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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

FASCISTA...


Quando confrontados, os esquerdopatas ignorantes, por falta de argumentos lógicos, costumam aos ‘berros’ acusar seus opositores de “FASCISTAS”! 
Mas, será que eles sabem o que é um Fascista? Mas o que significa ser um fascista, além de ser vítima do termo pejorativo muito usado pelos esquerdistas? Será que eles sabem o que é o Fascismo? O que exatamente é o Fascismo? Para muitas pessoas, os fascistas são figuras históricas como Benito Mussolini e Adolf Hitler dos governos da Itália e da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, bem como outros líderes, como o generalíssimo Francisco Franco Bahamonde, da Espanha, ou Juan Domingo Perón, da Argentina. 
O fascismo é uma ideologia complexa. Existem muitas definições de fascismo, alguns autores descrevem o fascismo como um tipo ou conjunto de ações políticas, uma filosofia política ou um movimento de massa. A maioria das definições concorda que o fascismo é autoritário e promove o nacionalismo a qualquer custo. 
Os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália, quando Mussolini cunhou o termo "fascismo" em 1919, durante a Primeira Guerra Mundial, e se espalharam para outros países europeus, onde floresceram até o final da Segunda Guerra Mundial. 
A palavra fascismo tem origem na palavra italiana “fascio”, que significa "feixe", pacote ou grupo. O feixe de lenha amarrado foi um símbolo muito usado na Roma Antiga, simbolizava a força na união, segundo a metáfora de que um galho sozinho pode ser quebrado, porém unidos tornam-se muito resistentes. Benito Mussolini resgatou essa simbologia, que significa, a união e a força, que é considerada a base de uma fraternidade militante. O símbolo fascista consistia em uma machadinha envolta por um feixe de varas. O feixe de varas representava o povo italiano e a machadinha era uma alusão ao poder do "Duce", ou seja, Benito Mussolini. O uso desse símbolo pelos fascistas também mostra como o resgate de um "passado glorioso" estava na agenda do “Partito Nazionale Fascista”, que se tornou o símbolo do movimento fascista. 
O fascismo é comumente associado aos regimes italiano e alemão nazista, que chegaram ao poder após a Primeira Guerra Mundial, embora vários outros países tenham experimentado regimes fascistas ou elementos deles. Adolf Hitler na Alemanha, Benito Mussolini na Itália, Francisco Franco na Espanha e Juan Perón na Argentina foram conhecidos líderes fascistas do século XX. 
Em regras gerais, os governos fascistas são dominados por um ditador, que geralmente possui uma personalidade carismática, usa um uniforme vistoso e reúne seus seguidores em desfiles cívicos e militares, apela ao nacionalismo extremo, e promove suspeitas e ódio contra estrangeiros e pessoas "marcadas" dentro da própria nação, como os judeus na Alemanha. Nos Estados Unidos a Ku Klux Klan, uma organização de supremacia branca fundada no final da Guerra Civil, apresenta algumas características fascistas. O filosofo James Patrick Griffin afirmou: "Por sua natureza, o fascismo é racista, já que todos os ultranacionalistas são racistas na celebração das supostas virtudes e grandeza de uma nação ou cultura organicamente concebida". Do mesmo modo, o fascismo opõe-se à "visão liberal da sociedade multicultural, multireligiosa e multirracial". 
Embora tanto o comunismo como o fascismo sejam formas de totalitarismo, o fascismo não exige a estatização das propriedades e dos meios de produção, tão pouco o fascismo está comprometido com a conquista da igualdade social e econômica. Em teoria, o comunismo opõe-se ao governo de um único líder carismático, o que na prática mostrou-se não acontecer, já o "culto de uma personalidade" é a pedra angular do fascismo. Enquanto os comunistas são considerados de esquerda, os fascistas são descritos tanto de esquerda como de direita. 
Na verdade, as características do Fascismo de Mussolini não são exatamente as mesmas do Fascismo de Hitler, que não são as mesmas do Fascismo de Francisco Franco, na Espanha, nem as dos movimentos neofascistas, pós-Segunda Guerra Mundial, caracterizados, por exemplo, pelos grupos como os Skinheads e os Neonazistas. O fascismo sempre assume as características culturais do país em que se encontra, levando a regimes muito diferentes. 
Em 1944, quando grande parte do mundo ainda era influenciada por regimes fascistas, George Orwell escreveu em seu ensaio "O que é o fascismo?", que o fascismo é extremamente difícil de definir, porque a maior parte dos regimes fascistas diferem enormemente em muitos aspectos. "Não é fácil, por exemplo, caber a Alemanha e o Japão no mesmo quadro, e é ainda mais difícil com alguns pequenos estados que são descritos como fascistas", escreveu Orwell. 
Mas, mesmo parecendo se aplicar a tantos pontos de vista sociais e políticos diferentes, e sendo difícil de definir absolutamente o fascismo, podemos definir alguns princípios básicos que podem identificar um movimento fascista, são eles: 
- O Poder absoluto do Estado - o Estado fascista é uma entidade gloriosa e viva que é mais importante que qualquer indivíduo. Todos os indivíduos são parte do Estado, mas o Estado é maior do que a soma de suas partes. Os interesses nacionais substituem todas as outras necessidades da sociedade. Todos os indivíduos devem deixar de lado suas próprias necessidades e dedicar-se às necessidades do Estado. Os fascistas acreditam que a democracia liberal é obsoleta e eles consideram a mobilização completa da sociedade sob um Estado totalitário, de um único partido, como necessário para o crescimento da Nação. O Estado é mais importante do que manter os direitos individuais ou universais. Não há lei ou outro poder que possa limitar a autoridade do Estado. Na visão fascista o Estado é a única entidade orgânica que liga as pessoas pela sua etnia e é uma força unificadora natural das pessoas. 
Mesmo considerando o Estado superior a qualquer coisa, Mussolini afirmou: “Ao contrário do regime comunista, onde o Estado decide tudo sozinho e priva o indivíduo de toda liberdade, o Estado fascista organiza a nação, mas deixa uma margem de liberdade suficiente para o indivíduo decidir algumas questões.” 
- Sobrevivência dos mais aptos - um estado fascista é tão glorioso e poderoso quanto a capacidade de travar guerras e vencê-las. O Estado Fascista glorifica a força militar através da propaganda. O fascismo rejeita as afirmações de que a violência é negativa por natureza e vê a violência política, a guerra e o imperialismo como meios para alcançar o poder absoluto do Estado. A paz é vista como fraqueza, e a violência como força. A força é a melhor opção e garante a sobrevivência do Estado. 
Mussolini na a Enciclopédia italiana em 1932, escreveu: “O fascismo, não acredita nem na possibilidade, nem na utilidade da paz perpétua. E, portanto, repudia a doutrina do pacifismo - nascida de uma renúncia à luta e de um ato de covardia diante do sacrifício. A guerra traz na sua maior tensão toda a energia humana e coloca o selo de nobreza sobre os povos que têm coragem para encontrá-la. Todos os outros ensaios são substitutos, e nunca colocam os homens na posição em que devem tomar a grande decisão - a alternativa da vida ou da morte...” 
- Ordem social restrita - as classes sociais são estritamente mantidas para evitar a "luta de classes" ou qualquer possibilidade de caos social. Ao contrário do marxismo, o fascismo não considerava o conflito de classe entre o proletariado e a burguesia definido por Marx, em vez disso, considerava os trabalhadores e os capitalistas como pessoas produtivas que estavam em conflito com elementos parasitários da sociedade, incluindo: partidos políticos corruptos, capital financeiro corrupto e pessoas improdutivas ou indigentes. A desordem social é uma ameaça para o Estado. A ordem social é garantida através do Estado mediando as relações entre as classes, ao contrário do que acontece nos estados capitalistas liberais clássicos, onde existe a livre negociação. O poder absoluto e a grandeza do Estado dependem da manutenção de um sistema de classe em que cada indivíduo tenha um lugar específico, e esse lugar não possa ser alterado. 
- Liderança autoritária - manter o poder e a grandeza do Estado requer um único líder carismático com autoridade absoluta. O líder assume o status de guia do povo, o papel de pai da nação. Tal Estado, liderado por um líder forte, um ditador, e um governo marcial, é fundamental para forjar a unidade nacional e manter uma sociedade estável e ordenada. Este todo-poderoso e heroico líder mantém a unidade e a submissão inquestionável exigida pelo Estado Fascista. O líder autoritário é muitas vezes visto como um símbolo do Estado. 
Algumas pessoas usam o termo "fascistas" para descrever qualquer pessoa ou governo autoritário. Mas, como podemos ver, o autoritarismo é apenas uma parte da filosofia fascista. O comunismo sob Stalin também era uma filosofia política autoritária. O Fascismo como o comunismo sufoca de imediato, e muitas vezes de forma violenta, quaisquer oposições ou pontos de vista opostos. O domínio étnico de seu próprio povo e o menor status de pessoas estrangeiras são também pontos comuns entre eles. Mas, o fascismo é diretamente oposto ao comunismo quando se trata da visão econômica. Um estado fascista, em geral, desenvolve uma economia privada, desde que se submeta à regulamentação governamental. 
Ao contrário da maioria das outras filosofias políticas, sociais ou éticas, como o comunismo, o capitalismo, o conservadorismo, o liberalismo ou o socialismo, o Fascismo não tem características filosóficas bem definidas. Na falta de uma caracterização absoluta do Fascismo, o termo "fascista" tem sido usado, por pessoas ignorantes, como um ‘insulto’, assim o seu significado se diluiu e a natureza da palavra se perdeu. O uso constante do termo no discurso político como uma forma pejorativa, faz um desserviço à ciência política. 
Parece que todos são fascistas nos dias de hoje. Não importa quem, não importa o porquê, todos são fascistas! Basta você discordar de um autoproclamado perito de esquerda em ciências política ou de um ignorante ativista político, se você não concordar com eles será condignamente digno do título. Eu pessoalmente já fui chamado de fascista inúmeras vezes, por ter posições políticas opostas à da pessoa que me acusou. Certamente quando você for levado a uma discussão com alguém que não possui conhecimento sobre o assunto e argumentos lógicos válidos, ele lançará mão da palavra "fascismo", quando quiser ganhar de qualquer forma a discussão. 
Após a Segunda Guerra Mundial, o fascismo em grande parte ficou fora de moda na Europa e na América do Norte. Tornou-se um ‘insulto político’, resultado do uso excessivo e o seu significado foi reduzido. No entanto, tem havido crescentes movimentos fascistas ou pro-fascistas na Europa e na América do Norte durante as últimas décadas, à medida que o comunismo declinou após 1989, e o crescimento do terrorismo tornou-se uma realidade presente na Europa, favorecendo o nacionalismo exacerbado. 
O fascismo não é apenas uma combinação de políticas reacionárias. É uma mudança qualitativa de como a sociedade é governada. O fascismo fomenta e baseia-se no nacionalismo xenófobo, no racismo, na misoginia e na instituição agressiva de valores tradicionalmente opressivos. O crucial é entender que, uma vez no poder, o fascismo elimina essencialmente os direitos democráticos tradicionais. Fundamentalmente, o fascismo é a prática do autoritarismo, do nacionalismo, do militarismo e da supremacia racial. 
Os traços finais do fascismo são uma grande propaganda, uma rejeição da globalização e efetivação da burocracia, uma mistura de filosofias e de ideias da esquerda e da direita, para formar a sua ideologia, seu objetivo é ter um grupo de pessoas superiores, comandadas por um Líder Absoluto, que dominam o Estado e purificar a sociedade eliminando os seres humanos inferiores e improdutivos. 
Eduardo G. Souza. .

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