Liberdade.

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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Bombardeio da Cidade de Guernica.

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"El Guernica" - Pablo Picasso 
Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, ou simplesmente Pablo Picasso. 

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Em 26 de abril 1937, a cidade basca de Guernica foi alvo de um bombardeio cruel por aviões alemães, que produziu inúmeras vítimas inocentes e danos materiais. O fato é parte da Guerra Civil Espanhola, que começou em 18 de julho de 1936, quando o exército rebelde de Franco, revolta-se contra o poder legítimo do Governo da República, eleito democraticamente. Enquanto Stalin da União Soviética ajudou a República, Franco teve abundante apoio humano e material da Itália de Mussolini e da Alemanha de Hitler.
A aviação alemã tomou a iniciativa de bombardear Guernica por conta própria, sem pedir qualquer permissão ou notificar Franco. As aeronaves Junkers da Luftwaffe alemã realizaram um grande bombardeio contra uma aldeia desprotegida. A justificativa da razão para o ataque foi a possível existência de depósitos de armas, quartéis ou tropas, objetivos estratégicos ou que a cidade era uma junção de caminhos. Mas, na verdade, Guernica não tinha qualquer importância militar ou estratégica. A verdadeira razão foi um vergonhoso teste de fogo para os novos aviões e armas, que seriam usados na iminente Segunda Guerra Mundial.
Para explicar o inexplicável, Franco, em um comunicado delirante, culpou os republicanos pelo ataque, procurando conseguir uma desculpa. Em sua fantasia ele acusou os republicanos de bombardearem a cidade para culpar os seus nacionalistas. Escusado dizer, que este argumento não foi considerado por ninguém.
O horror que causou este episódio foi muito alto na opinião pública internacional, não só pelo sacrifício absurdo de inocentes, mas acima de tudo, por ser a primeira vez na história em que os alemães atacaram, pelo ar, uma cidade. Logo, cidades inglesas, alemães, francesas e japonesas seriam varridas do mapa com este método de ataque.
Observando a tela da direita para a esquerda, você pode ver uma mulher desesperada, gritando de dor dentro de uma casa que desaba e é incendiada. Para a esquerda duas mulheres novamente, a de cima olha para fora de uma janela na direção de um lampião que está em sua mão, e representa a luz da verdade, que ilumina os estragos da barbárie. A da parte inferior rastejando para fora da casa em agonia. No centro da composição está um cavalo, que girou sobre si mesmo, mostrando um estímulo, com a boca aberta e sua língua para fora quer mostrar a sua dor no evento. Logo acima está o sol ofuscado, demonstrando como a fumaça do bombardeio havia escondido o rei sol e a única fonte de luz tinha que ser artificial da lâmpada ao alto. Um pouco à esquerda de retalhos de aves, suas asas para o alto, parecem gritar desesperadas para o céu como se pedisse inutilmente uma explicação para o que aconteceu. Sob os pés do cavalo encontra-se o guerreiro morto, sua mão ainda segurando uma espada quebrada. Na extrema esquerda, um touro contempla a cena surpreso e perplexo, e ao lado dele uma visão terrível, a dor da mãe, oprimindo nos seus braços o pequeno corpo de seu filho morto, enquanto olha para o céu partido pela dor e sofrimento.
Na imagem os personagens gritam, gesticulam e morrem sob as bombas, cegos sem saber as razões. A denúncia da violência aqui é atemporal e sempre será usada como um canto contra a injustiça da destruição e da morte presente em qualquer guerra. Picasso pintou as quatro mulheres em atitudes desesperadas que representam a população civil indefesa, mas também o soldado caído, sem defesa e animais vítimas da loucura humana.
Picasso renunciou as cores para acentuar o drama e usa apenas tons de cinza, branco e preto, é o que em arte é chamado grafite.
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Eduardo G. Souza.
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