Liberdade.

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Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

terça-feira, 17 de abril de 2018

CRISTO NÃO ERA CAPITALISTA OU COMUNISTA


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Algumas pessoas dizem que são cristãs e também comunistas porque o Cristo teria sido um comunista. Na verdade, se você realmente ouve os ensinamentos do Cristo, em vez dos ensinamentos de um professor sobre o que é moralmente correto, você aprenderá que a mensagem do Cristo era a coisa mais distante de qualquer teoria sobre um regime político. Você não pode afirmar seguir os ensinamentos de Cristo enquanto clama pelo comunismo (ou qualquer outra forma de governo).
Em Marcos 12:17, Jesus diz: “... Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus ...”. Jesus afasta sua mensagem das atribulações materiais que afligiam o povo. E está claramente dizendo que César e todos os demais deveriam receber o que merecem. Esta é uma maneira muito individualista de ver as coisas. Jesus não disse: “tire tudo de César e divida entre todos”. Nem disse: “dê tudo o que você tem a César, para que ele possa dividir entre todos os outros”. Jesus disse que César deveria receber o que lhe era devido.
“Mas Jesus disse que devemos cuidar dos pobres e dar aos necessitados. Assim, precisamos tirar dos ricos para dar aos pobres.” - Costumam argumentar os adeptos da esquerda.
Jesus nunca aceitou o ‘roubo’. Tirar de alguém e dar a outra pessoa é roubo! Mesmo quando as pessoas elegem uma pessoa para gerir o governo, não é dado a ela o direito de roubar alguns para dividir o produto do saque com outros. Jesus pediu que as pessoas doassem livremente, com a bondade de seus corações e em segredo. Em Mateus 6: 2, Jesus disse: “Quando pois deres esmolas, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas ...” Os hipócritas, nesse caso, eram aqueles que ostentavam suas doações para todos verem, para que o povo os louvasse... Assim como quando um esquerdista voa pelo país em seu jatinho particular condenando as pessoas ricas, a fim de obter os elogios e votos de pessoas comuns. Isso não é luta pelos pobres; isso é busca de atenção para agarrar o poder.
O mesmo vale para qualquer um que diga que a coisa certa é sobretaxar alguns e dar esse dinheiro para outras pessoas. Quando um comunista diz que os ricos devem "pagar mais", ele não é diferente dos hipócritas de que Jesus falou. Além disso, muitos comunistas possuem muitos bens, incluindo imóveis, barcos e até aviões. Engraçado como um homem que é tão generoso com o dinheiro de outras pessoas, a fim de ganhar votos, e não é tão generoso com o seu próprio. Isso é - na linguagem de hoje pelo menos - o que chamamos de hipócrita.
Os dez mandamentos também contradizem o comunismo. O oitavo mandamento diz: "Não furtarás". Bastante direto. Quando o governo tira dinheiro contra a vontade de alguém, está roubando. Assim como se um assaltante pegasse a carteira de alguém contra sua vontade. Estas são situações moralmente iguais. O Décimo Mandamento nos diz para não cobiçar as coisas de outra pessoa. Isso pressupõe desigualdade de renda, caso contrário, não haveria necessidade desse mandamento. Se o objetivo fosse tornar todos iguais, o Décimo Mandamento teria realmente dito: "Faça com que todas as pessoas tenham a mesma quantidade de coisas" (ou servos, servas, bois ou jumentos em termos bíblicos). A verdade é que esse mandamento está explicitamente dizendo às pessoas para não ficarem com inveja dos ricos, se elas não forem ricas (ou ambicionando qualquer outra pessoa por ter algo que elas querem).
“Mas a desigualdade de renda é ruim. Precisamos fazer todos iguais, porque não é justo que alguém tenha mais que os outros.” – É outro argumento comum dos esquerdistas.
Desigualdade de renda significa apenas que alguém trabalhou ou mereceu mais do que outra pessoa, e Jesus concorda. Em Lucas 12: 13-15, um homem chega a Jesus e pede a ele que diga ao irmão do homem para dividir igualmente a herança da família (certamente o irmão deveria receber mais). Jesus responde: “... Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?”. Mesmo Jesus, o Filho de Deus, disse que não era sua missão decidir estas coisas. Jesus passou a exortar o homem dos perigos da ganância. Jesus chamou o homem de ganancioso, mas não chamou o irmão do homem de ganancioso. Nem Jesus mandou que o irmão dividisse a herança em partes iguais.
Jesus foi na verdade muito pró-livre-vontade, individualismo e generosidade pessoal. Ele nunca disse a ninguém para tirar qualquer coisa de outra pessoa. Doar deve ser um ato feito livremente pelo indivíduo. Em Mateus 19: 21, Jesus confirmou a liberdade de escolha quando o mancebo o questionou, respondendo: “... Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, é dá-o aos pobres, ...” Ele não autorizou ninguém a tomar os bens do mancebo e distribuir entre os pobres, ele deu ao mancebo a oportunidade de trocar os bens materiais por prováveis bens espirituais. De fato, em todo o mundo, os Coxinhas fizeram muito mais pelos pobres que os Comunistas, eles doaram livremente muito mais aos pobres, através de várias organizações assistenciais, fundações e clubes de serviços (Rotary, Lions, Maçonaria, etc.).
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”. Isso não significa, “tirar de alguém mais para que você possa ter mais, pois eles terão menos”. Isso é imoral. Jesus nunca disse que a riqueza deveria ser redistribuída através do governo. Ele realmente apoiou a responsabilidade individual.
Então, da próxima vez que alguém disser que Jesus seria um comunista, não acredite nisso, pois ele sempre mostrou que sua mensagem não era sobre a vida material, não era sobre governos ou regimes políticos, mas sobre o espírito, sobre a vida espiritual.
Jesus não veio ao mundo como um Rei Guerreiro e Revolucionário que Judeus esperavam, pois, essa era a promessa dos profetas, um Rei que teria nas mãos a espada e o escudo, e elevaria o povo judaíco a se libertar do cativeiro romano e vencer todos os inimigos de Israel, levando o povo ao apogeu e a gloria. As expectativas que dominavam o povo judaico, fundamentadas em sua história, era a esperança de surgir um grande Rei e Líder Militar no estilo de Davi, no entanto, com o passar dos anos continuava aumentando a opressão, e Jesus não prometia a unidade, nem a independência política do povo de Israel, ao contrário, ele não combatia o Império Romano, e falava em uma vida eterna de felicidade e paz. Onde estava o porvir do povo judaico anunciado pelos profetas? Onde estava o esperado Império Político que iria melhorar as condições de vida do povo?
Na verdade, não podemos, jamais, materializar a mensagem do ‘Filho do Homem’ - “... Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus ...”.
Eduardo G. Souza.
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COMUNISMO E RELIGIÃO

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Os alemães Karl Marx e Friedrich Engels são apontados como os criadores das teorias e doutrinas do comunismo. Historicamente, porém, as concepções e ideais de uma sociedade comunista remontam ao período da Antiguidade clássica. Platão, em “A República”, descreveu um estado em que as pessoas compartilhavam todos os seus bens: "O privado e individual são completamente banidos da vida e tudo torna-se comum”.
Tanto o marxismo como o nazismo surgiram a partir do idealismo alemão do século XIX. A história é longa, sinuosa e complicada, começa com o racionalismo subjetivo iniciado por Descartes no século XVII. Ele sujeitou toda a realidade à dúvida metódica. Isso começou a caminhar em direção ao ceticismo e ao subjetivismo desenvolvidos por grandes filósofos como Locke, Hume, Berkeley, Kant, Fichte, Schelling, Hegel e Feuerbach, a última etapa do pensamento racionalista antes de Marx e Engels.
Ao longo de dois séculos, a filosofia tomou um rumo copernicano (para usar uma frase emprestada de Kant). Em vez do pensamento girando em torno da realidade; a realidade girava em torno do pensamento. A filosofia produziu a primazia da realidade para o homem, deslocando Deus. Não havia mais lugar para o cristianismo no pensamento ocidental, pelo menos no caminho que levou ao marxismo. A normatividade do mundo real foi descartada e Deus foi expulso como um intruso. A partir de então, o homem foi governado por interpretações subjetivas da realidade e por um materialismo exaustivo.
As consequências dessa dramática mudança da realidade para o subjetivismo tiveram consequências apocalípticas em nível pessoal, social e governamental, especialmente no Ocidente. Isso começou a acontecer antes mesmo da Revolução Russa, que é apenas um dos seus frutos amargos.
O ateísmo está no coração do comunismo. A palavra "ateísmo" vem de duas palavras gregas: ‘a’ que significa "não" e ‘theos’ que significa "Deus". Um ateu, portanto, é aquele que diz que "não há Deus". Ele nega a própria existência de Deus. A negação da existência de Deus é o fundamento sobre o qual toda a filosofia do comunismo é baseada. Karl Marx, afirmou que: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições sem alma. É o ópio do povo”.
Karl Marx acreditava que as religiões eram apenas obra do homem, e afirmou: “Religião é a impotência da mente humana para lidar com ocorrências que ela não consegue entender”.
Khrushchev, o ex-premiê russo, seguindo os princípios estabelecidos por Marx, perguntava as plateias, na televisão e no rádio, se os cosmonautas soviéticos tinham visto Deus em seus voos espaciais pelo céu. Quando as pessoas obedientemente respondiam que não, Khrushchev se voltava para a plateia e dizia: "Esta é a prova. Não existe Deus! Nossos astronautas nunca viram Deus!"
Marx acreditava que somente o comunismo poderia trazer a felicidade, ele afirmou: “O primeiro requisito para a felicidade do povo é a abolição da religião”.
Mas, na verdade, o comunismo é uma religião baseada na adoração do homem. Em janeiro de 1978, a revista National Geographic publicou um artigo sobre Moscou, em que o autor fez este interessante comentário: “Um dia, um amigo russo me alertou: ‘Você pode fazer piadas sobre muitas coisas aqui, mas não sobre a Segunda Guerra Mundial, quando perdemos tantas vidas, e sobre Lenin. Lenin não é apenas nosso George Washington, ele é mais que George Washington e nosso Jesus Cristo'. A imagem do pai da revolução aparece em toda parte, em escritórios e escolas, dentro e fora de edifícios, em parques e estações ferroviárias. Sua tumba de granito vermelho, na Praça Vermelha perto do muro do Kremlin, tornou-se para muitos russos o que o Santo Sepulcro de Jerusalém era para os europeus medievais - um lugar sagrado de peregrinação. A grande diferença é que a tumba de Lênin está ocupada e a tumba de Cristo está vazia!”
HL Mencken, jornalista e crítico social, afirmou que: “O comunismo, como as religiões reveladas, é em grande parte composto de profecias”.
David Benson, cientista social e professor da “College of Social Sciences and International Studies”, afirmou que: “o comunismo é uma religião, embora os comunistas tentassem negar isso!” Ele escreveu: “Se desconsiderarmos seu ateísmo por um momento, o comunismo tem todos os elementos de uma religião organizada: seus messias e santos - Marx, Engels e Lênin; suas escrituras sagradas - os textos desses homens; um bando de apóstolos e profetas - o Partido Comunista; uma nação eleita - o povo russo (ou chinês); pecado - definido como rejeitar o comunismo; conversão - tornar-se comunista; e acima de tudo a fé - a confiança total que se deve crer na verdade dos santos dogmas do comunismo.”
Essa ideia foi muitas vezes base de pregações de Billy Graham, pregador batista, que afirmou: “O comunismo é uma religião inspirada, dirigida e motivada pelo próprio Diabo, que declarou guerra contra o Deus Todo-Poderoso”. Essa ideia também foi dividida com Ezra Taft Benson, político e presidente da “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, que afirmou: “O comunismo introduziu no mundo um substituto para a verdadeira religião. É uma falsificação do plano do evangelho”.
Uma vez que eles negam a Deus, os comunistas também negam que existe um Criador. Se nada foi criado, então a matéria deve ser eterna. Esta é uma filosofia materialista que é totalmente contrária à realidade e à verdade.
Essa visão sem esperança é declarada da seguinte forma no Manifesto Humanista II, seção sobre "Religião": “A ciência moderna desacredita tais conceitos históricos como o "fantasma na máquina" e a "alma separável". Em vez disso, a ciência afirma que a espécie humana é um surgimento de forças evolutivas naturais. Até onde sabemos, a personalidade total é uma função do organismo biológico transacionando em um contexto social e cultural. Não há provas credíveis de que a vida sobreviva à morte do corpo.” Este parágrafo afirma que o homem nada mais é do que um corpo e, quando o corpo morre, tudo acaba. A morte acaba com tudo. Nesta visão, ninguém me fez; ‘Eu’ evolui! Não sou mais importante que um pardal, um verme, um tubarão, uma pedra ou um pedaço de madeira.
O materialismo é uma filosofia perigosa, enganosa e sombria. Ela inundou os Estados Unidos, e ensina que o homem é uma máquina eletroquímica e nada mais. O homem é feito de sangue, ossos, cérebro, etc. Ele é apenas um corpo e nada mais. De acordo com o materialismo, não há alma, nem espírito, nem parte imaterial do homem. Tudo é material, físico e químico. Tudo é matéria e matéria é tudo! O homem nada mais é do que um feixe de átomos, uma coleção de moléculas.
A embriaguez da licença (não a liberdade) é uma característica triste do comunismo marxista. Mesmo que apareçam de maneiras diferentes, tanto o marxismo leninista quanto o subjetivismo moderno levam a vidas vazias e a desastres colossais, tanto a nível pessoal como institucional. Como disse o escritor, filósofo e jornalista do Império Russo, considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história, Fiódor Dostoiévski, em sua magistral obra "Irmãos Karamazov": "Se DEUS não existe e a alma é mortal, tudo é permitido" - experimentação sexual escabrosa, aborto, bestialidade, suicídio, abuso de drogas, tortura. E talvez pior do que tudo isso é a renúncia ao uso da razão, que sempre parece perder quando luta contra a emoção, levando diretamente a desastres de todos os tipos.
Sobre essa visão materialista do comunismo, Adlai E. Stevenson, advogado e político, escreveu: “O comunismo é a morte da alma. É a organização da total conformidade - em suma, da tirania - e está empenhado em tornar a tirania universal”. E Billy Graham afirmou: “O comunismo decidiu ser contra Deus, contra Cristo, contra a Bíblia e contra toda a religião”.
De acordo com a teoria materialista de Marx, a história é uma série de lutas de classes e revoluções revolucionárias, levando finalmente à liberdade para todos. Marx derivou suas visões em parte da filosofia de Friedrich Hegel, que concebeu a história como o autodesenvolvimento dialético do “espírito”. Em contraste com o idealismo filosófico de Hegel, contudo, Marx sustentou que a história é impulsionada pelas condições materiais ou econômicas que prevalecer em uma determinada idade, "Antes que os homens possam fazer qualquer outra coisa".
Usando a ex-União Soviética como exemplo, Frank Meyers, filósofo e ativista político, descreve o comunismo como: “A forma estatal tomada por uma fé materialista determinada a governar o mundo".
O que o racionalismo subjetivo ignora é o fato de que o homem é um ser espiritual que aspira a um tipo de felicidade que as coisas materiais por si só não podem oferecer. Isso está inscrito em sua própria natureza, assim como sua convicção de que Deus existe e que existe uma lei de Deus. Isso explica por que o marxismo sempre falhou, mesmo em seu nascimento na Rússia, porque sempre teve que ser imposto pela força bruta. Mao Tsé-Tung, líder comunista chinês, afirmou: “O comunismo não é amor. O comunismo é um martelo que usamos para esmagar o inimigo”.
Norman Davies, historiador britânico-polonês conhecido por suas publicações sobre a história da Europa, da Polônia e do Reino Unido, comentando a queda do comunismo no leste-europeu, disse: “Os últimos anos de comunismo desvanecido, forneceram um ambiente ideal para a Igreja Católica da Polônia, que funcionava como um guarda-chuva para dissidentes de todos os tipos”.
E a situação não é diferente hoje. A maioria das pessoas rejeita o materialismo radical, por isso ele tem que ser imposto a elas por forças poderosas. Mesmo em países democráticos, a população corre o risco de sofrer lavagem cerebral pela educação, música, literatura, moda e modos de difusão cultural.
Aqueles de nós que são forçados a suportar essa tentativa de obliterar a dimensão espiritual do homem não pode ser uma maioria silenciosa. Mas, devemos combater essa servidão ao materialismo, temos o dever libertar a sociedade desse movimento catequizador, principalmente dos jovens, em direção a uma utopia, que já demonstrou não somente a sua irrealidade prática, como levou milhões de pessoas a morte, a fome e a miséria.
E como vamos confrontá-los? Sun Myung Moon, um líder religioso sul-coreano, nos mostrou o caminho: “O comunismo está tentando tomar o mundo pela força. Mas Deus conquistará o mundo pelo amor”.
Pat Robertson, advogado e ministro pentecostal, escreveu: “Eu pensava que o comunismo, a tirania do comunismo, era uma abominação e implorei a Deus que derrubasse esse terrível mal e ele fez. Foi um grande triunfo, demorou um pouco, mas aconteceu”.
Eduardo G. Souza.
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UM CRISTÃO PODE SER COMUNISTA?

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Vou ser radical e categórico... NÃO!
Um cristão não pode ser comunista, pois, estas duas doutrinas são diametralmente opostas. E a dialética filosófica tem discutido o tema, e a lógica conclui que não podem estar juntas essas doutrinas que são em princípio contrárias.
E por que eu afirmo que comunismo e cristianismo são incompatíveis? Em princípio o cristianismo está fundamentado na existência de um Deus e na vinda de seu filho, o Cristo, ao mundo para trazer aos Homens os princípios divinos dessa religião. Já o comunismo deixa de fora Deus e Jesus Cristo. O comunismo é declaradamente secularista e materialista. Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão criador do ‘idealismo alemão’ e naturalmente da génese do que é chamado de ‘hegelianismo’. Ludwig Andreas Feuerbach, outro filósofo alemão, era um materialista histórico e é reconhecido como o criador da ‘teologia humanista’. Esses dois filósofos foram importantes na construção da filosofia marxista. Karl Marx abancou o materialismo de Feuerbach e acrescentou a dialética de Hegel, e, por isso, sua filosofia é denominada de materialismo dialético.
O materialismo se fundamenta, em princípio, na ideia que toda a realidade pode ser explicada em termos da matéria em movimento. Em outras palavras, ele diz que toda coisa básica da realidade tem sempre caráter material ou corporal. O materialismo se contrapõe, fundamentalmente, ao idealismo, que é errado quando afirma a precedência da consciência sobre o ser, ou da realidade ideal sobre a realidade material. Karl Marx era um materialista, e ele acreditava que toda a história da humanidade era determinada pelas forças económicas. Não havia lugar para Deus no marxismo, e por isso o comunismo tornou-se um regime ateu. E até hoje ele é ateu. Ele nega a existência de Deus. Quem vai a Rússia, ainda hoje, encontra algumas igrejas reunidas nas manhãs de domingo, mas sabemos que, apesar disso, o governo russo sempre vez e faz campanha contra a religião, contra Deus e a crença em Deus, desde a revolução de 1917.
O comunismo considera a religião intelectualmente como o produto do medo e da ignorância. Karl Marx em “Zur Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie" (Uma Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel) (1844), escreveu: “O sofrimento religioso é, a um único e mesmo tempo, a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o ópio do povo.” (Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes). Apesar de Marx não ter sido o primeiro a utilizar a expressão, pois citações similares são encontradas em textos de Immanuel Kant, Herder, Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer, Moses Hess e Heinrich Heine, a autoria é com frequência atribuída a Marx.
Marx também afirmou que a religião, historicamente, sempre foi um instrumento que serve aos fins dos exploradores e opressores das classes trabalhadoras. Ela anestesia os oprimidos que não sentem a realidade da opressão. Enquanto os explorados e oprimidos crerem que o seu sofrimento lhes elevará ao paraíso onde gozarão da paz e da felicidade, eles considerarão a opressão como parte dos sacrifícios que o crente deve se submeter, um fardo necessário, para alcançar a salvação e não como uma coisa imposta pelos outros homens. Quando Marx disse que a religião é o ópio do povo, ele a via apenas como um bálsamo que alivia a dor dos oprimidos, que os torna apáticos, enevoando sua percepção da realidade e tirando-lhes a vontade de lutar contra a exploração e a opressão.
O cristão, por outro lado, acredita que a história não é movida por forças econômicas, mas por forças espirituais. Ele acredita que existe um Deus, criador do universo. Um Deus que ama os seus filhos, um Deus que trabalha através da história para a salvação do homem.
Os métodos empregados pelo comunismo são contrários ao cristianismo. Para os comunistas não há um poder divino ou uma ordem moral absoluta, não existem princípios imutáveis, fixos. Então, a força, a violência, o assassinato, a mentira, etc., são meios justificáveis para alcançar os fins últimos. Vladimir Ilitch Lenin, revolucionário, líder do Partido Comunista e primeiro presidente do Conselho dos Comissários do Povo da União Soviética, foi o responsável pela colocação da filosofia comunista de Karl Marx em prática, em certa ocasião ele disse: "Devemos estar prontos à empregar o ardil, a fraude, a violação das leis e a verdade encoberta ou incompleta”. Por isso muitas noites de terror e muitos dias de sofrimento têm assolado a humanidade, pois os seguidores de Lenin tomam esta opinião a sério e estão dispostos a agir de acordo com estas instruções, é uma questão histórica. ‘Para o comunismo os fins justificam os meios.’
Os cristãos acreditam que existem certos princípios morais no universo que são eternos e absolutos. O cristão acredita que há algumas coisas certas e outras coisas erradas. É errado mentir. Sempre foi errado, e sempre será errado. É errado odiar. Sempre foi errado, e sempre será errado. É errado tirar vidas preciosas que Deus deu aos homens. Era errado antes de Cristo, e é errado até hoje. Os cristãos acreditam que há coisas certas eterna e absolutamente, assim como, existem coisas que serão erradas ontem, hoje e sempre. Então, os cristãos não podem acreditar que ‘os fins justificam os meios’. Porque o fim é preexistente aos meios. E meios destrutivos não podem produzir fins construtivos. Métodos imorais não podem alcançar objetivos morais. E assim os cristãos estão frontalmente em desacordo com o ‘relativismo ético’ do comunismo.
Na doutrina comunista o Estado é uma realidade temporária, uma realidade provisória, que deve ser eliminada quando a sociedade sem classes emergir. Karl Marx discorria sobre o dia em que haveria uma sociedade sem classes. A classe trabalhadora, que ele chamou de proletariado, através da revolução tomaria o poder das classes dominantes, os empresários e os capitalistas. E, finalmente, eles iriam chegar ao poder, através de sua força, e iriam fundar uma sociedade sem classes. Ele disse que esta sociedade sem classes é o fim. E o homem se torna apenas um meio para esse fim. E se os chamados direitos ou liberdades de qualquer homem ficar no caminho, eles serão simplesmente ignorados. E assim, o regime reprime a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de reunião, etc., todas essas coisas passaram a serem controladas pelo Estado, que é manejado pelo partido comunista. E seja o que for determinado pelo partido, tem que ser feito. Todas as liberdades que são caras ao homem, podem ser negadas. O homem tem que ser um escravo, um escravo obediente e submisso ao Estado. O estado é onipotente e supremo, e por isso, ninguém na Rússia, China, Correia do Norte, Cuba, etc., de hoje, pode simplesmente se levantar e fazer um discurso contra o Partido Comunista. Alguém que viva em um país comunista, poderá escrever um livro dizendo certas verdades sobre o Partido, ele será preso e até mesmo morto. Foi o caso de Boris Leonidovitch Pasternak, poeta e romancista russo. Pasternak estudou filosofia na Alemanha e quando retornou para a Rússia publicou uma coleção de poesias. Durante a Primeira Guerra Mundial ele mandado ensinar e trabalhar em usina nos Urais, lá ele encontrou as ideias para a sua famosa obra ‘Doutor Jivago’, que só não fez sucesso na antiga União Soviética, obviamente por motivos políticos. Pasternak caiu em desgraça com o Politburo acusado de subjetivismo, no entanto, por ser conhecido e reconhecido por sua obra em quase todo o mundo, ele não foi enviado para Gulag. Em 1958 ele foi premiado com o Nobel de Literatura, mas não pode receber porque não foi autorizado a sair da União Soviética.
Sabemos que os momentos mais criativos da história foram os momentos em que as pessoas eram livres para pensar e expressar suas opiniões. A única coisa que torna o Ser um Homem é a sua liberdade. E por isso que um cristão nunca poderia concordar com o comunismo como um princípio filosófico, porque priva o homem da liberdade. Pois o Cristo veio para libertar o Homem, e se um homem não é livre, ele não é plenamente um Homem. Paul Johannes Oskar Tillich, teólogo alemão e filósofo cristão, afirmou: “Se um homem não tem a capacidade de deliberar, decidir, e de responder, ele não é um Homem, pois um Homem é um Ser livre”. Portanto, o comunismo está no caminho errado, ao negar a liberdade ao povo.
Por conseguinte, estou convencido de que um cristão não pode ser um comunista. Um verdadeiro cristão não pode aceitar o regime comunista.
Eduardo G. Souza

domingo, 25 de fevereiro de 2018

NÃO SEJA VÍTIMA DA FRUSTRAÇÃO






A vida está cheia de frustrações. Se fosse tudo plano e colorido, a vida seria aborrecida, sem graça, e nunca aprenderíamos a crescer como pessoa. As frustrações na vida nos permitem crescer, mudar e nos tornar mais felizes. Pelo menos é assim que eu vejo isso!
Se você não se deixar abater pelas experiências frustrantes, elas poderão ser extremamente gratificantes, e contribuir para seu crescimento. Não se desespere com as frustações, use-as!
Uma das coisas que aprendi com muitos grandes mestres é que ter uma frustração é a chave para um futuro bem-sucedido que você pode criar. Você está frustrado com a sua incapacidade de fazer algo para mudar alguma coisa que está lhe incomodando, não tem como agir ou uma solução para corrigi-la. Quando você percebe que outras pessoas também estão insatisfeitas, então você deve procurar conversar, discutir, dividir sua insatisfação com elas, e assim você permite que outras pessoas possam apresentar uma solução, que você ainda não vislumbrou.
Muitas pessoas com quem tenho conversado, estão frustradas porque não sabiam ou sabem nada. “Na verdade, fiquei frustrado porque não sabia de nada”, estou cansado de ouvir. A única maneira de superar essa frustração, é obter a maior quantidade possível de informações, para que você possa conhecer e se conscientizar sobre o assunto, e então avaliar todas situações e informação que estão em seu caminho.
Por exemplo, se você está frustrado porque não é promovido, seja honesto consigo mesmo. Existe a chance de seu chefe ser um idiota ou que seus companheiros de trabalho gostem de ‘puxar o saco’ dele e você não, mas, também há uma chance de que você não tenha o conhecimento ou a experiência que precisa para ser promovido. Talvez seu chefe possa ver que está faltando algo necessário para você ser promovido. Se você conseguir perceber ou procurar seu chefe e discutir com ele sua atuação, você pode procurar se aperfeiçoar ou treinar para obter as habilidades que você precisa, e se tornar uma pessoa que, obviamente, merece a promoção.
Esta dica na superação da frustração requer uma consciência de você mesmo, de suas capacidades e de suas limitações. Mas, a consciência deriva de ser honesto consigo mesmo.
Portanto, ser honesto consigo mesmo pode evitar muitas frustrações que podem parecer na sua vida. Quando você é desonesto consigo mesmo, não pode ver ou mover obstáculos da vida, porque você não os admite, e isso o mantém em uma situação que lhe incomoda, mas, você não quer sair, o que é muito frustrante.
A frustração que decorre de ser incapaz de superar algo ou realizar algo é normal. Isso significa que você ainda não encontrou o caminho certo. A fim de evitar que suas frustrações o impeça de avançar, você precisa se concentrar em superar suas frustrações e continuar em frente. Como você faz isso?
A melhor maneira é lembrar de como você viveu antes das frustrações e que você pode fazê-lo novamente. Não é impossível ultrapassar eventos frustrantes, é apenas difícil às vezes. Garanto que você já experimentou superar alguns eventos frustrantes. E se você já fez isso antes, você pode fazê-lo novamente. Na verdade, faça um mantra: - "Eu fiz isso antes e posso fazê-lo novamente!"
Você tem que encarar suas frustrações, e tentar corrigir o que está causando sua frustração. Por exemplo, se você estiver em um relacionamento que está indo água abaixo, e você está frustrado com a maneira como as coisas estão indo, você precisa estar determinado a consertar o relacionamento ou termina-lo. Lembrando-se de que um relacionamento feliz, saudável e solidário, poderá ajudá-lo a construir uma vida feliz, mas que você terá sempre que conviver com momentos ou contratempos frustrantes, comuns em qualquer relacionamento.
Não importa a situação frustrante com a qual você esteja lidando, tentar esquecê-la não pode ajudar. Você pode esquecer momentaneamente a frustração ao distrair-se, embora isso possa ajudá-lo a tirar a frustração momentaneamente da sua mente, ela vai voltar e ainda mais forte.
Então como agir, estou falando sobre conectar-se com outras pessoas que estiveram ou estejam sentindo o que você está, elas poderão dar algumas ideias que você poderá usar. Conectando-se a outras pessoas, você pode fazer um ‘brainstorm’(1) para discutir o problema ou situação indesejada, facilitando o surgimento de soluções. As ‘redes sociais’ têm funcionado como um campo para esse tipo de ação.
Por exemplo, entrar em um grupo ou em um debate, com base em sua frustração e fazer perguntas, colocar sua posição, é uma ótima maneira de obter um monte de informações, opiniões e ideias diferentes que você nunca poderia criar ou acessar por conta própria. Deixar sua mente aberta e meditar sobre algumas dessas ideias e informações, é uma ótima maneira de encontrar soluções ou respostas para superar sua frustração de uma vez por todas.
Esta é uma dica realmente importante que espero que você experimente. Se você optar por esconder a frustração e não deixar ninguém saber, será realmente difícil encontrar soluções ou respostas por conta própria. Seu foco é limitado. Suas experiências, atitudes, crenças e percepções mantêm você refém em uma certa maneira de pensar, e a única maneira de expandir sua maneira de pensar é obter uma visão de outras pessoas que têm uma maneira completamente diferente de olhar a vida e viver que você.
Muitas vezes, uma frustração nasce da expectativa. Queremos que as coisas funcionem de uma certa maneira, e ficamos frustrados quando não acontece. Então a dor é ela não estar funcionando da maneira que desejamos, isso nos coloca em estado de frustração, especialmente se não conseguirmos mudar as coisas de uma forma que nos satisfaça.
O truque da vida sem frustração constante é poder aceitar a realidade e seguir em frente. Isso não significa que você deve desistir de seus desejos ou sonhos, mas que você deve aceitar que nem tudo o que você quer e sonha pode ser realizado, que as coisas podem não funcionar exatamente da maneira que você está querendo e imaginando.
Por exemplo, você pode trabalhar duro para se tornar supervisor em seu local de trabalho, mas, em vez disso, obter uma oferta para ser promovido para uma posição diferente no trabalho. Se você não está disposto a abandonar o desejo de ser um supervisor, você ficará muito frustrado. Especialmente se o seu chefe não está disposto a promovê-lo para essa função. Mas, se você aceitar a promoção que lhe foi oferecida, então você avançará sem frustração, e poderá criar novas expectativas.
Isso é uma coisa que experimentei algumas vezes na vida. A realidade é que a vida muitas vezes nos dá o que mais precisamos, mas, não o que queremos. Procure entender que você pode receber algo que você precisa para crescer e obter mais do que deseja na vida.
Então, comemore seus sucessos na vida, mesmo que não sejam exatamente o que você deseja. Um evento inesperado, um novo relacionamento em sua vida que você não queria, um presente que não era o que você queria, ou qualquer outra coisa que não se alinhou exatamente com suas expectativas, é provavelmente a coisa exata que você precisa neste momento.
Na verdade, os obstáculos e as falhas são coisas boas, se causam frustração é também uma boa coisa. É um sinal de que você está pronto para aprender algo novo, dominar algo melhor (como paciência ou compaixão), crescendo como pessoa, saindo da sua zona de conforto e se aproximando do que deseja.
A superação da frustração sempre o recompensará ensinando algo sobre você e lhe ajudando a se aproximar de quem você quer ser.
Portanto, na próxima vez que você se sentir frustrado, pare, analise a sua frustração e entenda que é uma nova oportunidade de crescimento. Você pode não entender o quão importante é isso agora, mas, tente pelo menos da próxima vez que você estiver frustrado.
Eu quero que você diga em voz alta: - “Isso é ótimo! Ao encontrar uma maneira de superar essa frustração, estou prestes a fazer algumas mudanças na minha vida que a melhorarão!” Ao dizê-la em voz alta, essa frase penetrará em seus ouvidos, e o ajudará a ficar mais entusiasmado.
Concentre-se no que há para ser grato neste momento. Concentre-se em encontrar uma solução ou resposta para a frustração. Isso o ajudará a sair de um estado negativo para um estado criativo, o que o ajudará a se sentir melhor e a encontrar uma solução ou resposta mais rapidamente.
Se você não pode se concentrar, porque está muito chateado ou decepcionado com o evento frustrante, então se concentre em algo completamente fora do alcance da frustração para dar a sua mente uma pausa disso. Assistir TV, uma caminhada, uma conversa com um bom amigo, ou qualquer outra coisa que não tenha nada a ver com a frustração vai ajudar.
Procurar controlar sua raiva, vai ajudá-lo a ficar mais calmo no momento. Isso lhe permitirá deixar de lado as emoções intensas que o mantêm focado nas coisas erradas. Quando essas emoções forem controladas, você poderá analisar à frustração claramente e encontrar uma solução ou resposta.
Muitas vezes a frustração acontece porque você não sabe o caminho a seguir. Isso pode ser resolvido, ficando claro o que você quer e criando um caminho para chegar lá.
A falta de clareza sempre promoverá o caos na sua vida, o que fará com que você se sinta frustrado. Mas, ficando claro o que você quer, irá ajudá-lo a avançar, mesmo em face de um revés ou um obstáculo.
Eu sugiro que você determine claramente o deseja em sua vida, os objetivos que deseja alcançar, as experiências que deseja vivenciar e as recompensas que deseja alcançar. Em seguida, crie pequenos objetivos acionáveis ​​para ajudá-lo a se mover para a vida que deseja.
Se você está lidando atualmente com uma frustração, então fique claro sobre o que você quer na área específica com a qual você está lidando. Por exemplo, se você está em um relacionamento ruim, talvez você não saiba o que deseja do relacionamento. Você pode não saber em que direção você deseja que o relacionamento vá. Se você se sentar e listar as coisas que deseja, como "se comunicar bem" ou "ser mais íntimo", então você terá algo de concreto para trabalhar e, em vez de ficar frustrado por como você está vivendo, você pode começar a trabalhar para alcançar como você quer viver.
Por último, é importante concentrar-se na sua vida e não colocar o seu foco na vida de outra pessoa. Se o seu objetivo é melhorar a vida de outras pessoas ou ajudá-los a se tornar o que você pensa que deveriam ser, então você ficará sempre frustrado. Outras pessoas nunca desejarão alcançar as expectativas que você definiu para elas, e nunca irão recompensá-lo da maneira que você deseja ser recompensado. Cada pessoa possui suas próprias crenças, expectativas e objetivos de vida.
Por exemplo, você pode tentar ajudar outras pessoas a se tornarem mais informadas e instruídas, postando informações sobre um determinado assunto ou tema em uma rede social, você pode ficar frustrado com a quantidade de pessoas que não entendem sua intenção ou que não estão dispostas a aceitar o que você está postando. Você pode ficar frustrado com os comentários, com falta de raciocínio lógico ou com falta de vontade de algumas pessoas de aceitar os fatos e os dados, e mudar seu modo de encarrar a realidade. É melhor você procurar as pessoas que querem ser ajudadas, procurar trazer novos dados, fatos e informações que possam enriquecer o tema, em vez de ficar frustrado se concentrando em pessoas que não querem a ajuda, pois são incapazes de mudar suas opiniões, mesmo frentes a dados e fatos incontestáveis.
Em suma, é importante ter a intenção de esclarecer e informar outras pessoas, mas, você não pode ter uma expectativa de que isso vai acontecer. Você não deve ter a expectativa de mudar outras pessoas, toda vez que você apresentar informações, dados e fatos a elas ou você ficará frustrado na maioria das vezes. Lembre-se que, muitas vezes, aquele assunto já é uma grande frustração para quem você quer informar.
Hodiernamente, é grande o número de pessoas que estão frustradas com a política e com os políticos. Algumas pessoas colocaram todas suas expetativas e crença em figuras que se apresentaram como modelos de honra e moral, e que, como ‘ídolos de pés de barro’, se desfazem aos nossos olhos. Cada dia, ao abrirmos os jornais, assistirmos a TV, ouvirmos as rádios ou pela internet, somos bombardeados por notícias alarmantes de que, essas pessoas em quem colocamos nossas esperanças, estão sendo denunciadas, julgadas, condenadas e algumas até presas. Não existe um só partido político que esteja limpo, não existe uma só corrente política que não esteja contaminada e subjugadas pela corrupção, e são muito poucos os políticos que não estão envolvidos em maracutaias, tramoias, ilícitos e roubalheira... Um a um os líderes políticos vão caindo, num despenhadeiro sem fim e numa velocidade vertiginosa...
Então a frustração do povo é cada dia maior, alguns negam a realidade, são capazes de morrer para não aceitar os fatos e dados incontestáveis, defendem com ‘unhas e dentes’ seus ídolos, procurando aplacar a frustração de vê-los cair no lamaçal do crime e da desonestidade. Outros aceitam a realidade e abandonam suas esperanças. Enfim, existe os que ainda lutam, e como o filosofo grego Diógenes de Sinope, que andava pelas ruas de Atenas em pleno dia com uma lanterna acesa, e quando perguntado da razão para tal atitude, ele respondeu: “procuro um Homem Honesto”, andam também a procura de um político honesto, tentando usar essa terrível realidade que vivemos, como uma forma de aprendizagem, para não se deixar levar por promessa vãs e acreditar em políticos, pois acreditar neles é adquirir para si uma imensa carga de frustração que deverá ser enfrentada num futuro não tão distante.
Finalizando, devemos ter complacência e tolerância com aqueles que não aceitando a realidade, extravasam sua frustração em formas agressivas e violentas, destempero emocional e incontinência verbal, a dor da frustração que essas pessoas carregam os faz perderem totalmente a racionalidade, e embarcar em um mundo irreal, onde a negação da realidade é a sustentação.
Eduardo G. Souza.    


(1)  Brainstorm é uma palavra em inglês cuja tradução é “tempestade mental”. É uma metodologia de exploração de ideias, visando a obtenção das melhores soluções de um grupo de pessoas. Alguns definem Brainstorm como “chuva de palpites”, mas ele é muito mais que isso. Falando de forma simplória, ele é um ‘bate-papo’ direcionado, que pode favorecer ou não o surgimento de novas ideias, que ajudem na solução de problemas ou situações indesejadas.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS





A Revolução dos Bichos 
George Orwell

Um verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século XX, “A Revolução dos Bichos” é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma fazenda contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial, foi publicada pela primeira vez no Reino Unido em 1945, depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
O livro narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto pela Rússia na época de Stalin.
A história conta que - sentindo aproximar-se sua hora, Major, um velho porco, reuniu os animais da fazenda para partilhar seu sonho: “serem governados por eles próprios, sem a submissão e exploração do homem”. Ensinou-lhes uma antiga canção, “Bichos da Inglaterra” (Beasts of England), que resume a filosofia do Animalismo, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais em êxtase com as possibilidades.
Porém, Major faleceu três dias depois, então, tomou a frente do movimento os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão, que passaram a reunir-se clandestinamente a fim de traçar as estratégias da revolução. Certo dia, Sr. Jones, proprietário da fazenda, descuidou-se com a alimentação dos animais, fato este que se tornou a gota de água para os bichos. Sob o comando dos inteligentes porcos, os animais expulsaram os humanos da propriedade que passaram a chamar de “Fazenda dos Bichos”, e aprenderam os Sete Mandamentos, que, a princípio, ganharam a seguinte forma:
“1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro patas, ou tenha asas, é amigo; 3. Nenhum animal usará roupas; 4. Nenhum animal dormirá em cama; 5. Nenhum animal beberá álcool; 6. Nenhum animal matará outro animal; 7. Todos os animais são iguais.”
Os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas mau" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas.
Os animais tentavam criar uma sociedade utópica, porém Napoleão, seduzido pelo poder, expulsou Bola-de-Neve da fazenda, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam durante toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação sobre os fracassos da revolução, criando-se um mito em torno do porco que, a partir dali, passou a ser considerado um traidor.
Napoleão apoderou-se da ideia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para gerar energia, e deu início à sua construção. Algum tempo depois, os porcos começaram a negociar com os agricultores da região, descumprindo a resolução de não fazer contato com os humanos, apontando essa ideia como mais uma invenção de Bola-de-Neve. Os porcos passaram a viver na antiga casa de Sr. Jones e começaram a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:
“4. Nenhum animal dormirá em cama ‘com lençóis’; 5. Nenhum animal beberá álcool ‘em excesso’; 6. Nenhum animal matará outro animal ‘sem motivo’; 7. Todos os animais são iguais, ‘mas alguns são mais iguais que os outros’.”
Napoleão foi declarado líder por unanimidade, e estabeleceu uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos. As condições de trabalho degradaram-se, os animais sofrem um novo ataque humano e começam a lembrar-se que na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era melhor, o slogan das ovelhas foi modificado passando a ser: “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras.
Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, um acordo sobre a produtividade da “Fazenda dos Animais”. Os outros animais passaram a trabalhar arduamente em troca de míseras rações.
No final, os animais, olhavam para a casa, antes ocupada pelo Sr. Jones e agora viam os porcos vivendo em considerável luxo em relação aos demais animais, E o pior, viam Napoleão e outros suínos jogando carteado com Frederick e Pilkington, donos das fazendas vizinhas, e celebrando a prosperidade que os seus acordos proporcionavam às suas fazendas. Numa visão confusa, os animais já não conseguiam distinguir os porcos dos homens. mas eram sempre lembrados da “proclamada liberdade”, por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva.
Assiste-se assim a um escárnio grotesco da sociedade humana.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram “A revolução dos bichos” a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo.
Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
O livro extrapola a questão dos desvios que a revolução russa tomou. Poderíamos reconhecer diversos ditadores nas atitudes do personagem Napoleão: Fidel Castro em Cuba; Augusto Pinochet no Chile; Hugo Chávez na Venezuela; Slobodan Milosevic na Sérvia e na Iugoslávia; Mao-Tse-Tung na China; Idi Amin Dada em Uganda; Kim Il-sung na Coreia do Norte ou Pol Pot (Saloth Sar), no Camboja. A ficha criminal da humanidade está aí para provar. A história da humanidade está cheia de casos de abuso de poder. “O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente”, Lord Acton (John Emerich Edward Dalberg-Acton, 1º barão Acton, historiador britânico).  
Em nosso caso em particular, os porcos não contam com a ajuda dos cães, pois além de não os cooptar, como aconteceu em quase todos os casos, os porcos ainda os hostilizam. Isso garantiu, de certa forma, que os porcos não dominassem totalmente a “Fazenda dos Animais”, instituindo um regime totalmente totalitário, como aconteceu nos casos acima mencionados. Quem quiser saber melhor sobre o papel dos cães, é só ler o livro!
Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift (um escritor anglo-irlandês, panfletário político, poeta e clérigo) seu representante máximo.
É preciso que esta fábula moderna continue contribuindo para alertar a humanidade dos perigos da ascensão de certos líderes com discursos demagógicos, cujos conteúdos disfarçam intenções ulteriores e cujas promessas de prosperidade e liberdade costumam favorecer apenas uma minoria. George Orwell nos ensina, enfim, a reconhecer ‘porcos’ disfarçados de ‘homens’.
O livro é encontrado na integra em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/animaisf.pdf

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PATRIOTISMO







A definição padrão do dicionário da língua portuguesa, diz: Patriotismo é amor ou devoção a pátria!
A maior parte dos dicionários concordam com esta definição.
No estudo filosófico do assunto, Stephen Nathanson(1) (1993) define o patriotismo como envolvendo: o amor especial para o próprio país; o senso de identificação pessoal com o país; a especial preocupação pelo bem-estar do país; e a disposição a sacrificar para promover o bem da Pátria.
Assim, o patriotismo pode ser definido como o amor à Pátria, a identificação com ela e a preocupação especial pelo bem-estar dos compatriotas.
Esta é apenas uma definição. Uma descrição mais completa do patriotismo envolvendo conceitos filosóficos, psicológicos e epistemológicos, está além do escopo deste texto. Tal estudo analisaria as crenças do patriota sobre os méritos de seu país, sua necessidade de pertencer a um grupo e ser parte de uma narrativa mais abrangente, está relacionado com um passado e um futuro que transcendem os limites estreitos de um a vida do indivíduo e suas preocupações mundanas, bem como as condições sociais e políticas que afetam o refluxo e o fluxo de patriotismo, sua influência política e cultural, e muito mais.
Muitos pensam no patriotismo como uma expressão natural e apropriada do amor à Pátria em que nascemos e crescemos e de gratidão pelos benefícios da vida em seu solo, entre suas pessoas e sob suas leis. Eles também consideram o patriotismo como um componente importante de nossa identidade. Alguns vão mais longe e argumentam que o patriotismo é moralmente obrigatório, ou mesmo que é o núcleo da moral social.
O patriotismo nos dias de hoje é como o Natal - muitas pessoas envolvidas em uma atmosfera festiva repleta de luzes e espetáculos. Nós ouvimos lembretes sobre "o verdadeiro significado" do Natal - e podemos até mesmo pensar alguns momentos sobre esses lembretes, mas cada um de nós gasta mais tempo e pensamento na festa, nos presentes e em outras parafernálias de um feriado secularizado, do que aprofundamos nossa devoção ao verdadeiro significado do Natal. Isso, também acontece com patriotismo, pensamos no que vamos fazer no dia da Independência, no dia de Tiradentes, etc. Peça a um cidadão para discorrer sobre o significado do feriado nacional e com poucas exceções, você receberá um pastel de respostas ou uma negativa do conhecimento, muitas serão superficiais e muitas vezes erradas.
Os fundadores da nossa Pátria, os homens e as mulheres que nos deram razões para nos orgulharmos de nosso país e sermos patriotas, pensariam que perdemos nosso caminho e nos transformamos em pessoas ignorantes, se pudessem nos ver agora.
No entanto, há dias em que sentimos que o patriotismo está sendo atacado e abatido. Diariamente somos bombardeados com notícias negativas, ruins e estarrecedoras pelos órgãos de imprensa e pela internet. Então é fácil perder todos os motivos que teríamos para nos orgulharmos do nosso país. O Brasil é um lugar incrível com pessoas incríveis, certamente! Pelo menos essa era a ideia daqueles que observavam nosso país a distância. Hoje atingido pelas notícias que nos constrangem, o mundo está mudando sua visão de nosso país, e muitos estarrecidos perguntam – “como um país tão bonito, com uma natureza tão linda, pode ser tão corrupto e violento?”
O patriotismo não é uma confiança cega em qualquer coisa que os líderes políticos nos digam ou façam. O patriotismo não está simplesmente comparecer para votar. Você precisa saber muito mais sobre o que motiva um eleitor antes de julgar seu patriotismo. Ele pode estar votando só porque quer ganhar algo às custas de outra pessoa ou da sociedade. Talvez ele não se preocupe com o fato de o político que ele escolheu ser um corrupto mau-caráter. Lembre-se da sabedoria do Dr. Johnson(2): "A alegação do patriotismo é o último refúgio de um canalha".
Apesar de tudo isso precisamos não nos esquecemos de que ainda precisamos amar nosso país, respeitar a natureza manifestação de Deus e cuidar dos nossos cidadãos.
Patriotismo é mais que devoção a pátria, é respeito a pátria e aos cidadãos!
Devemos fazer tudo o que pudermos para ajudar os brasileiros a se sentir orgulhosos do nosso país. Nossos programas de educação escolar pública devem voltar a incutir o patriotismo e a paixão pelo Brasil na nossa próxima geração, assim como aconteceu com a maioria de nós no passado. O ponto mais importante é mostrarmos que o patriotismo ainda é relevante para nosso país, e que poderá ser incentivado com ações cívicas que eram comumente desenvolvidas nas Instituições Educacionais no passado, tais como o culto ao pavilhão nacional, o conhecimento dos hinos pátrios, estudo da estrutura e organização do país, além da disseminação dos valores cívicos e morais da nossa sociedade.
Devemos, no entanto, ter atenção as diferenças entre o patriotismo e o nacionalismo, esses conceitos muitas vezes são confundidos pela falta de clareza devido à dificuldade em distinguir os dois. Muitos autores usam os dois termos de forma intercambiável. No século XIX, Lorde Acton(3) diferenciou nacionalidade e patriotismo, definindo o primeiro como o amor e uma relação moral com a Pátria. Já a nacionalidade ele definiu como nossa conexão com a raça que é meramente natural ou física, enquanto o patriotismo é a consciência de nossos deveres morais para a comunidade política. No século XX, Elie Kedourie(4) definiu o nacionalismo como uma doutrina filosófica e política de pleno direito sobre as nações como unidades básicas de humanidade dentro das quais o indivíduo pode encontrar liberdade e realização e o patriotismo como um sentimento de amor para o seu país.
George Orwell(5) comparou os dois em termos de atitudes agressivas versus defensivas. O nacionalismo é a conquista d o poder, seu intento é adquirir o máximo de poder e prestígio possível para a sua nação, no qual submergem as individualidades. Enquanto o nacionalismo é, portanto, agressivo, o patriotismo é defensivo, é uma devoção a um país e a um modo de vida que se pensa melhor, mas não se deseja impor aos outros.
Não é hora de olhar para trás, mas olhar para a frente, para o futuro!
Patriotismo envolve responsabilidade pessoal. Nossa liberdade é proporcionada e sustentada a um preço elevado.
Ainda existem poucas organizações institucionais (como as Forças Armadas) e sociais (como a Maçonaria), que buscam inspirar o amor à Pátria e o culto aos símbolos e valores nacionais, e lembrar aos jovens o que é patriotismo, e procuram compartilhá-lo com os outros, envolvendo os familiares e amigos em atividades comunitárias e de responsabilidade civil.
Finalizamos, com a Declaração de Arbroath(6): "Não é por honra, glória ou riqueza que lutamos, mas somente pela liberdade, e nenhum homem bom desiste dessa luta, exceto com o sacrifício de sua vida".
Eduardo G. Souza

(1)  Stephen Nathanson é professor emérito em filosofia na Northeastern University, Boston, Massachusetts. Ele se formou com honras em filosofia no Swarthmore College e o doutorado em filosofia pela Universidade Johns Hopkins.
(2)  Samuel Johnson, também conhecido em língua inglesa como Dr Johnson, foi um escritor e pensador inglês conhecido por suas notáveis contribuições à língua inglesa como poeta, ensaísta, moralista, biógrafo, crítico literário e lexicógrafo.
(3)  John Emerich Edward Dalberg-Acton, 1º barão Acton, foi um historiador britânico. Foi diretor da revista católica The Rambler desde 1859. Opôs-se ao Syllabus, documento de oitenta pontos, publicado pela Santa Sé em 1864, durante o papado de Pio IX.
(4)  Elie Kedourie, foi um historiador britânico sobre o Oriente Médio. Ele escreveu de uma perspectiva conservadora, dissidente de muitos pontos de vista considerados como ortodoxos no campo. Ele lecionou na London School of Economics de 1953 a 1990. Uma contribuição dele para o estudo do nacionalismo, foi quando ele lançou seu livro, o “Nacionalismo”, em 1960, com as condições prevalecentes em 1992, quando ele saiu de cena.
(5)  Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. George Orwell demonstrou sua hostilidade ao estalinismo e pelo socialismo soviético, em um regime que Orwell criou em seu romance satírico “A Revolução dos Bichos”.
(6)  A Declaração de Arbroath é um documento de declaração da Independência da Escócia perante o domínio do Reino da Inglaterra. Foi escrita em latim, em 1320, seis anos após a Batalha de Bannockburn e enviada para o Papa João XXII, para o reconhecimento de Robert the Bruce como Rei da Escócia.


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PORQUE ALGUMAS PESSOAS SÃO AGRESSIVAS NAS REDES SOCIAIS






A raiva é uma emoção humana normal e natural. É, de fato, uma das mais básicas de todas as experiências humanas. Todo mundo já sentiu raiva em um ponto em suas vidas e alguns de nós canalizaram essa raiva para a violência, outros não. Muita raiva sobre o que ultimamente está acontecendo, tem sido acumulada e expressa. Se fosse um pouco maior, estaríamos acumulando sacos de areia contra nossas portas e janelas, e trocando tiros nas ruas. Mas de onde ela vem? E por que é tão frequentemente dirigida a alvos estranhos?
Na verdade, a raiva não é de tudo ruim. Sem a raiva, injustiças graves não seriam respondidas, seríamos menos motivados para nos protegermos e talvez não tivéssemos sobrevivido como uma espécie.
No entanto, desde uma idade muito jovem, muitos de nós são bombardeados com a mensagem de que a raiva é ruim. Durante o período de nosso desenvolvimento emocional, quando somos altamente suscetíveis à pressão social de pais, cuidadores e professores, aprendemos que para sermos "bons" devemos desenvolver o autocontrole e esconder os sentimentos de raiva. Quando as pessoas aprendem que não podem expressar raiva abertamente, honestamente e diretamente dentro dos relacionamentos, a emoção não desaparece. Em vez disso, muitos de nós aprendemos a expressá-la em formas alternativas e secretas, muitas vezes através de comportamentos agressivos.
Mas, enquanto a raiva não gera a agressão tudo bem, entretanto, quando a raiva é canalizada para a agressão, são muito fáceis de fazerem vítimas, e, muitas vezes, por motivos mais insustentáveis do que se pensa, o que raramente é benéfico para qualquer um. Afinal, foi Sigmund Freud quem disse: "A raiva leva ao medo, o medo leva ao ódio e o ódio leva ao lado negro".
É importante diferenciar raiva e agressão. A raiva é o estado de excitação emocional e fisiológica. Você pode ficar com raiva de alguém ou de alguma coisa, mas optar por não se comportar agressivamente com alguém como resultado dessa raiva. Esse tipo de comportamento é considerado maduro. Da mesma forma, você pode ser muito agressivo com alguém (por exemplo, assaltá-lo), sem se irritar com essa pessoa (as probabilidades são que você não conhece nada sobre ele, além do fato de que ele tem objetos de valor que você quer), isso é considerado imaturo.
Existem muitas teorias sobre a agressividade humana. Mas uma questão interessante é por que as pessoas ficam tão irritadas com coisas relativamente inconsequentes tão frequentemente nos dias de hoje.
Os diversos autores têm procurado distinguir os termos ‘agressão’ e ‘comportamento agressivo’. Comportamento agressivo pode ser caracterizado por ataques verbais. A agressão é uma ação destrutiva contra si mesmo e/ou contra outros.
Psicologicamente, é um assunto complexo (como as emoções tendem a ser). A agressão (em humanos) é definida por Anderson(1) e Bushman(2) como "qualquer comportamento dirigido a outro indivíduo, que seja realizado com a intenção próxima (imediata) de causar danos. Além disso, o perpetrador deve acreditar que o comportamento causará danos e que o alvo está motivado para evitar o comportamento". Alguém está fazendo algo que você não gosta (por exemplo, uma pessoa que expressa opiniões contrárias as suas), você faz algo contra ele que você sabe causará danos (por exemplo, ofendê-lo ou ameaçá-lo), o que você espera é que ele não vá responder para evitar que você faça isso novamente (por exemplo, que essa pessoa pare de expressar suas opiniões).
A hostilidade é o componente cognitivo da agressão. É o que você pensa, que leva a um comportamento agressivo. A agressão hostil é quando você reage de forma agressiva e impulsiva a ameaças ou insultos percebidos. Por outro lado, a agressão instrumental é quando você usa a agressão para adquirir objetivos a longo prazo. Uma pessoa que aborrece abertamente você numa rede social, na frente de outros, provavelmente está usando a agressão instrumental para se promover às suas custas. Você, subsequentemente, responde de forma agressiva, ofensiva ou ameaçadora, isso é agressão hostil.
A hipótese da frustração-agressão diz que nos irritamos quando somos frustrados, quando nossos desejos, objetivos ou expectativas são frustrados. Há tantos motivos para isso nos dias de hoje, a Lei nos diz todas as coisas que podemos e devemos fazer, mas na hora de aplicação da Lei vemos algumas instituições tergiversar, a mídia nos diz como está terrível a economia, a política e tudo mais, a internet garante que tenhamos um fluxo constante de informações potencialmente frustrantes, é fácil ver porque as pessoas vivem em um estado permanente de raiva fervente.
No entanto, muitas vezes é difícil fazer qualquer coisa sobre essas frustrações, por isso é provável que resulte em agressão deslocada. Então, se você não pode alterar o que está lhe frustrando, você pode se voltar contra algo ou alguém que tenha menor possibilidade para prejudicá-lo se reagir. A agressão deslocada desenvolve uma variedade de comportamentos projetados contra outra pessoa, sem que o outro reconheça essa raiva subjacente. A excitação da raiva não se dissipa rapidamente, portanto, muitas vezes é transferida para alvos menos merecedores, mas mais convenientes.
Sua vida não está indo como você esperava e sua situação é uma merda? Pode não ser sua culpa! São aqueles malditos políticos, comunistas, etc., que estão arruinando a sociedade e atrapalhando o processo. Mas graças à internet, agora você tem ampla oportunidade de se vingar.
Você não pode perder um debate numa rede social! Há uma predisposição natural das pessoas para reconhecer questões controversas, defender posições e refutar posições opostas. Assertividade e argumentação são vistas como predisposições construtivas. A assertividade é a arte de defender o seu ponto de vista sem recuar e sem agredir, inclui ser vigoroso, firme, usando o raciocínio para defender posições pessoais, enquanto refuta as posições dos adversários, sem ofendê-los.
O importante em qualquer discussão, é colocar o que você pensa, respeitando a opinião do outro.
Alguns indivíduos profundamente desagradáveis ​​ficam muito bravos e agressivos quando são compartilhadas ideias contra aquilo que elas acreditam. As pessoas ficam muito irritadas com essas pessoas que enviam informações, notícias ou comentários em geral, que vão contra sua opinião, e fazem de tudo para detê-las. Algumas pessoas ficam com raiva dessas pessoas, e assumem, por sua vez, uma postura agressiva, por não obter as soluções ou respostas que elas queriam. As pessoas ficam muito irritadas com a suposta lógica por trás desses comentários. As pessoas ficam muito bravas com essas pessoas que estavam zangadas com as postagens ou os comentários.
Pode chegar um ponto que pessoas desconhecidas passam a se insultar, se agredir verbalmente e até fazerem ameaças. A agressividade Verbal é uma predisposição para atacar a integridade e o autoconceito do outro. Esse comportamento, geralmente considerado uma forma destrutiva e negativa de comunicação, fica muito complexo explicá-lo.
A agressividade verbal é vista como uma deficiência da habilidade do raciocínio lógico e das habilidades verbais necessárias para lidar com os desentendimentos normais e as frustrações diárias. A falta de habilidades de argumentação é um catalisador da agressão verbal, da violência. Em geral, quanto mais um indivíduo é rico em argumentação, menos ele é propenso a agressividade verbal.
Na verdade, a agressão verbal é um ataque pessoal, que objetiva insultar e ofender o outro, ao invés confrontar o seu pensamento ou a sua posição. Os indivíduos que lançam mão da agressão verbal são vistos como menos credíveis, têm comportamentos sociais menos satisfatórios e, em geral, recorrem a agressões físicas com mais frequência. As consequências da agressão verbal incluem: baixo autoconceito, frustração, ansiedade, raiva, ressentimento, constrangimento e até agressão física.
Essa é uma coisa que a internet faz bem! Ao mesmo tempo que ela oferece coisas amargas para nos irritar, pois não temos o poder mudar ou nos afastar, ela nos oferece muitas avenidas para deslocar e ventilar nossa raiva.
Obviamente, na verdade a questão é muito mais complexa, assumindo fatores societários, evolutivos e psicológicos além do alcance de uma única postagem na internet. Sou só um estudioso do comportamento humano.
Como você chegou até aqui, temos um pequeno favor para pedir. Não deixe sua raiva transformar-se em agressão verbal, lembre-se que o seu opositor, na maior parte das vezes, não é o responsável pelo que está acontecendo, ele pode ser uma vítima como você. A falta de habilidade no gerenciamento de conflitos, é uma razão primordial da violência nas relações pela internet. Saber quando parar de discutir é uma arte e também uma habilidade de comunicação. Então como você pode ver, precisamos de sua ajuda. Fazemos esse pedido porque acreditamos que nossa perspectiva é importante e porque também pode ser a sua perspectiva.
Eduardo G, Souza.

(1)  Craig A. Anderson é professor e diretor do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Iowa em Ames. Obteve seu doutorado na Universidade de Stanford em 1980. Ele realizou pesquisas sobre os efeitos dos videogames sobre as crianças. Ele foi professor da Rice University, Ohio State University e da Universidade de Missouri. Sua pesquisa examinou a associação potencial entre conteúdo violento dos videogames e a violência. Atualmente é membro do Conselho Executivo da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre Agressão.
(2)  Brad J. Bushman é professor de comunicação de massa da Universidade Estadual de Ohio e consultor em psicologia. Publicou vários trabalhos sobre as causas e consequências da agressão humana. Seu trabalho questionou a utilidade da catarse e relaciona-se também com os violentos efeitos do videogame sobre a agressão. Licenciado em psicologia pela Weber State College (agora Universidade Estadual de Weber) em 1984, Ph.D. na Universidade do Missouriem em 1989 e possui três mestrados em psicologia, estatística e pedagogia.
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domingo, 21 de janeiro de 2018

PSICOPATA OU SOCIOPATA?




Temos visto em vários artigos nos jornais e em postagens na internet, políticos serem tachados hora de psicopatas, hora de sociopatas. Mas, afinal, eles são psicopatas ou sociopatas?
Estes dois termos não estão bem definidos na literatura da psicologia, daí a confusão sobre eles.
Bem, todos nós já assistimos filmes ou séries de TV onde um cara mau faz coisas extremamente bizarras de uma forma incrivelmente bem calculada, ele pode planejar ataques, cometer fraude, roubar ou ferir pessoas com uma completa falta de preocupação com suas ações. Ao ver essas pessoas, tendemos a marcá-las imediatamente como psicopatas. Em outras ocasiões, as pessoas usam o termo sociopata em vez disso.
Mas, existe uma diferença entre os dois? E quais são essas diferenças?
Vamos tentar esclarecer... Existem algumas semelhanças gerais, bem como diferenças entre esses dois tipos de personalidades patológicas.
Olhem, não existe uma resposta consensual e você verá muitas opiniões conflitantes. Algumas pessoas acreditam que a pessoa nasce psicopata, enquanto os sociopatas são criados, produtos de infâncias difíceis e ambientes domésticos traumáticos. Outros dizem que a sociopatia é apenas o último degrau para a psicopatia. Não há consenso geral.
As características comuns de um psicopata e um sociopata residem em seu diagnóstico compartilhado - transtorno de personalidade antissocial. Alguém que apresente três ou mais dos seguintes traços é diagnosticado como portador de um transtorno de personalidade antissocial:
- Regularmente quebra ou viola a lei; - Constantemente mente e engana os outros; - É impulsivo e não planeja com antecedência; - É ser propenso à luta e à agressividade; - Tem pouca consideração pela segurança dos outros; - É irresponsável, pode não cumprir obrigações financeiras e legais; - Não sente remorso ou culpa.
Em ambos os casos, alguns sinais ou sintomas estão quase sempre presentes antes da adolescência, eles mostram que a pessoa está a caminho de se tornar um psicopata ou sociopata.

- Psicopatas.
Os psicopatas são portadores de uma psicopatia, um transtorno de personalidade encontrado entre os seres humanos. Ao contrário de muitas outras doenças, esta é um dos distúrbios mais difíceis de detectar em seres humanos, pois os pacientes parecem absolutamente normais no exterior, sem apresentar sintomas óbvios (como normalmente ocorrem em distúrbios biológicos) que possam ser detectados usando os equipamentos médicos tradicionais. Os psicopatas podem exibir comportamentos de manipulação, não demonstrar respeito pela segurança ou pelo bem-estar dos outros ao seu redor, serem extremamente voláteis e serem desprovidos de qualquer empatia ou consciência. Mas, os psicopatas geralmente podem ser vistos pelos outros como sendo charmosos e confiáveis, mantendo empregos estáveis ​​e normais. Podem ainda, ter família ou um relacionamento amoroso aparentemente normal com um parceiro.

- Sociopatas.  
Devido a muitas semelhanças em seus comportamentos, os sociopatas, ou seja, pessoas que sofrem de sociopatia (um termo informal referente a um padrão de atitudes antissociais) nem sempre são facilmente discerníveis dos psicopatas. Ainda assim, o termo "sócio" ligado à palavra sociopatia nos dá a ideia de que, ao contrário da psicopatia, a sociopatia tende a se desenvolver devido ao ambiente em que vivem os sociopatas. Eles geralmente têm um senso grandioso de si, exibem emoções rasas e comportamento impulsivo, e também pode ter uma persistente necessidade de estimulação. Os sociopatas, em geral, tendem a ser mais impulsivos e erráticos em seu comportamento do que seus homólogos psicopatas. Apesar de terem dificuldades em formar ligações a outros, alguns sociopatas podem formar um elo com um grupo ou pessoa de mentalidade semelhante. Ao contrário dos psicopatas, a maioria dos sociopatas não mantém empregos de longo prazo ou apresentam uma vida familiar normal.

- Natureza da desordem.
Os psicólogos acreditam que os psicopatas nascem com o transtorno, o que significa que eles têm uma predisposição genética para tendências psicopatas. A psicopatia pode estar relacionada a diferenças fisiológicas do cérebro, pesquisa médica mostra que os psicopatas tendem a ter cérebros que são estruturalmente diferentes do cérebro de pessoas normais. Mais especificamente, as áreas do cérebro responsáveis ​​pelo controle de impulsos e da regulação emocional podem estar subdesenvolvidas em psicopatas.
Na maioria dos casos, os sociopatas não nascem com qualquer transtorno. Em vez disso, eles se tornam o que são, devido a vários fatores ambientais, como sua educação, trauma infantil ou uma história de abuso emocional. Como resultado, eles tendem a ser mais impulsivos e menos calculados em suas decisões e ações.

- Consciência.
A consciência é uma aptidão, faculdade, intuição ou julgamento que ajuda a distinguir o certo do errado. É um sentimento interior ou uma voz considerada como um guia para a correção do comportamento. Ela faz parte integrante em todas as nossas ações, especialmente nos "erros". Em termos psicológicos, a consciência é muitas vezes descrita como o sentimento de remorso quando o ser humano comete ações que vão contra suas normas e valores.
De acordo com L. Michael Tompkins(1), os psicopatas não têm consciência. Em outras palavras, eles não vão se sentir mal, não sentirão nenhum escrúpulo moral, se eles mentirem sobre algo importante, roubar ou machucar alguém, embora eles possam fingir. Eles podem demonstrar exteriormente arrependimento, mas eles não vão realmente sentir isso, pois em geral esse arrependimento é apenas para sustentar indiretamente suas ações e iludir as pessoas (por exemplo, estou arrependido de ter acreditado nele...). Os psicopatas raramente sentem culpa em relação a qualquer um de seus comportamentos, não importa o quanto eles prejudiquem os outros.
Os sociopatas, por outro lado, têm uma consciência, embora seja fraca, que não poderá impedir que eles façam algo que pensam ser errado ou imoral. Em outras palavras, antes de cometer uma fraude, eles sabem que o que eles estão prestes a fazer é errado, mas isso não impedirá que eles realmente o façam.

- Empatia.
Outra característica da personalidade que dita a maioria de nossas ações é a empatia. Existem muitas definições de empatia que abrangem uma ampla gama de estados emocionais. A empatia é a capacidade de sentir as emoções de outras pessoas, é a capacidade de colocar-se na posição da outra pessoa, juntamente com a capacidade de imaginar o que alguém poderia estar pensando ou sentindo, experimentando-os para nós mesmos através do poder da imaginação.
Embora tanto os psicopatas quanto os sociopatas falhem em simpatizar, de acordo com Aaron R. Kipnis(2), os psicopatas não têm nenhum respeito pelos outros. Eles podem usar os outros para o seu próprio bem com total desrespeito ao bem-estar dos outros ou mesmo à sobrevivência.
Os psicopatas tendem a ser bastante bons em ocultar e manipular suas emoções, o que, em geral, dificulta a formação de vínculos emocionais reais com os outros. Em vez disso, eles formam relações artificiais e pouco profundas, projetadas para serem manipuladas da maneira que mais beneficie os psicopatas. Como resultado, eles parecem absolutamente normais, às vezes até charmosos ou confiáveis. Eles também podem ser bastante inteligentes (por exemplo, Hannibal Lecter).
Os sociopatas, por outro lado, têm dificuldade em se misturar e interagir com as pessoas, muitas vezes tornando-se meio ou totalmente “estranhos” em um grupo.
Tanto os sociopatas quanto os psicopatas têm um padrão generalizado de desrespeito pela segurança e pelos direitos dos outros. As pessoas são vistas como peões para serem usadas para encaminhar os seus objetivos. O engano e a manipulação são características centrais para ambos os tipos de personalidade.

- Mais perigoso?
Embora tanto os psicopatas como os sociopatas representem riscos e uma ameaça para os membros da sociedade em que vivem, porque muitas vezes tentam viver uma vida normal enquanto lidam com sua desordem. Os primeiros podem ser considerados mais perigosos, pois não têm consciência, nem experimentam quase nenhum sentimento de culpa associada às suas ações.
Mas, nem todos são perigosos! Ao contrário da crença popular, os psicopatas ou os sociopatas não são necessariamente violentos.
Há uma coisa incrivelmente importante que se deve ter em mente .... Só porque uma pessoa sofre de um transtorno de personalidade, não significa que ela seja perigosa para as pessoas ou a sociedade em geral. Deve entender-se que tais distúrbios estão fora do controle dos indivíduos, e que mesmo as pessoas normais podem mostram um comportamento sociopático em certas situações. As pessoas que sofrem de distúrbios de personalidade podem ter problemas para se adaptar ao modo de vida "convencional", mas isso não significa que desejem prejudicar os outros.

- Vida criminosa.
Quando um psicopata se envolve comportamentos criminosos, ele tende a fazê-lo de forma a minimizar o risco para si mesmo. Ele planejará cuidadosamente as atividades criminosas para garantir que não seja pego, tendo planos de contingência preparados para todas as contingências.
Quando um sociopata se envolve em comportamentos criminosos, ele pode fazê-lo de forma impulsiva e em grande parte não planejada, com pouca consideração pelos riscos ou consequências de suas ações. Ele pode ficar agitado e irritado facilmente, às vezes resultando em explosões violentas.
Ambos, os psicopatas e os sociopatas, são capazes de cometer crimes horríveis, mas os sociopatas são menos propensos a praticá-los contra aqueles com quem mantém um vínculo. Os psicopatas, por exemplo, são muito mais propensos a ter problemas com a lei, enquanto os sociopatas são muito mais propensos a ferir as regras da sociedade.

Psicopatia e sociopatia são diferentes títulos culturais aplicados ao diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial. Cerca de 3% da população pode ser diagnosticada como portadora de um transtorno de personalidade antissocial. Esse distúrbio é mais comum entre os homens, e é detectado principalmente em pessoas com problemas de abuso de álcool ou substâncias tóxicas, ou em indivíduos encarcerados. Os psicopatas tendem a ser mais manipuladores, podem ser vistos pelos outros como mais charmosos, levam a aparência de uma vida normal e minimizam o risco em atividades criminosas. Os sociopatas tendem a ser mais erráticos, propensos a raiva e incapazes de levar a maior parte de uma vida normal.
Afinal, quem tem razão? Você chegou a uma conclusão... Quem está certo, aqueles que afirmam serem os políticos, em geral, psicopatas ou os que dizem serem eles sociopatas? Você decide!
Eduardo G. Souza

(1)  O Dr. Tompkins é um psicólogo clínico, que atua principalmente no tratamento de pessoas sofrem de dor crônica, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), estresse e ansiedade.
O Dr. L. Michael Tompkins formou-se em psicologia com a vocação de ajudar as pessoas, trabalhando com encarcerados na Instituição Correcional Tehachapi, na Califórnia, na Prisão Estatal da Califórnia, em Folsom, e no Sacramento County Jail, bem como com os doentes mentais graves no Centro de Tratamento de Saúde Mental do Condado de Sacramento, ele descobriu que era eficaz e gostava de ajudar adultos que realmente queriam trabalhar os seus problemas.
O Dr. Tompkins não apenas escuta os problemas das pessoas, ele os ajuda a abordá-los, enfrentá-los e resolvê-los, se possível. O Dr. Tompkins vê a psicologia como um detetive, que procura investigar e resolver os problemas, descobrindo detalhes relevantes da vida da pessoa que estão causando a angústia.
Ele é especialista no tratamento de pessoas que sofrem de dor crônica, depressão, distúrbios de ansiedade, TEPT, abuso de substâncias, violência doméstica, sofrimento, dificuldades em relacionamentos e Transtornos de Personalidade do Eixo II. E também atua como consultor de gestão, no atendimento de homens e mulheres de negócios, que têm problemas complexos no local de trabalho e em outros aspectos da vida.
Por ser um veterano, ele trabalha voluntariamente no tratamento de adaptação de veteranos e na ajuda a policiais no difícil cumprimento de suas missões.
Amável e compassivo, mas rigoroso quando necessário, sempre usando o humor quando apropriado, o Dr. Tompkins geralmente é capaz de dissipar o nevoeiro e chegar aos problemas reais que perturbam uma pessoa, de forma rápida e competente.
(2)  Dr. Aaron R. Kipnis é um psicólogo clínico de Santa Monica, Califórnia. Ele trabalhou com pessoas - indivíduos e famílias – da faixa de 1% inferior da economia, são aqueles que vivem com um dólar por dia nas regiões mais pobres da Índia.
Desde 1997, é professor de psicologia em tempo integral do Pacifica Graduate Institute no condado de Santa Bárbara.
O Dr. Kipnis escreveu cinco livros: The Midas Complex: How Money Drives Us Crazy and What We Can Do About (O Complexo Midas: como o dinheiro nos deixa loucos e o que podemos fazer sobre isso); Knights Without Armor: A Guide to the Inner Lives of Men (Cavaleiros Sem Armadura: Um Guia para as Vidas Internas dos Homens); Angry Young Men: How Parents, Teachers, and Counselors Can Help Bad Boys Become Good Men (Homens jovens irritados: como os pais, os professores e os conselheiros podem ajudar os meninos maus a se tornar bons homens); Gender War Gender Peace (Gênero Guerra Sexo Paz); e What Women and Men Really Want: Creating Deeper Understanding and Love in Our Relationships (O que as mulheres e os homens realmente querem: criando uma compreensão e um amor mais profundos em nossos relacionamentos), muitos capítulos e partes de livros, produziu uma peça e um documentário premiado sobre a erradicação da pobreza na Índia e no Afeganistão. A partir do seu livro mais recente: O Complexo Midas: Como o dinheiro nos deixa loucos e o que podemos fazer sobre isso, ele periodicamente realiza oficinas - o Complexo de Midas - ao redor do país.
Ele foi perito em processos judiciais e consultor para muitas organizações educacionais, de saúde mental, corporativas e governamentais. Aaron é frequentemente consultado pelos meios de comunicação nacionais e como palestrante em conferências.

Bibliografia sugerida:
Bouchard, T.J., Jr., Lykken, D.T., McGue, M., Segal, N.L. and Tellegen, A. "Sources of human psychological differences: The Minnesota Study of Twins Reared Apart". Science. 1990.
Patrick, Christopher J, ed. “Handbook of Psychopathy”. Guilford Press. 2005.
Zuckerman, Marvin. “Psychobiology of personality”. Cambridge University Press. 1991.