Um exemplo mais notório do fracasso do regime comunista foi
a coletivização forçada, a reforma agrária realizada pelos soviéticos entre
1928 e 1933. Acreditava-se que a coletivização iria maximizar o uso e o
potencial do campo para suprir as necessidades urbanas e industriais. A indústria russa estava decolando e enormes
quantidades de alimentos seriam necessárias para suprir as necessidades dos
trabalhadores urbanos.
A resistência dos latifundiários e proprietários rurais,
muitos deles pequenos agricultores que trabalhavam sua própria terra, foi
violentamente combatida e muitos foram presos e mortos nas mãos dos
carrascos. A tomada de todas as terras
agrícolas e o confisco pelo estado das colheitas e do gado resultou no
desabastecimento e redução da produção agrícola. O resultado da coletivização
forçada foi pago pelos agricultores e pela classe mais baixa, mais de dez
milhões de pessoas morreram de fome em cinco anos.
Exatamente a mesma atrocidade aconteceu na China comunista,
entre 1958 e 1961. Durante este tempo, a agricultura privada foi proibida como
tinha sido na Rússia de Stalin, e cerca de 33 milhões de pessoas morreram de
fome, possivelmente a fome mais destrutiva da história da humanidade. Para sair
dessa crise econômica mortal a China adotou o ‘capitalismo de bambu’, regime
econômico chinês que divide o controle do Estado com a existência e o
crescimento do setor privado.
Essa ação dos regimes comunistas está relacionada à ausência
da garantia dos direitos de propriedade dos cidadãos. Marx defendia em seu
‘Manifesto Comunista’ o confisco forçado de toda a terra e propriedades para o
bem da comunidade nacional. Isto, do ponto de vista dos cidadãos comuns, é um
roubo. Pois eles são forçados a aceitar
decisões do governo comunista quer eles gostem ou não. Isso, é claro, deve ser aceito sem discussão
pois o "poder sempre está certo", e qualquer reação contrária resulta
em um monte de homens armados aparecerem e tomarem tudo você tem "para a
glória da pátria", como acontecia e acontece com os soviéticos e outros
cidadãos dos países comunistas.
A baixa produtividade dos regimes comunistas está associada
a uma característica da personalidade humana. Os incentivos, tais como salários
mais elevados, gratificações, são necessários para dar às pessoas a força e o
estimulo que necessitam para trabalhar duro em um trabalho difícil e produzir
mais.
Quando não há incentivos adicionais disponíveis, como
acontece nos estados comunistas, onde todos receberam uma parte igual, mesmo
que uns tenham trabalhado duro para produzir e outros não, faz com que as
pessoas em trabalhos difíceis rapidamente percam sua motivação. Por exemplo, se um trabalhador parar de se
preocupar muito com a qualidade, quando ele inspecionar os carros em uma linha
de montagem, e isso não faz nenhuma diferença para ele, pois não mudará seu
salário ou causará sua demissão, ele irá relaxar e diminuir a ‘enchissão de
saco’ dos companheiros da linha de montagem.
Essa falta de incentivo também tende a acender a revolta
contra o governo, pois os trabalhadores creem que o governo não lhes dá o
reconhecimento devido, quando eles fazem um bom trabalho. Essa revolta pode
desencadear comportamentos distintos, alguns ficam apáticos e diminuem o seu
ritmo de produção, outros partem para o vandalismo e passam a sabotar a
produção. Muitos estados comunistas caíram devido a este problema da falta de
incentivos.
A doutrina de Marx é repleta de lógica defeituosa, lacunas e
problemas não resolvidos. Sua ideia de economia é baseada na teoria do
valor-trabalho, que afirma que um carro, por exemplo, deve custar mais do que
uma TV, porque é necessário mais trabalho para produzi-lo. Mas esta é uma simplificação exagerada do
mercado.
A Pepsi tem o sabor quase idêntico ao da Coca-Cola, mas
custa mais barato. O trabalho é o mesmo,
mas as pessoas estão felizes em pagar mais caro por uma única diferença - o
nome da marca. O mesmo acontece com a
quase todos os produtos do mercado.
Da mesma forma, um tênis pode custar mais de 1.000 reais no
Brasil, apesar de ser fabricado na China ou Taiwan por cerca de 10 dólares. E
por que eles custam tanto? Porque as
indústrias que dão suas marcas, vai vendê-los com base na demanda do mercado,
da procura pelo público. É por isso que
elas pagam atletas para fazerem propaganda dos seus produtos, para torná-los
mais desejável para os fãs desses atletas.
É expressamente por isso que o marxismo-comunismo causou o
colapso total de tantas economias nacionais, ele pensa em um mercado sem
vontade, sem emoção, e não consegue entender que existe uma sutileza entre
determinados produtos e outros. A força da propaganda e marketing. Isso, em
primeiro lugar, é porque o comunismo se fundamenta em uma utopia, ele não é
baseado na realidade.
Marx ainda fundamentou sua filosofia comunista em outro
princípio discutível, a ‘luta de classe’, ele afirmou que ela tem sido, de longe,
a principal causa de todas as contendas, guerras, dos problemas econômicos e
dos regimes desmoronarem. Em geral as sociedades são classificadas em três
principais classes de pessoas: a parte superior, a do meio, e a inferior. A
classe superior detém a maior parte da riqueza; a classe mais baixa a menor
parte da riqueza; e a classe média fica de resguardo entre elas, mantendo a
esperança de ascensão e difundindo ideias e ideologias na classe mais
baixa. Sem a classe média, cabeças são
cortadas.
Na verdade o comunismo não abole a luta de classes, como ele
proclama, mas mantém-na. Ele faz isso porque em qualquer governo deve haver um
grupo de pessoas administradoras, e é provável normalmente esse grupo desfrutar
de seu poder. Ao manter o seu poder, os
líderes de um estado comunista separam a população em pelo menos duas classes,
a classe dominante (os membros do comando do partido comunista) e, de
preferência, todos os outros na classe dominada.
Os estados comunistas, geralmente, não têm admitido uma
classe média, e essa ausência é notada nas revoluções russa de 1917, chinesa de
1949, cubana de 1959, e em uma série de outras.
Todas essas revoluções terminaram com a ascensão de um estado dominado
por líderes e confrarias comunistas, e todos eles foram a ruína de suas
respectivas nações, porque os próprios líderes e seu entourage comunistas
assumiram as mesmas deformidades da classe alta elitista que haviam deposto.
Isso podemos constatar em nosso país, onde um partido
‘pseudo-comunista’, que mesmo não tendo implantado o regime comunista no país,
ao ascender ao poder passou a agir pior que os demais partidos que ele
severamente criticava. Eles vêm tentando eliminar a ‘classe média’, todas suas
ações foram para enriquecer ainda mais a ‘classe alta’, a quem eles se
associaram para assaltar o erário e as estatais, e para enganar, com esmolas, a
‘classe baixa’, pois é ela que com seus votos os mantêm no poder. Eles odeiam a
‘classe média’... Vocês lembram: “Eu odeio a classe média...” rosnou Marilena
Chauí no início da discurseira que enfadou a festa dos 10 anos de governo
lulopetista, e o ‘apedeuta’ rindo aplaudiu aquela ‘alienada’. E se continuarem
no governo esse ‘ódio’ levará fatalmente a extinção da ‘classe média’!
E finalmente, os regimes comunistas podem ser diretamente
responsabilizados pela morte de, pelo menos, oitenta e cinco milhões de pessoas
no século XX.
Stalin sozinho assassinou mais de vinte milhões, embora
algumas estimativas calculem de 53 a 80 milhões.
Em 1975, o Khmer Vermelho tomou o poder no Camboja e
estabeleceu uma utopia comunista. Eles imediatamente cometeram genocídio de seu
próprio povo. Pelo menos dois milhões foram brutalmente executados por métodos
primitivos, em conformidade com a posição anti-tecnológica do Khmer Vermelho,
muitas das vítimas foram assassinadas simplesmente por usarem óculos. Pessoas
muito Inteligentes foram presas e algumas executadas, pois eram consideradas
uma ameaça direta e grave para a Khmer Vermelho.
E não vamos esquecer Mao TséTung, ele pode não ter sido tão
mal como Stalin, mas ele era a própria definição de indiferença para com a
humanidade. Seu "Grande Salto
Adiante" causou a morte por inanição de mais de quarenta e cinco milhões
de civis chineses.
Assim não consigo entender como alguém, em sã consciência,
consegue ser comunista!
Eduardo G. Souza.
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