Liberdade.

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Um grande abraço.
Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

domingo, 27 de dezembro de 2009

TUDO PASSA, TUDO PASSARÁ.


SER E ESTAR




Um dos maiores problemas do Homem e controlar suas próprias ansiedades e expectativas. Quando desejamos muito e conseguimos algo, existe uma tendência natural no comportamento humano, de buscar a preservação e a permanência do que muito almejamos e conseguimos alcançar.

Na filosofia oriental essa tendência é denominada “apego”.

Quando somos despojados de algo que conseguimos alcançar e consideramos ser de nossa propriedade ou poder, a sensação da perda é muito forte, e interfere inclusive em nossa forma de ver e sentir as coisas, criando situações em que nosso comportamento não condiz em nada com nossas palavras e até com pensamentos e idéias anteriores.

A sensação da perda produz um vazio, parece que está faltando algo dentro de nós, sentimos a falta de algo que muitas vezes não está nem em nosso consciente, o que de certa forma mascara até o nosso comportamento, dando justificativas para ações que nunca seriamos capazes de nos vermos realizando, pois contradiz tudo o que pregamos e dissemos em um passado, muitas vezes não muito distante.

Mas como superar essa situação, sendo ele entendida como um comportamento natural e normal, inerente a nossa condição de seres humanos?

Ensina a tradição e o pensamento oriental, que o cultivo de outra forma de ver nossas conquistas, sentindo e entendendo que tudo é efêmero e temporário, até o maior dos bens humanos, a vida, é temporária, poderá nos liberar do “apego”. Quando entendermos que não somos, mas estamos; entendermos que não possuímos, mas guardamos; que não somos donos, mas guardiões dos bens que nos foram entregues para usarmos e guardarmos, alcançaremos a libertação do “apego”. Essa outra forma de ver e entender as coisas e a vida é denominada “desapego”.

O “desapego" nos liberta dessa terrível sensação de vazio quando perdemos ou deixamos algum valor ou posição.

O grande valor do doar é o “desapego”! Quando você doa algo sentindo como se estivesse perdendo, é melhor não doar, pois doar não é perder, mas entregar algo que está em seu poder mais não lhe pertence.

Assim também é importante sempre nos lembrarmos que quando ocupamos um cargo ou posição, estamos e não somos, para quando deixarmos o cargo ou a posição não venhamos a sentir a sensação de perda e o vazio da ausência da condição que vivenciávamos.

Vivamos em paz e harmonia.

Eduardo e Lígia Gomes de Souza.

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