Liberdade.

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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não há idade para ser feliz.

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Há um objetivo na vida das pessoas mais marcante do que qualquer outro, e quando as pessoas alcançam esse objetivo, elas só se queixam e lamentam. Esse objetivo é viver uma vida longa. Mas como ser feliz na velhice?
Todo mundo quer ter uma vida longa, mas ninguém quer ser velho. Eu sei que há algumas incongruências e truísmos, mas essa é a mentalidade de muitas pessoas quando se trata de velhice.


Mas a velhice não precisa ser um momento de desespero. Pode ser um momento de grande alegria. Pode ser a hora da sabedoria, de aprofundar a percepção sobre o transitório e o duradouro, e do desapego.
Na velhice as coisas que lhe são queridas se tornam mais ricas de beleza, é à hora da busca da espiritualidade, das amizades, da família e, principalmente, do amor. Se uma vida longa é bem vivida, ela acumula uma alegria profunda. Ou seja, se você tem vivido bem, a parte final da vida é rica em experiência e realizações, e tal como uma garrafa de vinho, que é mais valorizada quanto mais velha, sua vida também será rica em valor.


Considere as palavras de Cícero em De Senectute Dialogus(1):
“A melhor armadura defensiva da velhice consiste no conhecimento e na prática das virtudes, que valiosamente cultivadas, após as variadas experiências de uma longa vida, são maravilhosamente férteis, não só porque nunca serão perdidas, nem mesmo no último momento, e também porque é um fator de primordial importância da felicidade, a consciência de uma vida bem vivida e uma memória rica em boas obras é a realização suprema.”
O velho não faz o que os jovens fazem, mas ele faz coisas maiores e melhores. As grandes coisas são realizadas, não pela força, agilidade ou flexibilidade do corpo, mas por um equilíbrio, uma experiência e uma opinião resoluta, de que a velhice não costuma ser destituída, mas, que por outro lado é comum possuí-las em abundância.


Aprendemos com nossos erros. A nossa vaidade diminui à medida que compreendemos o atrevimento de nossa juventude. Para aqueles de nós que aprendemos com as lições da vida, a ambição diminui à medida que envelhecemos. O valor de ter mais coisas é substituído pelo o valor de ter mais amor. Por quê? Pela compreensão de que você não pode levar as coisas com você quando você morrer. Só o amor. Aprendemos com as mudanças da vida a partir do exterior para o interior como o passar dos anos.
É verdade que há muitas pessoas que são infelizes na velhice, reclamam sem parar e para quem quiser ouvir. Portanto, não há garantia de que você sendo velho vai ser feliz. Mas as oportunidades abundam, se você estiver preparado.


Parece-me que as pessoas mais felizes na velhice são aquelas que nunca pararam de fazer o que amam. Eu acho que todos os sistemas do corpo físico conspiram para funcionar de uma forma saudável, desde que o corpo seja um veículo para a expressão da alma. Qualquer negativa desta fórmula é uma negação da vida. E com tal negação a alegria e a vida se esvaem.
Quanto a mim, estou aqui no mundo por causa da expressão da minha alma. E é a minha alma, no seu esplendor, que anima o meu corpo com sua energia. Se eu parasse de cultivar essa energia interior, então ela iria enfraquecer, e com ela a alegria e, finalmente, a própria vida.


Eu estou no meu entardecer agora. À medida que envelheço, se eu continuar com meus propósitos na vida, a alegria que eu sinto não vai desaparecer. Ela vai se desenvolver.
Mesmo com os contratempos, os problemas com a saúde, a perda de amigos queridos e familiares, eu vou em frente na vida, expressando quanto posso o que eu sinto. Pois a vida é para ser vivida intensamente, não deve ser abatida.
Enquanto eu sonhar e realizar, vou ser feliz. E ouso dizer, se eu continuar a viver como agora, serei tão feliz quanto quando eu era jovem.


(1) - DE SENECTUTE DIALOGUS. CATO MAIOR - O DIÁLOGO SOBRE A VELHICE ou, também chamado, CATÃO MAIOR foi escrito quando Cícero contava 62 anos, em 44 a.C.
- “Viventem enim in bis studiis, laboribusque non intelligitur quod senectus obrepat” (aquele que vive, continuamente, no meio de seus estudos e trabalhos não sente que a velhice o atinge).
- "Senescere se, multa in dies addiscentem", (Envelheço aprendendo todos os dias).
- “Ita sensim sine sensu aetas senescit, nec subito frangitur sed diuturnitate estinguitur". (Envelhece pouco a pouco, sem sobressaltos, sua vida não se interrompe de repente, mas se consome e extingue lentamente).

Um comentário:

  1. amei esessaitee la vai uma frase para voceis postarem.Triste época em que vivemos, na qual é mais fácil desintegrar um átomo do que quebrar um preconceito.

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