Etimologicamente, presidente é aquele que preside, que lidera (do latim pré- "antes de" + sedere "sentar", dando o termo praeses, palavra latina que significa "sentado na frente ou a cabeça"). Originalmente, o termo se refere a quem preside uma cerimônia ou reunião, mas hoje comumente se refere a um cargo oficial. Hoje em geral, presidente é o título comum para os chefes de estado da maioria das repúblicas, se popularmente eleitos, escolhidos pelo legislativo ou por um colégio eleitoral especial. Também é frequentemente adotado por ditadores.
Os substantivos podem declinar em gênero. Os substantivos apresentam dois gêneros: masculino e feminino. Substantivos biformes: são aqueles que apresentam duas formas para a indicação de gênero. Substantivos terminados em –"e" trocam por –"a": parente – parenta, mestre – mestra e, portanto, presidente – presidenta. Mesmo que o uso de formar femininos com –"enta" dos substantivos terminados em –"ente", como presidenta, almiranta, infanta, seja pouco generalizado, não está errado.
Além disso, não houve qualquer questionamento com a flexão dos substantivos: ministro – ministra, senador – senadora, deputado – deputada, etc. Portanto, o substantivo que designa o cargo deve concordar em gênero com a pessoa que exerce a função. Assim, de acordo com o bom senso gramatical, os substantivos designativos de cargos e funções públicas devem flexionar em gênero, uma forma para o masculino, outra para o feminino.
Registra o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, que é o veículo oficial para dirimir dúvidas acerca da existência ou não de vocábulos em nosso idioma, a palavra "presidenta" como um substantivo feminino, o que implica dizer que seu uso está plena e oficialmente autorizado entre nós. Pode-se dizer, portanto, "a presidente" ou "a presidenta".
Lígia G. Souza.
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