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A Síndrome de Alienação Parental – SAP (Parental Alienation Syndrome - PAS) é a difamação sistemática por um dos pais contra o outro, com a intenção de alienar a criança contra o outro. O propósito da alienação é geralmente para obter ou manter a guarda sem o envolvimento do outro. A alienação normalmente estende-se a família do outro e aos seus amigos também.
Richard Alan Gardner (abril, 1931 – maio, 2003), psiquiatra e professor universitário, foi o pioneiro em descrever a Síndrome de Alienação Parental, em seu estudo desbravador Gardner não apresentou pesquisas, mais reuniu uma grande quantidade de estudos de casos sobre o tema. O livro de maior sucesso de Gardner é “O Livro de meninos e meninas sobre o divórcio“ (The Boys and Girls Book About Divorce), publicado em 1970, na ocasião da morte do psiquiatra, o livro já havia alcançado a 28.ª edição. Além dos livros, Gardner também criou jogos para serem usados na psicoterapia infantil.
O Dr. Richard Gardner, em seu livro "A Síndrome de Alienação Parental", afirma que muitas dessas crianças alegam, com orgulho, que a decisão de rejeitar um dos seus pais é própria. Elas negam qualquer participação do outro genitor.
Como na maioria dos casos as crianças permanecem sob a guarda da mãe, essa rejeição é dirigida ao pai. E, em geral, as mães apoiam isso com uma veemência dissimulada. Na verdade, as mães, muitas vezes, declaram que querem que o filho visite ou saia com o pai e reconhecer a importância de tal envolvimento, mas o comportamento delas, em geral, indica o contrário.
Essas crianças acreditam que declarando ser essa rejeição uma decisão própria, elas estarão aliviando a culpa das mães e protegendo-as das críticas. Tais disposições de suposto pensamento independente são aceitos pela mãe que, muitas vezes, elogiam as crianças por ser o tipo de pessoas que têm vontade própria e são corajosas o suficiente para expressar abertamente as suas opiniões.
Frequentemente, essas mães vão exortar seus filhos para dizerem a verdade a respeito de se querem ou não ver seus pais. As crianças, geralmente, acreditam que "a verdade" é que elas odeiam o pai e não querem vê-lo nunca mais. Assim, elas fornecem uma resposta - formulada - como "a verdade", e estarão protegidos da ira de sua mãe. Se elas externassem o que realmente queriam, certamente afirmariam querer ver seus pais.
É importante compreender que após um período de programação, a criança pode não saber mais qual é a verdade, e realmente acreditar que o pai merece o aviltamento que está sendo dirigido contra ele. Quando alcançamos este ponto do processo de lavagem cerebral o objetivo final foi então alcançado.
Essa teoria tem sido criticada, pois revelaria um preconceito do Dr. Gardner contra as mulheres, visto que as alegações de SAP normalmente partem dos pais e são usadas por advogados como uma arma que procura enfraquecer a credibilidade das mães no tribunal. Mas hoje, com o aumento do número de pais assumindo a guarda dos filhos, a SAP tem sido diagnosticada, em muitos casos, como a rejeição da mãe pela criança.
Eduardo e Lígia G. Souza.
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