Os programas policiais e os noticiários das emissoras de TV,
e os jornais noticiam diariamente confrontos armados entre marginais em
determinadas áreas das cidades. Os apresentadores, usando entrevistas com
moradores das áreas, clamam com veemência por uma participação maior da policia
na segurança desses locais, acusando os governos de serem omissos na garantia
da segurança nessas áreas.
Em primeiro lugar é necessária uma reflexão sobre o
comportamento desses moradores nesses eventos. O que temos visto em geral,
quando a policia intervêm e confronta os marginais, são esses mesmos moradores
acusarem os policiais de usarem força excessiva e de entrarem na ‘comunidade’
atirando. Só que eles esquecem ou querem esquecer que esses marginais, que
estavam trocando tiros, e colocando em risco esses moradores, estão fortemente
armados e atirando sem qualquer cuidado ou selecionando seus alvos. Como então
os policiais poderão entrar nessas áreas sem trocar tiros com esses marginais?
Há muitos anos que a simples presença de um policial não
inibe as ações criminosas de marginais!
E quando a ação da polícia abate um desses marginais, esses
mesmos moradores, por livre ou imposta decisão, vão para as imediações colocar fogo
em ônibus, interditar vias e usar outras formas de protesto, acusando os
policiais de terem matado um trabalhador, que, em geral, está desempregado,
nunca trabalhou e tem uma extensa folha penal.
E o pior, quando um real morador é vítima desse confronto,
sempre foi um policial o culpado, pois marginal não paga indenização, mas, do
Estado acionado por rábulas, que sempre aparecem nessas situações, especialistas
em arrancar indenizações do Estado acusando os policiais, é mais fácil de
conseguir algum dinheiro. Não importa a verdade, o que importa é tirar algum
proveito da situação. Mesmo que todas as evidências apontem que os policiais
não foram culpados, as acusações acontecerão e os tumultos com queima de
ônibus, obstruções de vias públicas e confrontos com a ‘tropa de choque’ vão
acontecer.
E porque a policia não consegue manter a segurança pública?
Falta de efetivo... Pode ser um dos fatores. Falta de recursos... Pode ser
outro fator. Falta de equipamentos adequados... Certamente, pois os marginais
possuem armas muito mais potentes e sofisticas que as dos policiais, mas esse é
apenas mais um dos fatores. A causa mais relevante e a questão legal! Os
policiais estão a cada dia apenas ‘enxugando gelo’!
Nossa legislação penal é totalmente inadequada, apresenta
buracos e mais brechas que facilitam a chicane e a libertação dos marginais. Em
1988, a ‘Constituição Cidadã’ garantiu que a justiça fosse a mais favorável
possível àqueles que poderiam ser vítimas de qualquer injustiça, ela defende os
direitos individuais procurando dar todas as garantias ao cidadão. Mas,
enquanto procurou preservar direitos, postergou nos deveres, e criou mecanismos
jurídicos de proteção tais, que hoje é muito difícil manter um criminoso preso.
Os policiais prendem, os promotores acusam, e os juízes ‘soltam’, diz o ‘povo’.
Mas, as pessoas esquecem que os juízes julgam seguindo a ‘Lei’, e os advogados
de defesa que estão familiarizados com esses tipos de crime, são profundos
conhecedores das brechas das leis.
Assim é normal, quando um marginal é preso, que seja
detentor de extensa folha penal, constando inúmeras acusações e até condenações.
E todos perguntam: “como esse individuo está solto?” A resposta é simples – a
culpa é das ‘Leis Criminal e de Execução Penal’.
Por outro lado, se todos os apenados fossem presos, não
haveria prisão para todos. A progressão penal tem colocado nas ruas muitos
condenados, hoje basta cumprir 1/6 da pena para conseguir a progressão, não
fora isso as cadeias estariam muito mais abarrotadas do que está acontecendo.
Celas para um determinado número de detentos estão sendo ocupadas por quatro ou
cinco vezes suas capacidades. Isso é uma realidade incontestável, poucas
prisões conseguem manter o número de detentos por cela estabelecidos.
Então o que fazer?
Em primeiro lugar combater a miséria com seriedade e sem
politicagem.
Miséria se combate com emprego, com salários que satisfaçam
às necessidades básicas de uma família. Miséria se combate com oportunidades
iguais para todos, educação, saúde, saneamento, habitação, segurança e lazer
são as necessidades básicas que devem ser satisfeitas com um salário digno, que
possibilite o cidadão a sair verdadeiramente da miséria, pelos seus próprios
méritos, sem depender de benesses ou esmolas governamentais ou sociais.
É necessária também uma revisão das ‘Leis Penal e de
Execução Penal’, uma reforma séria que dê condições aos juízes de colocar e
manter criminosos atrás das grades.
E acredito a essa altura muitos estarão pensando que eu iria
propor o aumento de penitenciarias... Não! Pois considerando o nível que a
criminalidade atingiu em nossa sociedade e as graves consequências econômicas
que vivemos, não temos condições de investir na construção de novas
penitenciárias e manter nelas um número ainda maior de presos, seria até econômica
e socialmente imoral, retirarmos verbas que podem ser aplicadas em saúde,
educação e infraestrutura para alojar e manter marginais.
Mas, como resolver esse problema?
Só existe uma solução...
Na verdade as autoridades atualmente mesmo com todo o rigor de
suas ações, estão fazendo papel de tolos, pois reprimem a criminalidade, mas os
marginais estão fazendo a cada dia coisas piores, então elas não percebem ou
não querem perceber isso, pois aqueles que reconhecem são abatidos pelo
desânimo.
Cada dia os criminosos são mais violentos e fazem de
propósito, pois é uma forma de intimidar e afrontar a sociedade.
Será que a pena de morte poderia assustá-los? Ou o uso da
pena de morte ou pena capital aumentaria a violência? Será que não há nenhuma
esperança de dissuadir os criminosos de matar pessoas sem qualquer motivo?
A pena de morte ou pena capital é um dos temas mais controversos
e está dividindo a sociedades, são diferentes os pontos de vistas, opiniões e
razões abordadas por ambos os grupos.
Estamos defendendo usar a pena de morte como uma sentença
para os assassinos reincidentes (premeditado ou não), os assassinos em série, os
estupradores e pedófilos, e para aqueles reincidentes cujos crimes sejam
considerados selvagens.
A pena de morte é aplicada com frequência em 57 países, outros
35 têm a legislação que permite a pena capital, mas não a aplicam a mais de 10
anos, entre os que ainda aplicam a pena de morte, estão países como Estados
Unidos, Japão, Afeganistão, Botswana, Etiópia, Guatemala, Índia, Nigéria,
Sudão, Síria, Zimbábue e Uganda.
De acordo com relatório da Anistia Internacional, 1.634
pessoas condenadas foram executadas em 2015. Um aumento de mais de 50% em
relação ao ano anterior e o maior número registrado pela Anistia Internacional
desde 1989. No entanto, a China, que lidera a lista das execuções, não divulga
os números de aplicação da pena, pois são considerados segredo de Estado. A
estimativa é que a China, sozinha, execute mais presos que todos os demais
países juntos.
A maioria dos países deixa a decisão de adoção ou manutenção
da lei capital a critério do povo. Assim, em vários países o povo foi ou é
convocado por plesbicito para votar sobre o tema.
Em muitos lugares grupos de advogados, grupos de interesses
especiais e lobistas se envolvem, e tentam influenciar os cidadãos para votarem
contra ou a favor da lei.
Alguns defendem a vida de um criminoso alegando que todos
têm "direito à vida", é um excelente argumento e deve ser aplicado
também as vítimas. Alguns gritam, e gritam, sobre o direito do criminoso a vida,
mas esquecem de se preocupar e pensar sobre aqueles cujo ‘direito a vida’ foi
violado. Os direitos individuais de uma pessoa não são superiores aos de
nenhuma outra pessoa. Em uma visão individual, uma pessoa tem apenas dois direitos
– o ‘Direito à Vida’ e o ‘Direito de Escolha’ ou Direito de Decidir. Tudo o que
você pode fazer é determinado por esses dois direitos.
Para manter uma sociedade civilizada e sadia, as pessoas
devem ter uma moral ilibada e serem responsáveis por suas ações. Mesmo que o "direito
à vida" possa, em princípio, garantir que nenhum indivíduo tem o direito
de tirar a vida de outra pessoa, o ‘direito de escolha’, por outro lado,
garante que cada ação praticada é fruto de uma decisão tomada pelo indivíduo. Então
cada pessoa deve ser responsável pelos seus atos, se alguém tomar uma decisão
errada deve arcar com as consequências da sua decisão.
Assim, a sociedade não pode permitir que um indivíduo
sistematicamente tome decisões erradas, que coloquem em risco a vida de outros
e a saúde da sociedade. A "maioria" não pode sofrer por ações criminosas
de um individuo que coloque em risco essa maioria, então a sociedade deve tomar
uma ‘decisão’, pois a saúde social é mais importante que a vida de um único
marginal.
As pessoas que não são ateias, de uma forma ou de outra, querem
seguir os ensinamentos religiosos ou apenas acreditar em Deus. Essas pessoas,
em geral, acreditam serem superiores aqueles que não acreditam em um Deus. Eles
acham-se melhores simplesmente por causa de sua fé religiosa ou de sua crença
em Deus. Alguns usam suas crenças para defender a vida de assassinos
contumazes, sem levar em conta os sentimentos dos familiares das vítimas, sem
avaliar como uma morte prematura pode transformar em uma bagunça e tornar difícil
a vida dos familiares da vítima, garantindo estarem certos de acordo com sua
crença, se fechando em si mesmos a quaisquer outras opiniões contrárias.
Esta área específica é onde as coisas são muito nubladas.
Aqueles que possuem uma crença religiosa ou simplesmente acreditam em Deus,
creem serem perfeitos, e sua crença infalível. No entanto, como sabemos, os
seres humanos não são perfeitos e são sempre falíveis. Então é quase impossível
discutir e argumentar com aqueles que professam uma fé, sendo sua posição, de
acordo com os princípios dogmáticos de sua crença, a favor ou contra a pena de
morte.
Para buscar uma solução racional para os argumentos
estabelecidos sobre a sentença de pena de morte, temos que compreender o
direito moral, e objetivamente pesar o valor de uma pessoa em confronto com o
valor de toda a sociedade. E analisar friamente se a única opção disponível se
reduz a sociedade eliminar um assassino contumaz, com a certeza de ser esta a
única alternativa para salvar vidas de pessoas úteis e ajustadas socialmente, se
você acreditar ser melhor correr o risco que eliminá-lo, então acredite também
que sua vida não vale um centavo nas mãos de um assassino.
O direito individual à vida é automático (nasce com o
indivíduo), contudo quando o indivíduo tira a vida de outros, ele infringiu os
direitos a vida dos outros. O direito de um indivíduo não pode ser superior aos
direitos dos outros, e quando o indivíduo, por sua ação, nega os direitos dos
outros a vida, ele está errado... e pelas regras de igualdade ele também deve
ter seus direitos individuais negados.
A pena de morte é, sobre tudo, um de modo a prevenir o
crime. Algumas pessoas, no entanto, afirmam que a pena capital não faz nada
para impedir ou prevenir o crime. No entanto ela é forma de dissuasão e as
estatísticas, não podemos negar, mostram que, quando aplicada, ela ajuda a
deter os assassinos e os crimes que cometeriam.
Alguns defendem a prisão perpetua, acreditam que deve haver
algo errado, comportamental ou fisicamente, com os assassinos, estupradores e
pedófilos, e eles devem ser presos por toda sua vida, e não executados.
Na verdade esse grupo está empurrando sobre os ombros da
sociedade um duro e continuo peso financeiro e administrativo, que em nada
contribuirá para melhorar a sociedade. As verbas para manter esses criminosos
encarcerados, seriam muito mais bem aplicadas em atendimento das necessidades
do povo.
Em uma sociedade civilizada, cada indivíduo deve tomar as
medidas necessárias, para responsabilizar aqueles que tirarem a vida de
outras pessoas. A mensagem deve ressoar a uma só voz, de modo a fazer todos compreenderem
que aqueles que forem reincidentes em assassinar, estuprar e violar crianças pagará
com a sua vida seus crimes.
Finalizando, acredito que a pena capital poderia ser
aplicada por um determinado período, e, de acordo com os resultados, ser
posteriormente avaliada a continuidade da necessidade de sua aplicação.
E os presos deverão ser executados da forma mais humana
possível.
Eduardo G. Souza
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