Liberdade.

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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

domingo, 25 de março de 2012

SUPERANDO AS DIFICULDADES.

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Nos últimos dois domingos no programa “Esquenta” da Rede Globo, a Regina Casé vem apresentando alguns cegos (pois como hoje um deles mesmo afirmou, prefere ser chamado de cego que portador de deficiência visual, a única coisa que ele não gosta é de ser chamado de “ceguinho”), que superaram todas as dificuldades e conseguem ser integrados socialmente. E ele ainda justificou, porque não ser chamado de portador de deficiência visual, pois, segundo ele, pode fazer com que ele sofra um acidente, então ele explicou: “- Já pensou se eu estou me aproximando de um buraco e um cara grita – ei, portador de deficiência visual, olha o buraco – eu já teria caído no buraco”.


Então fiquei pensando, a vida é cheia de dificuldades e obstáculos, desde o nascimento até a morte. Algumas vezes, nossa vida até parece ser uma corrida de obstáculos. Sabemos com certeza que iremos encontrar obstáculos em nossas vidas, mas muitas vezes somos pegos de surpresa. Então é necessário aceitar que a vida em geral, é cheia de dificuldades e adversidades. Este reconhecimento é o primeiro passo para que possamos superar as dificuldades e obstáculos.

Quando nos defrontamos com um problema, muitas vezes sentimos como se fossemos o único a ter problemas. Ou, temos uma tendência natural de exagerar nossos problemas e encará-los como os mais complexos, mais dolorosos ou como casos extremos. Mas se olharmos com atenção ao nosso redor, vamos encontramos pessoas em condições muito piores. Como dizia Santo Agostinho: "Eu chorei por botas, até que vi um homem que não tinha pernas”.


Quando nos defrontamos com as adversidades, reclamamos muito ou tentamos evitá-los. Então agimos como um avestruz escondendo a cabeça num buraco. Diz-se que quando há uma tempestade no deserto, o avestruz enterra a cabeça na areia, esperando que a tempestade vá embora se ele ignora-la e, finalmente, na maioria dos casos é enterrado sob um monte de areia e morre. Assim agimos alguns de nós, optamos por fingir que os problemas não existem, e não conseguimos entender que se não enfrentarmos e resolvermos os problemas eles irão crescer, crescer, até sufocar-nos. Não importa o quão doloroso seja o processo para a solução, mas nos iremos crescer e aliviar o peso do problema em nossa vida.

O primeiro passo para encarar o problema é aceitá-lo, ou seja, ser capaz de reconhecer que o problema é seu e cabe a você resolvê-lo. Muitas vezes costumamos colocar a culpa dos nossos problemas nos outros, nos pais, na sociedade ou nas circunstâncias da vida. Nada acontece por acaso, tudo é o resultado de um plano superior. Aceitamos também que tendo feito todos os esforços para sair da adversidade, caso ela persista devemos renunciar, como diz uma oração: "Deus, conceda-me serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e sabedoria para saber a diferença".

Então há momentos em que é necessária a resignação paciente? A verdade é que, em geral, procuramos sair de uma situação indesejável rapidamente. Devemos entender que, se a causa estiver presente há muito tempo, o efeito também iria durar muito, pois mesmo quando a causa for eliminada, o efeito poderá permanecer ainda por um longo tempo, por exemplo, quando algo é retirado do congelador, irá permanecer congelado ainda por algum tempo. Da mesma forma, os resultados podem não ser rápidos, devemos ter paciência e esperar a resposta.


Em outras situações nos defrontamos com problemas que não depende de nós a solução, não está ao nosso alcance resolvê-los. Então devemos nos abater, deixar que eles dominem nossas vidas? Nessas situações o problema deve ser encarado e suas consequências superadas. O exemplo é exatamente o apresentado no início de nossa reflexão, aquelas pessoas que estiveram no programa demonstraram ser capazes de conviver e VIVER com o seu problema a deficiência visual. O problema existe! O problema cientificamente parece não poder ser corrigido! Mas isso não os abateu, não fez deles pessoas inúteis e abandonadas, ao contrário, eles superaram o problema e a si, e estão vivendo intensamente e sendo capazes de demonstrar felicidade na adversidade.

Uma vez que tenhamos aprendido a lidar com uma dificuldade, ela deixa de ser um problema. Quando a lição é aprendida a ignorância acaba, e a força da dificuldade enfraquece.


Mas, frequentemente, a causa do problema é interna, ou seja, está dentro de nós e, muitas vezes, reclama por uma mudança. Muitas vezes, a dificuldade só será resolvida quando estivermos dispostos a mudar, nosso modo de pensar, nossos sentimentos, nossos gostos e desgostos e prontos para nos adaptar ou ajustar-nos a uma situação problemática ou a uma pessoa na vida.

Devemos entender que as mudanças são inevitáveis, e estarmos sempre preparados para elas. Nós nos apegamos às pessoas, coisas, valores, poder e lugares, e ficamos presos a essas coisas, não somos capazes de seguir em frente na vida. De fato, à medida que avançarmos em nossa vida espiritual, somos obrigados a desistir ou mudar um monte de coisas indesejáveis em nossa natureza. E essa sensação de perda, se não estivermos preparados para ela, traz um sentimento de vazio e de tristeza absoluta.

Circunstâncias acontecerão que não irão satisfazer as nossas expectativas. Os eventos acontecem como eles são e não como nós gastaríamos que fossem. As coisas acontecem e as pessoas se comportam como elas são e não como gostaríamos que se comportassem. Coisas e pessoas não são o que desejamos que eles sejam, nem o que parecem ser, na verdade eles são o que são. Abra seus olhos, para ver as coisas como elas realmente são, assim, poupar-se a dor de expectativas falsas e ilusões evitáveis.


Quando algo acontecer em sua vida, você pode aceitá-lo e procurar superá-lo ou se ressentir e acomodar-se, criando seus fantasmas e esperando a morte.

Eduardo G. Souza.
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