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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

segunda-feira, 15 de março de 2010

VIVER EM GRUPO


Uma das maiores dificuldades do Ser Humano é Viver em Grupo. Submeter suas vontades e colocar acima de sua individualidade as necessidades da Comunidade.


A Sociedade é individualista e competitiva, desde pequenos somos treinados para a competição, a própria vida é uma competição. Por isso temos uma dificuldade muito grande em vencer o egoísmo, a vaidade e a individualidade, e viver o espírito de grupo.

As religiões, em geral, apresentam compensações divinas e graças que serão alcançadas além da vida terrestre, pela prática do compartilhamento de bens e valores com os necessitados. Existe ainda a ostentação social da generosidade vaidosa, interessada e jactanciosa, que é fruto do jogo político, das relações de poder ou de consciências culpadas.

Os valores apregoados pela Filosofia e a Sociologia, não estão associados a essa vida após a morte ou a um jogo de poder e domínio dos necessitados, nem tal pouco a expiação de consciências sobrecarregadas pelo peso da desigualdade social ou pelo acúmulo de riquezas amealhadas de forma ilícita.

O ideário sociológico apresenta o “espírito de corpo” como uma necessidade real e não somente ideal das sociedades humanas, para os Sociólogos essa necessidade do espírito de grupo é valorizado como algo necessário a própria sobrevivência da raça Humana.

Outra lição sempre ensinada pela Filosofia é a valorização do outro. Numa sociedade individualista e injusta, em que os indivíduos são excluídos sem qualquer análise de suas qualidades, potencialidades ou essências, julgados por fatores efêmeros tais como: raça, credo, escolaridade, posição social, etc., os Homens são levados a compreensão da igualdade e da solidariedade como forma correta de comportamento social. E conscientizados de que todos são iguais e Irmãos, filhos da Terra e elevados pelo “sopro divino”.

Vivemos uma época em que essa valorização do espírito de grupo é subjugada aos orgulhos, as vaidades e ao medo. E esse medo é fruto da insegurança, criada pela exclusão de uma parte significativa do grupo social, através do expurgo material e cultural. Hoje parte da comunidade é vítima do pânico social, que aterroriza o indivíduo e o segrega da vida social.


O trabalho da Sociologia é difícil, nossa tarefa é árdua, essa valorização do grupo, para os Homens, deve ir além da visão religiosa ou de marketing pessoal, ela deve ser fruto da transformação da consciência individual. Somente a transformação da personalidade do indivíduo, poderá desenvolver um processo de crescimento pessoal através da força coletiva, que será capaz de transformar o mundo, emergindo uma nova realidade social que leva o sentido de comunidade a transcender ao individualismo, extraindo o verdadeiro sentido do espírito de grupo: “a Solidariedade Humana”.


O verdadeiro Ser Social é capaz de sublimar seu orgulho e sua vaidade aos interesses maiores do grupo social no qual está inserido.

Eduardo Gomes de Souza

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