- Explicação Histórica
De acordo com a teoria científica da evolução, proposta por
Charles Darwin, toda a vida evoluiu de um ancestral comum durante milênios,
assim o homem em sua infância era uma criatura muito primitiva e ignorante. O
Homem, sozinho num mundo que parecia ser muito caótico e assustador, procurava
explicações sobre porque as coisas aconteciam e procurava maneiras de tornar o
mundo mais seguro.
Sendo ignorante cientificamente, o homem inventou os Deuses.
Os Deuses eram vistos como Coisas ou Seres todos Poderosos, Coisas ou Seres que
controlavam o mundo do homem. Buscando conforto e segurança (desejos humanos
naturais), o homem atribuiu aos Deuses o poder de intervir nos assuntos do
mundo, e por vários meios de súplica e oferendas, os Deuses poderiam ser
subornados para beneficiar o homem, e atender aos propósitos e as necessidades
do homem. Essa suplica era feita de várias maneiras, tais como, orações,
sacrifícios, oferendas, xamanismos, ritualísticas, etc.
Os cientistas materialistas esperavam que, quando a ignorância
e a aparente aleatoriedade dos eventos no mundo pudessem ser explicadas,
preditas e controladas pela Ciência, a crença em Deus como uma entidade
pararia, porque não haveria mais necessidade da intervenção divina na vida do
homem. A ciência cuidaria do homem, e Deus, como disse Nietzsche, estaria
morto. Isso claramente não aconteceu.
- Explicação Psicológica
Deus é considerado pelos psicólogos materialistas como uma
ilusão que é imaginada por indivíduos emocionalmente imaturos. Deus é concebido
para ser uma figura Paterna, Materna ou até mesmo de um Amigo Imaginário, que
pode confortar e proteger o indivíduo supostamente imaturo, que é analisado
como uma pessoa que não progrediu mentalmente além da infância. Ou seja, um
indivíduo que não conseguiu amadurecer psicologicamente em plena idade adulta.
Não conseguindo assumir toda a responsabilidade por si mesmo, ele precisa
confiar em delírios, buscando conforto e proteção em um Ser que não existe.
- Explicação Teológica
São Tomás (Summa Theologica I: 2: 3, Cont. Gent., I, xiii) e
depois dele muitos escritores escolásticos avançam os cinco argumentos
seguintes para provar a existência de Deus:
O movimento, ou seja, a passagem da disposição para o agir,
como ocorre no universo, implica um primeiro Motor imóvel (primum movens
immobile), que é Deus. Senão devemos estabelecer uma série infinita de motores,
o que é inconcebível. Pela mesma razão, os sistemas eficientes, que vemos
operando neste mundo, implicam na existência de uma Causa Primeira que não é causada,
isto é, que possui em si a razão suficiente para sua existência; E este é Deus.
O fato de que os seres contingentes existem, isto é, seres cuja não existência
é reconhecida como possível, implica a existência de um ser necessário, que é
Deus.
A ordem perfeitamente dispostas que mantêm existindo o
universo, só pode ser entendida pela comparação com um padrão absoluto que é
também real, isto é, um Ser infinitamente perfeito como Deus. A maravilhosa
beleza que o universo exibe, evidencia a existência de um design inteligente,
um Designer Supra Humano, que não é outro senão o próprio Deus.
A esses muitos teístas acrescentam outros dois argumentos: O
consenso comum da humanidade (geralmente descrito pelos escritores católicos
como o argumento consensual), O testemunho, registrado nas escrituras, da
existência de uma suprema lei moral, e, portanto, à existência de um Legislador
Supremo (isto pode ser chamado de argumento moral).
Eduardo G. Souza.
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