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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

sábado, 12 de março de 2011

Conviver com a morte


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As religiões e a morte


Um grande número de pessoas acredita que existe algum tipo de vida após a morte, ou uma "existência" após a morte. A maioria acredita que essa vida após a morte será de bem-aventurança e apenas um pequeno número está certa da existência do inferno. Normalmente as pessoas hesitam até em pronunciar esse nome e evitam qualquer coisa, que acreditam, estejam vinculadas ao inferno, são extremamente hediondas as figuras históricas que representam o inferno.


Muitos acreditam que os seus espíritos continuarão em vida após a morte em outros corpos físicos.


A Imortalidade Teológica (continuação da existência espiritual) é a crença mais comum da vida após a morte, entre as pessoas tradicionalmente religiosas. Esta crença nasceu para combater o medo da morte e da perda de controle da consciência após a morte.


Estudos realizados pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de S. Pedro e S. Paulo, da Igreja Luterana, mostram que os evangélicos e protestantes acreditam mais na vida após a morte do que os católicos e os judeus, eles foram mais céticos de sua existência. A Idade parece não ser um fator determinante da crença na vida após a morte, embora os estudos mostrem que, entre os religiosos, aqueles com idades entre 30 e 69 anos sejam mais propensos a acreditar em vida após a morte. Os dados demográficos informam, com precisão, como as variáveis gênero, educação e nível sócio-econômico, correlacionam-se com a crença na vida após a morte. As mulheres são mais propensas a aceitar a existência do céu e do inferno do que os homens, o que pode ser consequência do fato das mulheres tenderem a ser, geralmente, mais religiosas que os homens. Há uma dúvida mais marcante da vida após a morte, entre aqueles crentes que frequentaram ou frequentam uma faculdade, especialmente aqueles com quatro ou mais anos de estudos na faculdade. Os dados demográficos sócio-econômicos mostram níveis mais baixos de crença na vida depois da morte entre a classe alta, e níveis mais elevados nas classes trabalhadoras e inferiores.


Alguns pesquisadores acreditam que a crença na vida após a morte está correlacionada com a ansiedade da morte. Embora a maioria dos dados tenha demonstrado resultados inconclusivos sobre esse assunto, os estudos realizados pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de S. Pedro e S. Paulo, mostraram que os crentes, quando percebem a ameaça iminente da morte, aumentam sua fé na existência da vida após a morte. Desta mesma forma, podemos concluir que muitas pessoas podem alterar o seu comportamento com base na perspectiva da vida após a morte.


Outra forma de avaliar a crença na vida após a morte é a incidência de relatos de contatos com falecidos. A Pesquisa sobre o tema apontou que a porcentagem de pessoas que afirma ter tido contato com um ente querido recentemente, varia entre 40% a 90% dos entrevistados e essa variação corresponde às diferenças culturais e demográficas dos entrevistados.


Também é muito difícil separar "o pensamento obsessivo", da crença real de contato com a pessoa amada. Quase todas as viúvas relataram sentir a presença do marido falecido, e os estudos mostraram que 64% continuam a pensar em seus maridos, mesmo após mais de um ano da morte. Uma contradição presente nesses estudos mostra que enquanto 40% dos entrevistados afirmam ter tido contato com os mortos, mas apenas 24% acreditam que o contato seja mesmo possível. Além disso, a filiação religiosa parece não desempenhar um papel importante para saber se alguém acredita mais ou menos, na probabilidade de ter uma experiência de contato com os mortos.


Será que praticar uma religião reduzir o medo da morte e do morrer?
As Pesquisas sobre essa questão apresentaram vários problemas, tais como medidas confusas e a rigidez dos métodos experimentais, esses são alguns desafios do estudo empírico desta questão. No entanto, as pesquisas apontaram a grande probabilidade de que o compromisso religioso de fato desempenhe um papel de tranquilizante do medo da morte. Observadores religiosos e não religiosos constataram que aqueles que praticam uma religião tendem a ter menos ansiedade sobre a morte, e aqueles que não praticam uma religião têm mais medo da morte.


As Pesquisas mostram consistentemente que aqueles que estão ligados a uma religião são mais bem sucedidos no enfrentamento da morte que as pessoas não religiosas. O papel da religião no enfrentamento da morte de um ente querido, segundo alguns psicólogos afirmam, é que ela afeta positivamente a compreensão do indivíduo na racionalização da morte do ente querido, pois a religião trabalha para fortalecer os laços sociais em tempos de necessidade, o que por sua vez facilita o trabalho de enfrentamento da capacidade individual, outros acreditam que o sucesso vem da religião oferecer a promessa de uma vida futura, onde as pessoas poderão se reunir com os que perderam. A religião também pode oferecer um sentido à morte, sugerindo que ela está servindo a um propósito maior, ou mesmo porque ela é resultado de uma punição.


Falando em punição, me lembrei que ouvi um religioso afirmar, para consolar uma mãe, que seu filho morreu atropelado por castigo de Deus, pois a criança a havia desobedecido. 
 
Eduardo G. Souza.
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