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Ao longo dos anos, temos avançado na causa do bem-estar humano e na compreensão de que a vida é um bem de valor real, digna do esforço humano para mantê-la custe qualquer sacrifício.
Com a compreensão verdadeira da vida, compreendemos que temos pouco controle de nossas vidas ou do futuro. Muitas vezes apenas reagirmos cegamente sem entender porque, e vivemos como as folhas sopradas pelo vento. É a felicidade da ignorância, é a felicidade da estupidez. Mas a compreensão do que está fora de si, é o que separa o humano do animal. Sem compreensão da vida, não somos melhores do que os animais e, algumas vezes, nos comportamos pior que eles.
No entanto, para alcançar a vida plena, temos que refletir sobre a nossa vida, e colocar a verdade à frente do ego, dos prazeres, do orgulho, dos preconceitos, etc., e, em busca da consciência do Ser, chegarmos à compreensão verdadeira e honesta de nosso comportamento como ser individual e social.
Quando repentinamente o mundo que aceitamos como nossa própria realidade, parece ter mudado e ficado mais violento, ficamos consternados: "Como é possível que essas coisas aconteçam?", "Precisamos mudar a lei!", dizemos uns aos outros. Nós não vemos que a lei, sem a sua compreensão, não vai mudar a nossa atitude ou dos outros perante a vida. A maioria dos crimes não é resultado de falha da lei ou porque os criminosos não são humanos, mas devido à falta de compreensão do indivíduo de sua condição humana.
Existe uma vasta literatura expondo a subversão da sociedade em nosso tempo, como foi tratada no livro "1984". Neste livro de George Orwell (um ativista da esquerda, que viu a luz) a realidade foi camuflada como ficção. Mas despojada da dramatização, a história predisse claramente o que estava para acontecer, ou seja, que a mentira seria apresentada como verdade, o ódio seria disfarçado como o amor e a guerra seria promovida como meio de impor a paz. A história seria constantemente reescrita para atender os planos do poder legal (Grande Irmão). As crianças (ensinadas em falsos valores) seriam espias de seus pais, para que eles tivessem um comportamento politicamente correto, tudo e todos estariam constantemente espionados.
Estamos vivendo em um mundo de privação da humanidade e da ignorância, porque não nos incomodamos em estudar e aceitar a lógica básica da vida. O comportamento social tem sido subvertido pelo individualismo. O senso comum tem se tornado uma mercadoria rara.
Eu tenho procurado fazer meu trabalho de conscientização, tenho ajudado a "mostrar o mundo ao mundo", para que no final não sejam capazes de dizer: "Nós não sabíamos, não tínhamos nenhum aviso". A vida é valiosa demais para desperdiçada.
Dizem que existem três tipos de pessoas no mundo: “aqueles que fazem as coisas acontecerem, aqueles que assistem as coisas acontecerem, e aqueles que nunca sabem o que os atingiu”. Aqueles que não querem se incomodar em tentar compreender os eventos, compõem as duas últimas categorias e é hoje a grande maioria das pessoas do mundo.
Nós não temos de sacrificar-nos a escravidão da ignorância. As luzes do mundo nunca brilharam mais brilhantes; hoje as noites escuras da ignorância foram transformadas em dias brilhantes do conhecimento; informações inundam nosso dia, a capacitação técnica tem mudado o mundo, mas ainda assim as sombras da ignorância e do desespero cada vez mais rapidamente formam nuvens e mais nuvens em nossas vidas.
O conhecimento é a única coisa de valor real que podemos acumular.
Um famoso filósofo chinês teria respondido à pergunta: "Qual é a primeira coisa que você faria como governante de um novo estado?", dizendo: "A primeira coisa que faria seria definir o significado das palavras."
Esse homem sabia da necessidade do conhecimento. Um significado claro para as palavras que usamos é essencial. Quando nós permitimos e incentivamos a adaptação de palavras para um determinado grupo, com significados próprios, perdemos a coesão social e promovemos as divisões sociais.
Então, vamos tentar definir o significado da palavra do que talvez seja o mais importante em uma sociedade humana. A palavra "moral".
A palavra moral significa o tipo de comportamento ou ação que é socialmente benéfico. Moral não é apenas, como alguém ou algum dicionário pode definir, uma questão de se comportar de acordo com a convenção social. A moral vai além de se comportar de acordo com a consciência, ou agir de modo racional dominando as ações emocionais. Moral não é uma exigência arbitrária da lei, do governo, dos pais ou de Deus, é um comportamento que, em longo ou curto prazo, é verdadeiramente de natureza benéfica para a vida. Se a moral faz exigências sobre a consciência é coincidência.
Se o verdadeiro sentido da palavra "moral" fosse positivamente ensinado e socialmente promovido, é improvável que a decadência social pudesse prosperar.
"Ideologia" é outra palavra que também merece uma menção. Ela significa uma ideia sobre o que se imagina seria socialmente ideal. Pode ser uma ideia pensada por alguns acadêmicos que acreditam que a sociedade pode ser planejada para atender desejos de uma elite, desprezando as lições da história da humanidade, ou pode ser parte de um brilhante plano para subverter ou enfraquecer uma sociedade adversária.
O que está sendo feito hoje, em todo o mundo, é simplesmente uma versão “high tech”, mais refinada, do que foi feito na Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin, é parte de um plano para tirar vantagem do desejo humano normal de obter alguma coisa por nada e culpar os outros pelos seus problemas.
O enredo é manipular o comportamento social, para o benefício do poder ditatorial.
Quando as lições de compreensão, a experiência e a razão são substituídas por desejos humanos deformados, a confusão e a frustração se tornam a base para o comportamento humano, e a sociedade torna-se cheia de conflitos, violência e práticas de corrupção.
O estudo das civilizações passadas revelam padrões comuns de crescimento e decadência, que terminam com a promoção do entretenimento e do prazer irresponsável. O individualismo substitui as atitudes cooperativas que originalmente fazem uma grande nação.
A Bíblia adverte contra a adoração de ídolos, e os ídolos em tempos pré-cristãos eram principalmente imagens de madeira ou metal. Hoje temos adoração de ídolos que podem variar de cantores pop, a equipes esportivas, partidos políticos e a líderes. Estes ídolos ocupam uma quantidade enorme do tempo do pensamento da sociedade, bem como os esforços dedicados de muitas pessoas inteligentes e altamente motivadas.
Que valor humano ou social resulta da ocupação de uma energia enorme e do esforço intelectual quando dedicado ao culto de atividades desnecessárias? Artes, esportes, política, etc., podem preencher uma necessidade social, mas quando a energia é dirigida a um ídolo em oposição ao bem-estar humano, ela está sendo socialmente desperdiçada e colocando em risco o bem estar social.
Afirma-se frequentemente que uma civilização foi superada pelos bárbaros, mas essa é a visão dos perdedores. Não há nada mais bárbaro ou primitivo do que o próprio comportamento social que leva à decadência dessa sociedade. Quaisquer armadilhas externas contra avanço da sociedade podem ser superadas quando a união social é mantida, mais nada pode alterar os resultados destrutivos de uma ação social que tem a intenção da gratificação pessoal, em vez do progresso humano e social.
A saúde de uma sociedade é medida pela sua moralidade. Pela natureza do poder moral, que "bárbaros" são superiores a moralidade? Mesmo que os bárbaros possam ser violentos, brutos e cometerem atrocidades terríveis, esses atos são menores em valor frente às atrocidades realizadas por uma sociedade degenerada, desperdiçando suas realizações humanas. Uma sociedade preparada para sacrificar os interesses particulares pelo bem-estar da comunidade tem uma forte motivação para combater e superar a degeneração social. Nós pensamos que nossa sociedade não pode declinar, mas decadência social é historicamente uma possibilidade.
Hoje as nações avançadas são efetivamente governadas por uma insanidade ditatorial. Sofrem com a perda significativa da memória histórica. Não existe uma sociedade que possa destruir o câncer da imoralidade social e inspirar um novo começo. Se uma "moral social" não emergir das crises que estão vivenciando as nações, nada poderá evitar um novo desastre da humanidade.
Eduardo G. Souza.
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