dose certa, pode matar se ministrada na dose errada.

Eduardo G. Souza.
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NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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NUNCA INDIQUE PARA OUTRA PESSOA O REMÉDIO QUE VOCÊ USOU OU ESTÁ USANDO, E DEU OU ESTÁ DANDO CERTO, VOCÊ PODE CAUSAR GRAVES DANOS A SUA SAÚDE OU ATÉ MATÁ-LA.



A prescrição apresenta duas tipicidades.

Prescrição de um programa de cuidados de saúde implementado por um médico ou outro profissional de saúde, na forma de instruções que dirigem um plano de cuidados para um paciente individual. A prescrição pode incluir ordens a serem executadas pelo paciente, por um enfermeiro, farmacêutico ou outro terapeuta.

Prescrição de drogas(1), uma droga deve ser disponível apenas com receita médica. No Brasil, o termo "receita" da droga é mais comumente usado. A medicação prescrita é um fármaco licenciado, cujas características do produto são regulamentadas pela legislação, para permitir que a qualidade do produto possa ser obtida e controlada.

Alguns autores defendem que Receita Médica, é o plano de cuidados, escrito por um médico ou outro profissional de saúde. Portanto, muito mais que a prescrição de remédios. No entanto, como os medicamentos estão cada vez mais pré-embalados, são produtos manufaturados, a prática médica se tornou mais complexa, e o alcance do significado da "prescrição" tem sido ampliado para incluir também avaliações clínicas, exames laboratoriais e estudos de imagem relevantes para aperfeiçoar a segurança do diagnóstico ou a eficácia do tratamento.

Como regra geral, a prescrição é usada para determinar as condições que são necessárias para restabelecer o bem estar e a saúde do paciente, e exige os cuidados de um profissional de saúde.

A prescrição tem implicações legais, uma vez que o médico assume a responsabilidade pelos cuidados clínicos do paciente e, em particular, pela monitorização da eficácia do tratamento e da segurança do paciente.

As drogas circulam pelo corpo e entram na corrente sanguínea, se não forem atendidos os padrões mais elevados de controle e dosagem, podem causar dependência, problemas circulatórios, cerebrais e respiratórios, convulsão e vários outros fatores, inclusive podendo levar à morte.


Lembrando que todo medicamento é uma droga e faz mal se usada incorretamente, a automedicação tem sido comprovadamente um sério risco para a saúde e a vida das pessoas.


(1) Droga é qualquer ingrediente ou substância química, natural ou sintética que provoca alterações físicas e psíquicas numa pessoa. As drogas naturais são obtidas em plantas e em minerais, as drogas químicas são obtidas em reações químicas, as drogas sintéticas são fabricadas em laboratórios farmacêuticos.

Eduardo G. Souza.

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Alcoolismo


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O alcoolismo pode ser definido como a perda da liberdade de se abster do álcool.

Também pode ser definido como o consumo de uma quantidade maior do que aquela que pode ser metabolizada pelo organismo (cerca de 3/4 litros de cerveja para uma pessoa de 70 kg).


O alcoolismo é, sem dúvida, um fenômeno social: reuniões de família ou nas empresas quase sempre há consumo de álcool, mas quase 90% da população não se tornar dependente de álcool.

Para a OMS "Alcoólicos são os bebedores excessivos cuja dependência do álcool chegou a um estágio onde provoca significativos transtornos mentais, e prejudica as suas relações com outras pessoas, seu papel social e profissional normal, ou que apresentam sintomas prodrômicos(1) de tais conseqüências."

Não há uma categoria social em que predomine o uso do álcool: um homem, uma mulher, um operário, um fazendeiro, um professor, um médico, um estudante.

Estima-se que no Brasil cinco milhões de pessoas que usam o álcool apresentem dificuldades médicas, psicológicas e sociais, e que cerca de dois milhões de pessoas sejam dependentes do álcool.


O Álcool e a dependência psíquica.

O álcool altera o psiquismo do indivíduo (ele é um produto “psicotrópico”(2)).

É um objeto de prazer: o prazer no paladar orgânico, o prazer do grupo, a partilha de uma boa garrafa, os encontros amigáveis, a redução da fadiga, a sensação de bem-estar.

O efeito psicotrópico é encontrado em baixas concentrações de álcool, daí os perigos das chamadas taxas menores (<0,80 g) de reflexos e de condução.


O álcool pode reduzir as inibições pessoais, ele levanta as barreiras psicológicas que tanto nos protegem e nos atrapalham. Após a redução das inibições, o controle das ações da pessoa pode não estar mais sob o controle de sua educação ou status social, levando-a a praticar atos mais ou menos intoleráveis na vida social de todos os dias. Com a queda das barreiras, a pessoa é mais facilmente conduzida à prática do ato sexual.

O álcool pode levar à pessoa a irritabilidade, a começar a rir ou chorar, dançar, cantar, a agressividade, etc.

A sociedade, geralmente, é muito tolerante com esse tipo de "beber" e, geralmente, aceita alguns desvios causados pelo álcool. Em casos extremos, até mesmo algumas irregularidades são toleradas se o sujeito aceitar ser submetido à desintoxicação alcoólica.

O álcool provoca alterações do raciocínio e provoca a logorrhea(3), deixa a pessoa eufórica, pode ativar a imaginação, alterando o que pode ser vivido na realidade.

Acima de tudo, o álcool é uma droga estimulante para os portadores de ansiedade e de depressão.

Durante algum tempo, a "amizade com o álcool", que a pessoa em geral partilha com outros, vai cumprir o papel de droga calafetagem para pequenos problemas, pode melhorar a comunicação, reduzindo a tensão psicológica interna, é uma lua de mel entre o sujeito e o álcool. Só que o individuo será cada vez mais dependente do álcool em nível psicológico.


Dependência física do álcool.

O homem naturalmente produz endorfinas(4) quando ele faz coisas que causam prazer.

Em muitas situações de estresse, a busca de produzir endorfinas "artificialmente" pelo organismo, pode levar as drogas, ao tabaco e ao álcool. Em pequenas doses, o álcool é um bom ansiolítico(5).

Ao contrário das drogas, o álcool é uma substância tóxica permitida. O álcool é comumente difundido em nossa sociedade e faz parte da nossa cultura. O acesso é muito fácil (bares, restaurantes, lojas de conveniências, e o preço é relativamente baixo) e a tolerância do grupo é grande com o alcoólico, pois em geral ele faz você rir.

Assim, o álcool nos faz produzir as endorfinas necessárias para a nossa sensação de bem-estar, facilita o relacionamento com os outros, daí as muitas "garrafas" para curtirmos as ocasiões amigáveis.

No entanto, quando o sujeito se torna dependente do álcool (o que é observado em aproximadamente 10% da população), e aumenta gradualmente o consumo, vai sentir os efeitos tóxicos, o que excede o equilíbrio produzindo a ansiedade. Há uma perda de equilíbrio no comportamento social e em resposta o bêbado cria uma série de arengas produzidas pelo álcool e assume uma conduta imprópria. Assim, o sujeito sob o efeito do álcool perde os seus freios comportamentais, perde o controle sobre si mesmo. Ele não pode mais viver sem beber álcool e é obrigado a continuar bebendo para produzir as endorfinas necessárias para sentir-se feliz.

Quando uma pessoa é viciada em álcool, o álcool suprime o sinal de saciedade, a regulação natural que os limites de consumo normal impõem. Pior ainda, o álcool faz com que a necessidade seja mais intensa e induz o aumento da ingestão de doses que se tornam tóxicas.


Porque é que existe uma variedade de reações ao álcool?

Apesar de extensa pesquisa, não sabemos por que algumas pessoas podem ser vítimas de álcool, enquanto outras nunca apresentam dificuldades.

No entanto, os motivos psicológicos, como preocupações financeiras, solidão, desemprego ou desarmonia em família, são na maioria das vezes a causa do abuso e da dependência.

Os "não bebedores" costumam chamá-los de "desculpas". Pois nem todos os seres humanos recorrem ao álcool para se apoiar nesses eventos.

É por causa desses fatos que a desintoxicação do álcool não deve basear-se em um tratamento puramente psicológico, mas em uma determinação objetiva do nível da sua dependência física ao álcool.



(1) Sintoma prodrômico ou pródromo significa, em medicina, o sintoma que antecede uma doença, tal como o mal estar que antecede a gripe, ou a dor de cabeça (cefaléia) que precede o AVC (acidente vascular cerebral), etc.

(2) Droga psicoativa ou substância psicotrópica é a substância química que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência.

(3) Logorrhea é um fluxo excessivo de palavras, prolixidade, transtorno de comunicação resultando em loquacidade incoerente.

(4) Endorfina é um neuro-hormônio endógeno (fabricados pelo próprio corpo). As endorfinas são produzidas pela glândula hipófise e pelo hipotálamo durante exercícios vigorosos, excitamento e orgasmo. Os efeitos produzidos pela endorfina são analgésicos e de sensação de bem-estar.

(5) Ansiolíticos (também conhecidos como tranquilizantes) são drogas sintéticas usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Em pequenas doses recomendadas por médicos, não causam problemas a saúde.

Eduardo e Lígia G. Souza.
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NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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Antes da prescrição de qualquer fármaco, é indispensável um Diagnóstico!

Diagnóstico é uma palavra que vem diretamente do grego, mas o seu sentido foi alterado. Para os gregos um diagnóstico significava especificamente uma "discriminação, uma distinção, ou discernir entre duas possibilidades". Hoje, na medicina, corresponde mais a um diagnóstico diferencial, um método sistemático usado para identificar ou determinar doenças pela observação dos seus sintomas.
No primeiro passo do diagnóstico, o médico questiona o paciente sobre os sintomas. Por exemplo: - dores, falta de ar (dispnéia), distúrbios do sono, arritmia cardíaca, estresse, tremores, desmaios ou tonturas, náuseas, etc., sintomas que podem indicar uma doença grave. Outros sintomas mais gerais, como febre, fraqueza, fadiga, sensação geral de doença e desconforto (mal-estar), por vezes, também refletem uma desordem metabólica ou a presença de uma doença. São feitas perguntas sobre cada um dos sistemas do corpo. Nenhum sintoma deverá passar despercebido.
Em seguida, o médico questiona o paciente sobre infecções passadas, exposição a agentes químicos, uso de drogas, álcool e tabaco, características dos ambientes doméstico e de trabalho, viagens e atividades recreativas. Suas alergias a medicamentos e vacinas são registradas, assim como seu histórico familiar e problemas médicos anteriores. O médico pergunta se os membros da família tiveram doenças relacionadas com os sintomas apresentados e doenças inflamatórias generalizadas. O médico também pergunta sobre outros sintomas comuns, mesmo aqueles que não parecem estar relacionados à aparente doença detectada. Essa fase do diagnóstico é denominada anamnese.(1)
O próximo passo é o exame físico, que pode ser geral ou focal e em geral se divide em quatro etapas: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Durante o exame físico, o médico mede o peso e a altura do paciente, observa os sinais vitais, sua aparência geral e o sentimento de bem-estar. O médico pode pedir para a pessoa andar ou subir um lance de escadas para verificar o equilíbrio, se a pessoa manquitola ao caminhar e se essas atividades causam falta de ar. A avaliação da cor da pele é importante, palidez (palidez) pode indicar anemia ou má circulação sanguínea, e uma coloração azulada (cianose) pode indicar uma quantidade inadequada de oxigênio no sangue. O médico observa a região torácica para determinar se a taxa de respiração e movimentos são normais. Usando um estetoscópio, o médico ouve os sons respiratórios para determinar se o fluxo de ar é normal ou obstruído e se os pulmões contêm líquido.
Um exame físico completo é necessário, pois alguns distúrbios e doenças podem afetar todas as partes do corpo. Além disso, em geral as doenças podem refletir uma anormalidade do sistema imunológico.
O médico faz uma análise completa de todas as informações colhidas sobre os sintomas. E produz uma lista de todos os diagnósticos possíveis e prováveis da doença.
Concluídas as etapas, todas as suas informações serão armazenadas com segurança num arquivo confidencial, para se necessária uma recuperação futura.
Normalmente, o médico pode dizer se uma pessoa tem uma doença com base na história clínica e no exame físico. Os exames laboratoriais (2) são complementares ao processo e utilizados para confirmar o diagnóstico, determinar a extensão e a gravidade da doença e ajudar no planejamento do tratamento.


(1) Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) é uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente.
(2) Exames laboratoriais é o conjunto de exames e testes realizados em laboratórios de análises clínicas, a pedido do médico, visando confirmar um diagnóstico ou identificar uma doença.

Eduardo G. Souza.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

NUNCA INDIQUE REMÉDIO PARA OUTRA PESSOA.

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As pessoas são diferentes!

Por que as pessoas são diferentes umas das outras? Esta questão vem sendo examinada metodicamente pelas várias ciências humanas.
Analisando as mais recentes teorias e pesquisas em psicologia, elas são diferentes em duas características em especial: personalidade e inteligência.
Essas características são mensuráveis, e podem diferir entre indivíduos e grupos, mas elas são influenciadas pelos genes, pais e/ou ambiente.
Estas diferenças podem ser também facilmente avaliadas através de nossa diversidade biológica, morfológica e fisiológica, mas existe outra, invisível, que ocorre em nosso material genético, no DNA (ácido desoxirribonucléico).
Nossos caminhos são diferentes, nós vivemos dentro de visões de mundo distintas, o modo como pensamos é diferente e temos instintos diferentes.


Todas as pessoas são diferentes, portanto o que é bom para uma pessoa, necessariamente será bom para outra.

Eduardo G. Souza.
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O Alcoolismo


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O uso do álcool pode progredir para o vício tão insidiosamente que às vezes a pessoa não percebe que a bebida se tornou um problema real para ele e aqueles que convivem com ele.


A progressão da dependência nos faz lembrar uma história que correu e ainda corre na internet, o sapo na fervura – se você colocar um sapo em uma panela de água fervendo, ele saltará imediatamente. Mas se você colocar o sapo em uma panela com água fria e, em seguida, lentamente adicionar calor, o sapo não pula fora até mesmo quando a água atingir o ponto de ebulição. É que a mudança foi tão lenta e gradual, que ele nem percebeu. Assim acontece com o álcool, a pessoa vai lentamente consumindo a bebida, aumentando as doses e a frequência, e como o sapo vai sendo cozido sem perceber.

O alcoolismo é uma doença crônica em que o corpo se torna dependente do álcool. Quando a pessoa tem o alcoolismo, perde o controle sobre o consumo. A pessoa não é capaz de controlar quando bebe, ela perde o controle de quanto bebe, ou da frequência com que bebe.


O alcoólico continua a beber mesmo sabendo que o álcool está causando problemas aos seus relacionamentos, ao trabalho, a saúde ou as finanças.

Alguns alcoólicos apresentam sérios problemas com o álcool, sem, contudo apresentarem todos os sintomas do alcoolismo. Isso é conhecido como "abuso do álcool", que significa que a pessoa bebe demais, cria sérios problemas em sua vida, embora ela não esteja completamente dependente do álcool fisicamente. Os dependentes do alcoolismo ou que abusam de álcool, não são capazes de cortar ou parar de beber sem ajuda. Várias abordagens estão disponíveis para ajudar aqueles que desejam se recuperar do alcoolismo, incluindo medicamentos, aconselhamento e grupos de auto-ajuda.

Os problemas do álcool variam de leve gravidade a risco de vida, e afetam a pessoa, sua família e a sociedade de muitas formas adversas. Apesar de todo o enfoque ser dado ao combate ao uso das drogas, o álcool continua sendo um problema mais sério que o uso das drogas no Brasil. De acordo com estudos realizados pela comunidade acadêmica, mais de 16% dos adultos no Brasil já sofreram dependência ou abusaram do álcool em algum momento de suas vidas.

O alcoolismo é uma doença. Ela é mais frequentemente diagnosticada através de comportamentos e efeitos adversos sobre o metabolismo do que por sintomas específicos médicos. Os dois critérios de diagnóstico mais comum são fisiológicos - alterações da tolerância e sintomas de abstinência.


- O abuso de álcool se refere ao uso excessivo ou problemático do álcool, com um ou mais dos seguintes procedimentos:
a) Não cumprimento importantes tarefas no trabalho, na escola ou em casa;
b) Repetitivas situações em que se envolve com acidentes (como ao dirigir um carro ou utilizar uma máquina);
c) Problemas jurídicos;
d) Uso contínuo do álcool, apesar de ter sérios problemas familiares, sociais ou problemas interpessoais, causados ou agravados pela ingestão de álcool.


- A de pendência do álcool refere-se a um distúrbio mais grave e envolve o uso excessivo ou inadequado, levando a 3 ou mais dos seguintes procedimentos:
a) Alterações de tolerância (necessidade de um efeito mais elevado para alcançar - a pessoa bebe mais para ficar mais bêbada), ou alcançar o efeito com menores quantidades de álcool;
b) Os sintomas de abstinência após uma redução ou cessação do consumo (tais como sudorese, aceleração da pulsação, tremores, insônia, náuseas, vômitos, alucinações, agitação, ansiedade ou crises depressivas) ou o uso de álcool para evitar sintomas de abstinência (por exemplo, beber logo de manhã cedo);
c) Beber muito ou beber álcool durante um longo período de tempo, mais do que devia (perda de controle);
d) Impossibilidade de reduzir ou parar o consumo;
e) Passar uma grande parte do tempo bebendo ou se recuperando de seus efeitos;
f) Abandonar importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas;
g) Continuar a bebendo apesar de saber que o consumo de álcool está causando ou agravando os problemas.

O alcoolismo deve tratado por profissionais treinados na dependência alcoólica.


Médicos, Psicanalistas e outros profissionais de saúde são os mais adequados para acompanhar a retirada do álcool do organismo do paciente e os problemas de saúde associados ao alcoolismo.

Eduardo e Lígia G. Souza.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O MOTEL


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Geraldina não agüentou e contou para a Laurinda:
“- Viram teu marido entrando num motel.”
Laurinda arregalou os olhos... Ficou assim, uma estátua de espanto, durante um minuto, um minuto e meio.


Depois pediu detalhes:
“- Quando? Onde? Com quem?”
“- Ontem. No Baby Dreams.”
“- Com quem? Com quem?”
“- Isso eu não sei.”
“- Mas como ela era? Era alta? Magra? Loira?”
“- Não sei, Lau.”
“- Coriolano me paga. Ah, se me paga.”
Quando o Coriolano chegou em casa Laurinda anunciou que iria deixá-lo e contou por quê.


“- Mas que história é essa, Laurinda? Você sabe quem era a mulher que estava comigo no motel. Era você!”
“- Pois é! Maldita hora em que eu aceitei ir ao Baby Dreams! Toda a cidade ficou sabendo. Ainda bem que não me identificaram.”
“- Pois então?”
“- Pois então? Agora eu tenho que deixar você. Não vê? É o que todas as minhas amigas esperam que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo marido e não reagir.”
“- Mas você não foi enganada. Quem estava comigo era você!”
“- É! Mas elas não sabem disso!”
“- Eu não acredito, Laurinda! Você vai desmanchar nosso casamento por isso? Por uma convenção?”
“- Vou!”
Mais tarde, quando Laurinda estava saindo de casa, com as malas, Coriolano a interceptou. Estava sombrio:


“- Acabo de receber um telefonema...” Disse.
“- Quem era?”
“- Era o Chico.”
“- O que ele queria?”
“- Fez mil rodeios, mas acabou me contando. Disse que, como meu amigo, tinha que contar...”
“- O quê?”
“- Você foi vista saindo do motel Baby Dreams ontem, com um homem.”
“- Mas o homem era você!”
“- Eu sei, mas eu não fui identificado.”
“- Você não disse que era você?”
“- O que? Para que os meus amigos saibam que eu vou ao motel com a minha própria mulher?”
“- E então?”
“- Desculpe, Laurinda, mas...”
“- Mas o quê?”
“- Antes de você ir embora, vou ter que te dar uma surra... Pois é isso que meus amigos esperam que eu faça!”


Moral da história:
Devemos cuidar apenas da nossa saúde, pois da nossa vida... todo mundo cuida!
Consta como autor - Luiz Fernando Veríssimo.

Fazemos sempre o que os outros esperam de nós?

Recentemente relia um estudo acadêmico clássico, onde os pesquisadores examinaram a influência dos estereótipos sobre, o humor, a sociabilidade e a inteligência dos indivíduos. O que eles acharam, é que quando nós acreditamos que os outros pensam que somos atraentes, então nos esforçamos para aparecer mais brilhantes, sociáveis e divertidos. Sua conclusão nos oferece uma explicação de por que nos esforçamos, em várias situações sociais, para agir e nos comportar exatamente como os outros esperam de nós.


A pesquisa tenta entender porque procuramos sempre responder às expectativas dos outros.
Um dos entrevistados disse: "- Eu sempre fui tido como muito inteligente, então eu sinto que tenho de ser a pessoa mais inteligente da sala. Na escola eu sempre trabalhei tão duro em meus estudos, que não tive tempo para desenvolver relacionamentos. Eu gostaria que fosse de forma diferente."
Outro entrevistado declarou: "- Todo mundo sempre me disse que eu sou muito agradável. Faz-me sentir mal quando tenho a impressão que não sou todos sorrisos e gentil para alguém."
Outro afirmou: "- Eu sempre fui uma pessoa que acreditam faça as outras pessoas rirem. Por muito tempo eu senti que tinha obrigação de ser sempre ‘engraçado’. Se eu não estava alegre e engraçado, eu achava que as pessoas não gostariam de mim. Hoje, eu sinto como se não tivesse a liberdade de ser sério."
Você já sentiu a pressão de como as pessoas esperam que você aja de certa maneira, em uma área específica ou tenha um bom desempenho em uma tarefa definida? Se for assim, você não está sozinho. Um enorme número de pessoas sofre essa coação, 95% dos entrevistados para a pesquisa, disseram que lutam com todo seu valor para atender as expectativas dos outros.
Eu me pergunto se os restantes 5%, que não admitiram seus sentimentos, não foi porque estavam preocupados com o que os pesquisadores esperavam que eles respondessem.
Então podemos concluir que estamos preocupados com a forma como os outros irão reagir a nós. Você já teve experiência dessa avaliação limitada. Você espera que possa descobrir o que esperam de você, e quanto mais pensa sobre isso, se torna cada vez mais ansioso. O que a pesquisa mostra é que o seu comportamento e suas ações são altamente influenciados pelo que você acredita esperarem de você.
Lidar com as expectativas dos outros é realmente difícil.
Eu gostaria de poder dar-lhes uma lista com comportamentos e formas de ações verdadeiramente eficazes para encontrar a liberdade neste domínio. Eu não posso! Não é tão fácil, simplesmente decidir não ouvir as opiniões dos outros. Em muitos casos, é bom saber o que seus pais, professores e amigos esperam muito de você. Temos uma tendência natural de aumentar as expectativas dos outros, mas um pequeno empurrão aqui e ali para trabalhar mais, treinar mais, ou estudar um pouco mais, pode ajudar ao longo do caminho. Por isso, não é aconselhável simplesmente decidir ignorar as expectativas dos outros. O problema surge quando você deixa que os outros definam seu comportamento e ações, quando você se sentir totalmente dominado pelo esforço para atender as expectativas dos outros, ou quando você pensa que você tem que agir de determinada maneira, a fim de ser amado e aceito.
Eu gostaria de poder afirmar que a insegurança causada pelas expectativas dos outros é algo que você vai poder dominar e superar. Provavelmente não é. Sei que muitas pessoas, de todas as idades, estão em cativeiro grave por causa da tentativa de agradar aos outros.
Se você não pode simplesmente ignorar as vozes em torno de você, se não há nenhuma esperança de superar a pressão para agradar aos outros. Então qual é a resposta?


Estou feliz que você chegou até aqui. Nossa única esperança é perceber que o nosso valor não é determinado por aquilo que os outros esperam que façamos ou sejamos, ou até mesmo como os outros nos vêem, mas simplesmente pelo que Esperamos de Nós e pela maneira como Nós nos Vemos.
Em vez de procurar visualizar como os outros querem que você seja, procure apresentar-se a você mesmo.
Em seguida, desafie os seus pensamentos interiores preocupados com o seu desempenho. Procure fazê-los realidade. Pense nos seus objetivos. Desvende quem você é. E determine e controle o que você faz. Você é a mais brilhante, inteligente e divertida das criaturas. O que faz você uma pessoa credível e convincente. Pois você é capaz de agradar a si mesmo.
Seja Feliz!

Eduardo G. Souza.
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