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Espero calmamente quem me traiu, permaneço ali, estático. O tempo é alucinante.
Ela vem, a expressão no rosto é de renúncia.
Fui vítima do seu mal, deixei manchar-me. Ela devorou a minha juventude, talvez um pouco mais. Enfrento os dias incolores. Nada restou em mim.
Mais surpresas? Agora não!
Passou o tempo e nada mudou.
Aperto as mãos, quero gritar. Quero quebrar o gelo dentro de mim. Quero romper a estagnação, que amortece meus sentimentos. Sufocados dentro de mim.
Promessas quebradas. O que resta? Ela era tudo para mim.
Só falta que ela me devore. Seu olhar é insuportável, os seus olhos são os meus assassinos. Não há mais porque viver. Ela tirou a vida de mim.
Eduardo G. Souza.
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