Liberdade.

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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Entendendo o Stress.


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A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas pessoas, o estresse é tão banal que se tornou um modo de vida. O estresse não é sempre ruim. Em pequenas doses, ele pode até ajudá-lo a trabalhar mais, produzir mais sob pressão e motivá-lo a fazer o seu melhor. Mas quando você está sempre produzindo sob pressão, em modo crítico, certamente o corpo e a mente vão pagar um preço.


Se você costuma estar sempre exausto e deprimido, é hora de tomar medidas para equilibrar o sistema nervoso. Você pode proteger-se aprendendo a reconhecer os sinais e sintomas do estresse e conhecendo as providências a tomar para reduzir seus efeitos nocivos.
O estresse é uma resposta física normal, aos eventos que fazem você se sentir ameaçado ou perturbarem o seu equilíbrio de alguma forma. Quando você perceber o perigo - seja real ou imaginário – as defesas do corpo reagem em alta velocidade e automaticamente, é um processo rápido conhecido como "estimulo - resposta", uma reação ou a resposta ao estresse.

A resposta ao estresse é uma maneira do corpo proteger-se. Se funcionar corretamente, essa reação vai ajudar a concentrar o foco, vai desencadear um processo energético e manter a pessoa alerta. Quando você percebe uma ameaça, o seu sistema nervoso reage liberando uma torrente de hormônios, incluindo adrenalina e cortisol. Esses hormônios despertam o corpo para uma reação de emergência. Seu coração bate mais rápido, músculos se contraem, a pressão arterial sobe, acelera a respiração, e seus sentidos tornam-se mais alerta. Estas mudanças físicas aumentam sua força e resistência, aceleram a velocidade do seu tempo de reação, e aumentam a sua concentração, preparando-o para lutar ou fugir do perigo iminente. Em situações de emergência, o estresse pode salvar sua vida, por exemplo, dando-lhe uma força extra para se defender ou estimulando você pisar no freio para evitar um acidente.


A resposta ao estresse também ajuda você a agir para enfrentar desafios. O estresse é o que mantém você alerta durante uma execução de um trabalho difícil, aguça a sua concentração, por exemplo, quando você está tentando ganhar um jogo ou o leva a estudar para um exame quando você preferia estar assistindo TV.
Mas, quando ele vai além de certo ponto, o estresse deixa de ser útil e começa a causar graves danos à saúde, ao humor, a produtividade, aos relacionamentos e a qualidade de vida da pessoa.


A permanência prolongada do estresse pode levar a problemas graves de saúde. O estresse crônico afeta o funcionamento de quase todos os sistemas de seu corpo. Ele pode elevar a pressão arterial, aumentando o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, suprimir o sistema imunológico, contribuir para a infertilidade, e acelerar o processo de envelhecimento. O estresse a longo prazo pode até alcançar o cérebro, deixando você mais vulnerável à ansiedade e à depressão.
O estresse pode causar danos generalizados ao organismo, por isso é importante conhecer o seu próprio limite. Mas o limite do estresse varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas convivem com a pressão constante, enquanto outras se desintegram ao menor obstáculo ou frustração. Algumas pessoas até parecem prosperar sob a emoção e o desafio de uma vida em alta tensão. A capacidade de tolerar o estresse depende de muitos fatores, incluindo a qualidade dos relacionamentos, da perspectiva geral sobre a vida, da inteligência emocional da pessoa e de fatores genéticos.


As situações e pressões que causam estresse são conhecidas como estressores. Normalmente pensamos que estressores são situações negativas, tais como uma agenda de trabalho muito cansativa ou uma relação conjugal complicada.
No entanto, tudo que coloca grandes exigências sobre seus ombros ou obriga a um ajuste complicado, pode ser estressante. Isso inclui eventos positivos, tais como casar, comprar uma casa, ir à faculdade ou receber uma promoção.


As causas do estresse dependem, pelo menos em parte, da percepção da pessoa. Algo que é estressante para uma pessoa, pode não ser para outra, alguns podem até mesmo se divertir com eventos que são estressantes para outros. Por exemplo, o trabalho iniciado pela manhã um pouco mais tarde pode fazê-lo ansioso e tenso, porque você se preocupará com o tráfego que vai enfrentar quando retornar à tarde. Outro, porém, pode considerar a viagem relaxante, porque permitirá que ele fique mais tempo ouvindo as músicas que ele gosta enquanto dirige.
O que é estressante para você, pode ser diferente do que é estressante para o seu melhor amigo, seu cônjuge ou a pessoa ao lado. Por exemplo: - algumas pessoas gostam de falar em público, outras ficam aterrorizadas; - algumas pessoas são mais produtivas sob a pressão de prazos, enquanto outras ficam desesperadamente tensas; - algumas pessoas estão prontas para ajudar a família e aos amigos nos momentos difíceis, outras ansiosas se desesperam sem saber o que fazer, como agir; - algumas pessoas se sentem confortáveis reclamando de um mau serviço prestado em um restaurante, outros acham que é tão difícil se queixar, que preferem sofrer em silêncio; - algumas pessoas podem sentir que as mudanças no trabalho representam uma boa oportunidade profissional, outras se preocupam tanto que são incapazes de lidar com as mudanças.


Fatores que podem influenciar o nível de tolerância ao estresse:
- Uma rede de apoio - Uma forte rede de apoio. O apoio de amigos e familiares é uma enorme ajuda contra o estresse cotidiano. Por outro lado, quanto mais solitária e isolada estiver à pessoa, maior a sua vulnerabilidade ao estresse.
- O senso de controle - Se a pessoa tem confiança em si mesma, em sua capacidade de influenciar os acontecimentos e de perseverar sobre os desafios, é mais fácil superar o estresse. As pessoas que tendem a sentir e permitir que as coisas estejam fora de seu controle, estão mais vulneráveis ao estresse.


- As atitudes e perspectivas - As pessoas que têm uma atitude otimista e um forte senso de humor tendem a enfrentar os desafios e aceitar melhor as mudanças que ocorrem em suas vidas. A crença em um poder superior também aumenta a tolerância ao estresse.


- A capacidade de lidar com as emoções – A pessoa está extremamente vulnerável ao estresse se não sabe como se acalmar e tranqüilizar-se quando está se sentindo triste, com raiva ou com medo. A capacidade de equilibrar as emoções ajuda a se recuperar nas adversidades.

- O conhecimento e a preparação - Quanto mais a pessoa sabe sobre uma situação estressante, incluindo o tempo que ela vai durar e o que pode esperar, mais fácil é de lidar com ela. Por exemplo, se você vai para uma cirurgia com uma visão realista do que esperar no pós-operatório, uma dolorosa recuperação será menos traumática do que se você estava esperando se recuperar rapidamente.

Como lidar com o estresse?


A Psicóloga Connie Lillas (PhD, diretora do Instituto Interdisciplinar de Formação, em Los Angeles, Califórnia) descrever as três formas mais comuns como as pessoas respondem quando são dominados pelo estresse:
- Pé no acelerador - Uma resposta ao estresse é a agitação ou a irritação. A pessoa fica hiperativa, tensa, muito emocional, e incapaz de sentar ou ficar parada algum tempo.
- Pé no freio - Uma resposta ao estresse é a depressão ou fuga. A pessoa fica desligada, fora do ar, e demonstra muito pouca energia ou emoção.
- Pé de ambos – A resposta ao estresse e a tensão é "Congelar". Sob pressão a pessoa não pode fazer nada. Ela parece paralisada, mas debaixo da superfície, da aparência, a pessoa está internamente extremamente agitada.


Eduardo G. Souza.
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