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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

domingo, 13 de março de 2011

Estresse - porque as pessoas engordam.

Glândulas supra-renais x hormônios corticosteróides x síndrome de Cushing.


O estresse emocional produz a sobrecarga do sistema nervoso central, que produz respostas autonômicas, comportamentais e endócrinas. Sabe-se que situações de estresse recorrentes ou prolongadas podem resultar em vários estados patológicos, como por exemplo: hipertensão arterial, úlcera aftosa, nevralgia, úlcera gástrica, etc.


O Hipotálamo tem papel fundamental na coordenação das respostas fisiológicas ao estresse emocional. Estudos têm demonstrado que um núcleo específico do hipotálamo, o hipotálamo dorso medial (DMH), é um componente fundamental das vias centrais coordenadoras das respostas cardiovasculares ao estresse emocional.
O hipotálamo, constituído pela substância cinzenta, localizado na base do cérebro, um dos principais responsáveis pela homeostase corporal, produz o hormônio hipotalâmico liberador da corticotropina que estimula a glândula hipófise ou pituitária.


A glândula pituitária, uma glândula endócrina do tamanho de uma ervilha, também localizada na base do cérebro, por sua vez, produz o hormônio corticotropina, que estimula as glândulas supra-renais a produzem hormônios corticosteróides (hormônios semelhantes à cortisona).


As glândulas adrenais, também chamadas de glândulas supra-renais, são pequenas glândulas triangulares localizadas no alto de ambos os rins. As glândulas adrenais trabalham interativamente com o hipotálamo e a glândula hipófise de forma coordenada para harmonizar os sistemas endócrinos.


O Estresse pode fazer com que a hipófise produza grandes quantidades de corticotropina, o hormônio que controla as adrenais. A produção exagerada dos corticosteróides, pelas adrenais, acarreta a síndrome de Cushing. Como os corticosteróides alteram a quantidade e distribuição da gordura corpórea, um indivíduo com síndrome de Cushing normalmente apresenta uma face gorda e arredondada (moon face ou cara de lua). Ocorre um acúmulo excessivo de gordura no tórax, sobretudo nas costas (giba de búfalo). Os dedos das mãos, as mãos e os pés parecem finos em comparação com o tronco espessado. Os músculos perdem massa, acarretando fraqueza muscular. A pele torna-se fina, acarretando equimoses e dificuldade de cicatrização de contusões e feridas. Com o tempo, a alta concentração de corticosteróides acarreta aumento da pressão arterial, enfraquecimento dos ossos (osteoporose) e diminuição da resistência às infecções. Ocorre um aumento do risco de cálculos renais e de diabetes. O paciente pode apresentar distúrbios mentais, incluindo depressão e alucinações. Comumente, as mulheres com síndrome de Cushing apresentam irregularidade do ciclo menstrual. As crianças apresentam um crescimento lento e uma baixa estatura final.




Em alguns pacientes, as adrenais também produzem grandes quantidades de esteróides androgênicos, acarretando um aumento do crescimento de pêlos facial e corporal, calvície e um aumento do desejo sexual.

Eduardo G. Souza.

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