Liberdade.

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Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

COMO ERA MEU PAÍS QUANDO EU ERA CRIANÇA E JOVEM...


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Os brasileiros geralmente não compartilhavam seu patriotismo com o mundo, nós nos preocupávamos muito mais com o Brasil ou quando o país participava de algum evento ou discussão na cena internacional – vibrávamos quando ganhávamos um prêmio esportivo ou artístico. Então, grande parte dos brasileiros expunham seu coração verde e amarelo.
Esse coração verde e amarelo que era cultivado desde a mais tenra idade, nos bancos escolares. Nos hinos pátrios eram impressos nas contracapas dos cadernos escolares. E cantávamos esses hinos, nos solenes momentos de elevação e arreamento da bandeira nacional, que em algumas escolas era diária e, em outras, no início e final da semana. Ostentar uma fita verde e amarela no uniforme significava ser um dos melhores alunos da turma e fazer parte do pelotão da bandeira era o desejo da maioria, bem, ser o porta-bandeira era o máximo que um aluno podia almejar.
Já no ginásio os alunos começavam a pensar em uma carreira profissional e almejar ser um profissional destacado e respeitado. Alcançar os bancos de uma Faculdade era o sonho de muitos, mesmo sabendo das dificuldades que teriam que enfrentar nessa caminhada.
Os professores acompanhavam os alunos até a porta da sala de aula, onde todos ingressavam em silêncio. No ginásio, que a troca de professores era permanente, geralmente, cumprimentávamos os professores ao adentrarem a sala de aula. Em minha época de aluno, duvido, mesmo na universidade, que um aluno adentrasse ou se ausentasse de sala de aula sem autorização do professor. Os professores eram tratados de Senhor e Senhora, na Universidade de Mestre(a) ou Doutor(a).
As datas cívicas eram devidamente comemoradas e os heróis nacionais cultuados com admiração e motivo de orgulho nacional. Era comum os professores determinarem que fossem realizadas e apresentadas pesquisas sobre os fatos e personagens de nossa história e também da história mundial. 
No resto do tempo, no entanto, os brasileiros oscilavam entre amar seu país no bem e no mal, e odiar aqueles que tentavam prejudicá-lo. Sim, odiávamos, até o ponto em querer expulsar ou matar aqueles que tentavam prejudicar a nação.
Naquela época, muitos desejavam ou decidiam deixar o país. E, mesmo quando isso acontecia, deixar o país para buscar uma vida melhor em outros lugares, os brasileiros, quase sempre, eram atraídos de volta e não apenas pela família que deixaram para trás, mais pelo seu país.
O fato mais surpreendente é que, apesar de criticarmos muito o nosso país - e não fazermos muito sobre as coisas que criticam – nós, os brasileiros, não suportávamos quando os estrangeiros o criticavam. "Eu posso criticá-lo, porque é meu país", era o padrão de pensamento de muitos brasileiros. Se um estrangeiro, criticasse o Brasil demais, ele iria aborrecer os brasileiros, mesmo que geralmente compartilhássemos da mesma opinião.
É, nós éramos patriotas, em sua maioria os brasileiros cultuavam nossa Pátria.
Eduardo G. Souza.  

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