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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

terça-feira, 17 de abril de 2018

COMUNISMO E RELIGIÃO

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Os alemães Karl Marx e Friedrich Engels são apontados como os criadores das teorias e doutrinas do comunismo. Historicamente, porém, as concepções e ideais de uma sociedade comunista remontam ao período da Antiguidade clássica. Platão, em “A República”, descreveu um estado em que as pessoas compartilhavam todos os seus bens: "O privado e individual são completamente banidos da vida e tudo torna-se comum”.
Tanto o marxismo como o nazismo surgiram a partir do idealismo alemão do século XIX. A história é longa, sinuosa e complicada, começa com o racionalismo subjetivo iniciado por Descartes no século XVII. Ele sujeitou toda a realidade à dúvida metódica. Isso começou a caminhar em direção ao ceticismo e ao subjetivismo desenvolvidos por grandes filósofos como Locke, Hume, Berkeley, Kant, Fichte, Schelling, Hegel e Feuerbach, a última etapa do pensamento racionalista antes de Marx e Engels.
Ao longo de dois séculos, a filosofia tomou um rumo copernicano (para usar uma frase emprestada de Kant). Em vez do pensamento girando em torno da realidade; a realidade girava em torno do pensamento. A filosofia produziu a primazia da realidade para o homem, deslocando Deus. Não havia mais lugar para o cristianismo no pensamento ocidental, pelo menos no caminho que levou ao marxismo. A normatividade do mundo real foi descartada e Deus foi expulso como um intruso. A partir de então, o homem foi governado por interpretações subjetivas da realidade e por um materialismo exaustivo.
As consequências dessa dramática mudança da realidade para o subjetivismo tiveram consequências apocalípticas em nível pessoal, social e governamental, especialmente no Ocidente. Isso começou a acontecer antes mesmo da Revolução Russa, que é apenas um dos seus frutos amargos.
O ateísmo está no coração do comunismo. A palavra "ateísmo" vem de duas palavras gregas: ‘a’ que significa "não" e ‘theos’ que significa "Deus". Um ateu, portanto, é aquele que diz que "não há Deus". Ele nega a própria existência de Deus. A negação da existência de Deus é o fundamento sobre o qual toda a filosofia do comunismo é baseada. Karl Marx, afirmou que: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições sem alma. É o ópio do povo”.
Karl Marx acreditava que as religiões eram apenas obra do homem, e afirmou: “Religião é a impotência da mente humana para lidar com ocorrências que ela não consegue entender”.
Khrushchev, o ex-premiê russo, seguindo os princípios estabelecidos por Marx, perguntava as plateias, na televisão e no rádio, se os cosmonautas soviéticos tinham visto Deus em seus voos espaciais pelo céu. Quando as pessoas obedientemente respondiam que não, Khrushchev se voltava para a plateia e dizia: "Esta é a prova. Não existe Deus! Nossos astronautas nunca viram Deus!"
Marx acreditava que somente o comunismo poderia trazer a felicidade, ele afirmou: “O primeiro requisito para a felicidade do povo é a abolição da religião”.
Mas, na verdade, o comunismo é uma religião baseada na adoração do homem. Em janeiro de 1978, a revista National Geographic publicou um artigo sobre Moscou, em que o autor fez este interessante comentário: “Um dia, um amigo russo me alertou: ‘Você pode fazer piadas sobre muitas coisas aqui, mas não sobre a Segunda Guerra Mundial, quando perdemos tantas vidas, e sobre Lenin. Lenin não é apenas nosso George Washington, ele é mais que George Washington e nosso Jesus Cristo'. A imagem do pai da revolução aparece em toda parte, em escritórios e escolas, dentro e fora de edifícios, em parques e estações ferroviárias. Sua tumba de granito vermelho, na Praça Vermelha perto do muro do Kremlin, tornou-se para muitos russos o que o Santo Sepulcro de Jerusalém era para os europeus medievais - um lugar sagrado de peregrinação. A grande diferença é que a tumba de Lênin está ocupada e a tumba de Cristo está vazia!”
HL Mencken, jornalista e crítico social, afirmou que: “O comunismo, como as religiões reveladas, é em grande parte composto de profecias”.
David Benson, cientista social e professor da “College of Social Sciences and International Studies”, afirmou que: “o comunismo é uma religião, embora os comunistas tentassem negar isso!” Ele escreveu: “Se desconsiderarmos seu ateísmo por um momento, o comunismo tem todos os elementos de uma religião organizada: seus messias e santos - Marx, Engels e Lênin; suas escrituras sagradas - os textos desses homens; um bando de apóstolos e profetas - o Partido Comunista; uma nação eleita - o povo russo (ou chinês); pecado - definido como rejeitar o comunismo; conversão - tornar-se comunista; e acima de tudo a fé - a confiança total que se deve crer na verdade dos santos dogmas do comunismo.”
Essa ideia foi muitas vezes base de pregações de Billy Graham, pregador batista, que afirmou: “O comunismo é uma religião inspirada, dirigida e motivada pelo próprio Diabo, que declarou guerra contra o Deus Todo-Poderoso”. Essa ideia também foi dividida com Ezra Taft Benson, político e presidente da “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, que afirmou: “O comunismo introduziu no mundo um substituto para a verdadeira religião. É uma falsificação do plano do evangelho”.
Uma vez que eles negam a Deus, os comunistas também negam que existe um Criador. Se nada foi criado, então a matéria deve ser eterna. Esta é uma filosofia materialista que é totalmente contrária à realidade e à verdade.
Essa visão sem esperança é declarada da seguinte forma no Manifesto Humanista II, seção sobre "Religião": “A ciência moderna desacredita tais conceitos históricos como o "fantasma na máquina" e a "alma separável". Em vez disso, a ciência afirma que a espécie humana é um surgimento de forças evolutivas naturais. Até onde sabemos, a personalidade total é uma função do organismo biológico transacionando em um contexto social e cultural. Não há provas credíveis de que a vida sobreviva à morte do corpo.” Este parágrafo afirma que o homem nada mais é do que um corpo e, quando o corpo morre, tudo acaba. A morte acaba com tudo. Nesta visão, ninguém me fez; ‘Eu’ evolui! Não sou mais importante que um pardal, um verme, um tubarão, uma pedra ou um pedaço de madeira.
O materialismo é uma filosofia perigosa, enganosa e sombria. Ela inundou os Estados Unidos, e ensina que o homem é uma máquina eletroquímica e nada mais. O homem é feito de sangue, ossos, cérebro, etc. Ele é apenas um corpo e nada mais. De acordo com o materialismo, não há alma, nem espírito, nem parte imaterial do homem. Tudo é material, físico e químico. Tudo é matéria e matéria é tudo! O homem nada mais é do que um feixe de átomos, uma coleção de moléculas.
A embriaguez da licença (não a liberdade) é uma característica triste do comunismo marxista. Mesmo que apareçam de maneiras diferentes, tanto o marxismo leninista quanto o subjetivismo moderno levam a vidas vazias e a desastres colossais, tanto a nível pessoal como institucional. Como disse o escritor, filósofo e jornalista do Império Russo, considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história, Fiódor Dostoiévski, em sua magistral obra "Irmãos Karamazov": "Se DEUS não existe e a alma é mortal, tudo é permitido" - experimentação sexual escabrosa, aborto, bestialidade, suicídio, abuso de drogas, tortura. E talvez pior do que tudo isso é a renúncia ao uso da razão, que sempre parece perder quando luta contra a emoção, levando diretamente a desastres de todos os tipos.
Sobre essa visão materialista do comunismo, Adlai E. Stevenson, advogado e político, escreveu: “O comunismo é a morte da alma. É a organização da total conformidade - em suma, da tirania - e está empenhado em tornar a tirania universal”. E Billy Graham afirmou: “O comunismo decidiu ser contra Deus, contra Cristo, contra a Bíblia e contra toda a religião”.
De acordo com a teoria materialista de Marx, a história é uma série de lutas de classes e revoluções revolucionárias, levando finalmente à liberdade para todos. Marx derivou suas visões em parte da filosofia de Friedrich Hegel, que concebeu a história como o autodesenvolvimento dialético do “espírito”. Em contraste com o idealismo filosófico de Hegel, contudo, Marx sustentou que a história é impulsionada pelas condições materiais ou econômicas que prevalecer em uma determinada idade, "Antes que os homens possam fazer qualquer outra coisa".
Usando a ex-União Soviética como exemplo, Frank Meyers, filósofo e ativista político, descreve o comunismo como: “A forma estatal tomada por uma fé materialista determinada a governar o mundo".
O que o racionalismo subjetivo ignora é o fato de que o homem é um ser espiritual que aspira a um tipo de felicidade que as coisas materiais por si só não podem oferecer. Isso está inscrito em sua própria natureza, assim como sua convicção de que Deus existe e que existe uma lei de Deus. Isso explica por que o marxismo sempre falhou, mesmo em seu nascimento na Rússia, porque sempre teve que ser imposto pela força bruta. Mao Tsé-Tung, líder comunista chinês, afirmou: “O comunismo não é amor. O comunismo é um martelo que usamos para esmagar o inimigo”.
Norman Davies, historiador britânico-polonês conhecido por suas publicações sobre a história da Europa, da Polônia e do Reino Unido, comentando a queda do comunismo no leste-europeu, disse: “Os últimos anos de comunismo desvanecido, forneceram um ambiente ideal para a Igreja Católica da Polônia, que funcionava como um guarda-chuva para dissidentes de todos os tipos”.
E a situação não é diferente hoje. A maioria das pessoas rejeita o materialismo radical, por isso ele tem que ser imposto a elas por forças poderosas. Mesmo em países democráticos, a população corre o risco de sofrer lavagem cerebral pela educação, música, literatura, moda e modos de difusão cultural.
Aqueles de nós que são forçados a suportar essa tentativa de obliterar a dimensão espiritual do homem não pode ser uma maioria silenciosa. Mas, devemos combater essa servidão ao materialismo, temos o dever libertar a sociedade desse movimento catequizador, principalmente dos jovens, em direção a uma utopia, que já demonstrou não somente a sua irrealidade prática, como levou milhões de pessoas a morte, a fome e a miséria.
E como vamos confrontá-los? Sun Myung Moon, um líder religioso sul-coreano, nos mostrou o caminho: “O comunismo está tentando tomar o mundo pela força. Mas Deus conquistará o mundo pelo amor”.
Pat Robertson, advogado e ministro pentecostal, escreveu: “Eu pensava que o comunismo, a tirania do comunismo, era uma abominação e implorei a Deus que derrubasse esse terrível mal e ele fez. Foi um grande triunfo, demorou um pouco, mas aconteceu”.
Eduardo G. Souza.
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