Liberdade.

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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

COMO ERA MEU PAÍS QUANDO EU ERA CRIANÇA...


Mesmo que muitos não admitissem abertamente, e mesmo que andássemos pegando emprestado muito dos modos americanos de pensar e agir, a maioria dos brasileiros estava muito apegada às suas famílias. Os mais novos iam visitar os familiares próximos, às vezes, diariamente, e, em muitos casos, os jovens cuidavam de seus idosos, complementando sua baixa renda.
Funcionava em ambos os sentidos, com muitos jovens recebendo apoio de suas famílias até a maioridade - quer vivendo em casa com os pais ou recebendo ajuda financeira.
Se os pais viviam no subúrbio e os jovens e as crianças na cidade, era comum a reunião familiar nos finais de semana na casa dos idosos. Era uma festa ir a casa dos Avós! Sempre havia uma surpresa ‘deliciosa’ para a sobremesa e aquele carinho, enroscadinho, nos braços da vovó, além do trocadinho que o vovô sempre dava para ajudar na merenda durante a semana.
O tempo com a família também era muito importante, e muitas vezes era gasto em conversas, jogos de tabuleiro ou cartas, todos juntos assistindo TV, visitando parentes ou participando de reuniões familiares, como aniversários, casamentos, etc.
De qualquer forma, era melhor não ficar no caminho de um brasileiro e sua família! Elogiar a família ou pelo menos perguntar sobre a família, os filhos, e você ganhava muito no relacionamento com um brasileiro, mesmo quando lidava com negócios.
Os presentes para os membros da família e o interesse pelos membros da família ia muito longe com os brasileiros. Para muitos europeus ocidentais e americanos, onde as relações familiares não eram necessariamente tão próximas, esse fato era uma surpresa no primeiro contato com o Brasil.
É, era assim para a maioria dos brasileiros.
Eduardo G. Souza.

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