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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

GÊNERO?

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A teoria de gênero é atualmente um debate contínuo de que o gênero deve ser definido por fatores biológicos ou sociais.
Os papéis de gênero podem basear-se ligeiramente em construções sociais como a cultura, mas os papéis de gênero estão enraizados em diferenças reais, mensuráveis e biológicas entre homens e mulheres. Não podemos logicamente negar que são a anatomia e as funções biológicas objetivas que determinam o gênero de uma pessoa, e não seu estado psicológico.
Os genes desempenham um papel importante na formação física, bem como se um indivíduo nasce macho ou fêmea. A maioria dos indivíduos tem dois cromossomos sexuais que são herdados de cada genitor. As fêmeas contêm o par XX e os machos o par XY.
A anatomia poderá até ser alterada por uma intervenção cirúrgica, mas os cromossomos, continuam determinando se o indivíduo é masculino ou feminino, não é possível alterar a identidade genética de gênero dos indivíduos.
É óbvio que mesmo os seres humanos sendo uma espécie dióica, os genes e os cromossomos às vezes contêm anomalias que podem levar a diferentes características físicas e podem gerar indivíduos anormais. Uma dessas síndromes é chamada síndrome de Turner, uma anomalia cromossômica em que o indivíduo perde parcial ou totalmente um cromossomo X. Chamam-se hermafroditas, os indivíduos que nascem com órgãos sexuais dos dois sexos e com ovário e testículos ao mesmo tempo, geralmente causado por um processo teratológico, ou seja, por uma má formação embrionária, já os chamados pseudo-hermafroditas, nascem com uma má formação anatômica, no caso masculino, o indivíduo tem cromossomos XY, mas apresenta má formação do pênis e características visuais de uma vagina, e no feminino, o indivíduo tem cromossomos XX, apresenta uma vagina, mas o clitóris se desenvolve tanto que é confundido com um pênis.
O problema dessa crença, que não são a anatomia e as funções biológicas que determinam o gênero, é que os indivíduos transgêneros acreditam legitimamente que seu sexo e gênero são incompatíveis. Contudo, se o sexo é separado da identidade de gênero, por que as pessoas transgêneros sentem que sua anatomia está desalinhada com sua identidade de gênero. Se a identidade de gênero não depende da anatomia, como o gênero e anatomia e funções biológicas podem estar desalinhadas?
O anseio de alguns indivíduos transgêneros para expressar sua identidade de gênero com a alteração cirúrgica dos órgãos sexuais sugere, mesmo em suas mentes, uma dependência do gênero à anatomia.
Os tratamentos hormonais e cirurgias podem mudar alguns aspectos anatômicos do indivíduo, mas haveria uma lacuna infalível entre o indivíduo e o objeto de seu desejo, esse indivíduo transgênero deseja viver como se fosse do outro sexo, ao invés de ser um indivíduo do outro sexo. No entanto, viver como, não é o mesmo que ser, o que significa que a identidade de gênero é conservada. Viver "como se" fosse do sexo oposto, parece entrar em conflito com a ideia de que o gênero do indivíduo é determinado pela autopercepção.
Embora os estados psicológicos dos indivíduos transgêneros sejam reais, em alguns de seus relatos parecem não apenas incomodados, mas totalmente ambíguos.
A homossexualidade e a teoria de gênero desempenham um papel significativo no debate entre a genética e socialização, principalmente devido ao fato delas serem consideradas por alguns como um fator inato e para outros um hábito adquirido, mas mesmo as descobertas significativas que foram feitas pela biologia e pela psicologia para as causas da homossexualidade, ainda não existe uma resposta definitiva para a questão. Afinal, o problema é se a homossexualidade é algo biológico ou socialmente aprendido.
Embora muitos defendam que o gênero é uma categoria psicológica, ainda existem fortes correntes que afirmam que os papéis de gênero associados à homossexualidade são biológicos e genéticos. Esses autores argumentam que, até agora, os genes não podem ser alterados, então, se o gênero for estabelecido pela socialização, como pode haver tantas correlações com a genética para que seja um comportamento aprendido. Mas alguma base biológica foi encontrada que indique quem se tornará um transgênero? Existe um marcador genético em indivíduos transgêneros? A resposta é não. Os pesquisadores buscaram evidências para provar que os transgêneros são diferentes biologicamente, mas não encontraram nenhuma.
Um estudo, publicado em 2009, buscou "evidências de que alterações genéticas de genes relacionados com hormônios sexuais gerem susceptibilidade de indivíduos de ambos os sexos ao transsexualismo", e não encontrou nenhuma.
Outro estudo, publicado em 2013, descobriu que "a desordem de gênero não parece estar associada a mutações moleculares de alguns dos principais genes envolvidos na diferenciação sexual".
Ainda outro estudo, publicado em 2014 analisou “certas áreas suspeitas do cérebro para uma associação com transsexualismo masculino” e não encontrou nenhuma
Não foi possível encontrar anormalidades genéticas me transgêneros, então, os transgêneros não nasceram assim. Eles são machos e fêmeas normais.
A teoria cognitiva da aprendizagem social afirma que a mídia e outras dinâmicas sociais populares influenciam os papéis de gênero e o desenvolvimento. No entanto, não encontramos qualquer comprovação decisiva desta teoria, porque não houve pesquisas significativas para mostrar que a aprendizagem desempenha um papel definitivo no desenvolvimento da orientação sexual ou de gênero.
O que os pesquisadores têm encontrado é que trinta por cento dos portadores de disforia de gênero têm um diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade, anteriormente chamado de distúrbio de personalidade múltipla. O transtorno dissociativo e a disforia de gênero parecem muito semelhantes, e os profissionais da saúde mental geralmente não podem distinguir entre os dois no indivíduo transgênero.
Finalmente, alguns peixes e répteis, tem sexo determinado pela temperatura na qual os ovos são incubados. Em lagostas e jacarés, altas temperaturas de incubação fazem com que todos os ovos produzam machos, enquanto as temperaturas baixas geram as fêmeas. O contrário é verdade para a maioria das tartarugas. Assim, uma tartaruga marinha pode gerar fêmeas se colocar seus ovos em um local da praia com pleno sol, mas todos serão machos se ela os colocar na sombra da vegetação nas dunas. Os ecologistas que resgatam ovos de tartaruga marinha de predadores e os incubam em laboratório rapidamente aprenderam que tinham que variar a temperatura de incubação para produzirem uma mistura de sexos.
O sexo de um animal nem sempre é fixado para toda a vida. Muitos peixes mudam de sexo. Alguns espécimes de peixes, como o peixe-palhaço, Amphiprioninae, todos nascem do gênero masculino, ao longo da vida, entretanto, os peixes-palhaço dominantes se transformam em fêmeas, processo conhecido como dicogamia, as fêmeas possuem um papel importantíssimo na manutenção da espécie, por isso costumam andar na companhia de vários machos. Quando elas morrem, o macho dominante se transforma e assume o papel de fêmea. Já os peixes da família Labridae, cujo nome vulgar é o bodião, se comportam ao contrário dos peixes-palhaços, um macho controla um harém de fêmeas, e as fêmeas têm uma hierarquia de dominância entre si, se o macho morre ou desaparece, a fêmea de mais alto nível muda para macho em alguns dias e assume o controle do harém, crescem seus órgãos sexuais masculinos e ela se torna mais agressiva, para garantir que é capaz de proteger o seu território e o seu cardume. A maioria dos peixes-papagaio, da família dos Scaridae, nascem fêmea, mas carregam os órgãos sexuais masculinos, e podem se tornar machos a qualquer altura da vida, não entendemos muito bem o motivo, alguns biólogos acham que é uma forma de equilibrar a distribuição de gênero da espécie.
Bem, mas nós do Reino Metazoa ou Animalia, Filo Cordados, Subfilo Craniados ou Vertebrados, Classe Mamíferos, Ordem Primatas, Família Hominídeos, Gênero Homo, Espécie Homo Sapiens, somos indivíduos de uma espécie dióica, nascemos macho ou fêmea, e não adianta se sentir ou querer ser do gênero oposto, pois temos que lembrar que nossas células possuem moléculas de DNA, ácido desoxirribonucleico, chamadas de cromossomos que representam o material genético hereditário, e os cromossomos sexuais são os responsáveis pela determinação do sexo, as fêmeas produzem óvulos que contêm 22 autossomos e um cromossomo sexual X, já os machos produzem espermatozoides de dois tipos, todos contendo 22 autossomos, porém, alguns possuem o cromossomo sexual X e outros tem o cromossomo sexual Y, assim, se um espermatozoide X fecundar o óvulo o resultado é XX, neste caso temos um indivíduo do gênero feminino mas, se o óvulo for fecundado por um espermatozoide Y teremos um indivíduo do gênero masculino.
Nós não somos peixes, crustáceos ou répteis. Então, quem nascer macho, vai morrer macho, e quem nascer fêmea, vai morrer fêmea. O resto é blá... blá... blá...
Eduardo G. Souza.
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