O Universo é regido por Leis Naturais, essas leis foram
instituídas por uma Inteligência Superior, um Grande Arquiteto, que chamamos
comumente de Deus. O equilíbrio vem da dualidade de forças em oposição,
escuridão e luz, frio e calor, forças centrifuga e centrípeta, etc., então
podemos inferir que em relação ao comportamento humano, existe o ‘bem’ e o
‘mal’, mas, por outro lado devemos entender que todos os opostos são naturais
para manter o equilíbrio, e são todos iguais para Deus, pois são os contrastes,
são as forças em oposição, que mantém o mundo e o universo em movimento.
Deus não fica feliz quando alguém faz o ‘bem’, nem triste
quando algum ‘mal’ é feito por outra.
As pessoas tendem a acreditar que estão fazendo algo por
Deus fazendo o ‘bem’, como se o Eterno lucrasse de alguma forma, ou que isso
lhe desse algum prazer.
Qualquer que seja a diferença entre os opostos, e há em
muitos níveis, todos têm o seu valor, luz e escuridão, calor e frio, etc., tem
o mesmo significado e valor para Deus. Já o ‘bem’ e o ‘mal’, são valores
humanos, nem sempre o ‘bem’ foi ou é, considerado positivo, como também o
‘mal’, no tempo e no espaço, foi ou é, negativo, aqui se aplica bem a teoria da
‘relatividade’ de Albert Einstein, tudo depende do referencial, ou seja, os
valores de um comportamento ou ação podem receber uma categorização de ‘bem’ ou
‘mal’, de acordo com a sociedade e o período histórico em que estiverem
inseridos, portanto, os conceitos de ‘bem’ e ‘mal’ são relativos e determinados
pelo homem.
Não é uma questão de importância do conceito de ‘bem ou
mal’, mas sim de extensões diferentes. Os contrastes naturais são universais,
as Leis Naturais que regem as coisas ou forças contrastantes, são válidas em
nosso planeta, em nosso sistema, em nossa galáxia e em qualquer canto do
universo, no entanto, o valor dos conceitos de ‘bem’ e ‘mal’, não alcança
coincidência nem mesmo em nosso planeta.
Deus não pertence a nada cognoscível, nem pode ser concebido
existindo em termos do reino ordinário das coisas.
Quando uma pessoa executa uma ação, boa ou má, isso só pode
ser feito sem a cooperação do Eterno, da força Divina nele ou da ação das leis
da natureza. Pois essa ação é essencialmente humana. Fazer o ‘bem’, para o Ser
esclarecido traz a sensação de ‘bem estar’ e felicidade, já fazer o ‘mal’, traz
um ‘mal estar’ e remorso. Sentimentos puramente humanos.
Alguém agride verbalmente outro, digamos. Isso acontece
dentro da estrutura de um cosmos mantido pelo poder Divino em todos os seus
detalhes. Mas, todas as leis naturais continuam a operar, não são afetadas pela
quebra de uma lei humana.
Não importa quão sinceramente alguém se esforce para se
rebelar contra o Eterno, Deus continua a dar vida e não é ofendido em nada.
Quando a ação humana agride a natureza, certamente pode
haver reações a tal ação, por quebrar as leis da vida e do mundo, mas, isso é
uma resposta da própria natureza.
Além do mais, uma pessoa pode prosperar mesmo cometendo más
ações, de modo que, ao que parece, existe uma indiferença divina as implicações
morais das ações humanas. No entanto, as escrituras das diversas religiões
falam da ira de Deus ou do fato dele ter se alegrado por algo que aconteceu no
mundo dos homens. Então ficamos em dúvida da seletividade dessas ‘Ira’ e
‘Alegria’ Divina, em relação as ações Humanas, pois as escrituras contam
castigos terríveis perpetrados contra “pecadores”, que de acordo com nossos
valores humanos, cometerem erros bem menos graves que outros “pecadores”.
Nessa linha de raciocínio essa pessoa é muito azarada, pois
o “pecado” dela suscitou a ‘ira’ e o ‘ódio’ de Deus, e outros pecadores mais
violentos não foram castigados. Os “livros sagrados” tentam corrigir isso
afirmando que ele foi punido porque “Deus gosta dele”... Caramba que senso de
justiça divina! Este é o tipo de declaração que sugere mais do que afirma.
O que podemos, definitivamente, inferir como resultado das
circunstâncias aventadas, é que determinadas pessoas são ‘odiadas’ por Deus!
Isso é dedutível do valor dos conceitos, só existe uma contraposição ao ‘amor’,
o ‘ódio’, significa da mesma maneira, em uma imagem antropomórfica, dizer, por
exemplo, que a natureza também pode ‘amar’ e ‘odiar’. Nós humanos, podemos
simplesmente dizer: ‘eu não gosto de alguém’! Mas, em nenhuma hipótese, podemos
transmitir esse sentimento ao Eterno.
A natureza, ou Deus, não ama nem odeia ninguém.
Quando eu digo que Deus gosta ou não gosta de uma pessoa, eu
realmente estou descrevendo a maneira como Deus se relacionaria com as coisas
do mundo. A imagem antropomórfica, no entanto, carece de lógica emocional e
racional.
Quando Deus é descrito na bíblia como estando furioso com um
fiel e vinculando aos céus sua ira, porque esse fiel “caiu na idolatria”, penso
porque essa mesma agressividade poderosa não alcança um dos falsos profetas ou
ministros das escrituras que exploram os pobres ignorantes ou incautos em seu
nome?
Sinto-me deprimido quando alguém afirma que, por causa das
limitações da alma humana e da ignorância humana, os textos das Escrituras, das
diversas religiões, têm de usar imagens antropomórficas. Portanto, as
distorções surgem quando alguns homens se auto proclamam interpretes desses
livros, afirmando sermos todos ignorantes e ele um ser especial iluminado pelo
divino, No entanto, a história passada e presente, tem nos mostrado o quanto
esses seres especiais são susceptíveis dos erros, que eles mesmos chamam de
“pecados”, além de interpretarem as mensagens desses livros, chamados
“sagrados”, mas, escritos pelos próprios homens, buscando atender seus
interesses particulares, financeiros ou de poder, e levam sociedades a
desgraças, violências e até a ‘guerras santas’.
O homem moderno e/ou sábio não consegue aceitar sem discutir
esses dogmas e regras comportamentais impingidos em nome de Deus, ele busca
respostas sem influência emocional ou de uma fé ortodoxa. Ele usa o maior dom
que o Supremo Arquiteto concedeu ao Homem, a ‘Razão’, para encontrar o seu
Criador.
Deus não AMA, nem ODEIA, esses são sentimentos emocionais
humanos!
Eduardo G. Souza.
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