Liberdade.

Todos os textos publicados nesse blog são livres para serem copiados e reproduzidos.
Porque não existe outra pretensão em nossos escritos, que não seja expressar o nosso pensamento, nossa forma de ver e sentir o mundo, o Homem e a Vida.
Se você acreditar seja necessário e ético, favor indicar a origem e o Autor. Ficamos lhe devendo essa!
Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

sexta-feira, 4 de março de 2011

SOLIDARIEDADE NOS DESASTRES, UMA CARACTERÍSTICA HUMANA.

.

É um fato infeliz da vida. Incêndios, inundações, terremotos, etc., os efeitos imprevistos da natureza fazem as notícias todos os dias. A recente catástrofe na Região Serrana do Rio de Janeiro, no entanto, foi marcante, e tornou-se mais que uma dessas notícias e está fazendo história. No momento em que as águas começaram a descer as encostas das serras, ninguém poderia ter previsto a devastação recorde, que viria logo a seguir. Desta lição, tivemos que tentar compreender a enormidade do desastre e encontrar formas de ajudar as pessoas afetadas por ela.

A virtude em ação. Muitos de nós experimentamos um forte sentimento de compaixão, um sentimento de aflição, com o sofrimento das pessoas afetadas pela força das águas e prontamente queríamos ajudar. Compaixão, no entanto, é um gesto vazio se não leva à generosidade e à ação. Às vezes é fácil ignorar os problemas dos outros quanto estão distante da nossa comunidade ou quanto o desastre é muito grande para que façamos uma diferença. A tentação de subestimar a nossa capacidade de fazer a diferença, não deve ofuscar nossa responsabilidade, ou o dever, de ajudar os necessitados. Esse senso do dever de melhorar o nosso mundo é a essência da cidadania global, e nos inspira para ajudar os outros, onde quer que vivam.

O que poderíamos fazer desde o dia do desastre? Os grupos especializados de socorro e ajuda começaram a se mobilizar na prestação de assistência as vítimas. A Cruz Vermelha foi, entre os primeiros grupos, a que desempenhou um papel importante na ajuda aos desabrigados. Fornecer água portável, alimentos e abrigo temporário para as vítimas, foi fundamental para prevenir as doenças que podem matar mais que o próprio desastre. As Forças Armadas mobilizaram equipes de médicos de vários Estados para prestar cuidados médicos as vítimas e outros grupos doentes. Então no processo de expressão do verdadeiro senso de solidariedade com as vítimas, buscamos auxiliar na prestação da assistência que iria aliviar o sofrimento e evitar milhares morrer de fome e das doenças que poderiam advir da falta de assistência aos desabrigados. Contamos com alguns Irmãos e Lojas, do Rio de Janeiro e de outros Estados, com muitas pessoas ao redor do Palácio do Lavradio e adjacências que se preocuparam com a situação das vítimas. Estes grupos de ajuda privada forneceram água, comida, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e roupas. Mas o fundamental para a operacionalização do socorro foi, sem qualquer dúvida, um pequeno grupo de Irmãos, de Cunhadas da Fraternidade Feminina e dos nossos Sobrinhos DeMolay e Filhas de Jó. Sem o trabalho incansável desse grupo, no Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, Petrópolis, Teresópolis, Friburgo e Niterói, não poderíamos receber, separar, organizar, transportar e distribuir as doações.

A experiência serviu, para todos nós que participamos das ações, para pudéssemos desenvolver a compreensão do desastre, tanto em termos de sua magnitude, quanto do sofrimento individual, que ocorre em desastres naturais. Para que pudéssemos compreender e aplicar as virtudes da empatia, compaixão, generosidade e solidariedade na assistência aos necessitados. Para promover a consciência do trabalho em grupo na ajuda e na oportunidade da prestação de efetiva assistência aos necessitados. Gerar e desenvolver a consciência da cidadania global: - o que é, e o que implica ou não em aceitá-la.

A presença contínua, e as atividades individuais e coletivas, para prestar assistência aos que estavam sofrendo com a catástrofe serviram de uma oportunidade de aprendizagem para todos nós. Serviu para explorar nossa solidariedade com os outros que sofrem. Mostrou-nos que a solidariedade é um interesse comum e partilhado. Revelou que nós, como indivíduos, desenvolvemos um interesse comum, partilhado e compartilhado, em ajudar as pessoas quando necessitadas. Revelou nossa capacidade de assumirmos a identidade de um cidadão global.

Essa consciência levou a imaginar-nos na situação inversa. Se fossemos nós as vítimas de um grave desastre natural, como nos sentiríamos?

E finalmente, avaliando o desastre das chuvas, há uma reflexão que transferimos para todos os Maçons: - Os governos têm responsabilidade nos resultados da catástrofe? - Apreciando o desastre das águas, podemos acreditar que os Governos poderiam ter feito algo para impedir a trágica, a perda de vidas ou pelo menos diminuir isso? - Se assim for, por que não foi feito? - Que mudanças vão acontecer por causa dessa catástrofe?


Eduardo Gomes de Souza
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário