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Eduardo G. Souza e Lígia G. Souza.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TRANSTORNO BIPOLAR OU PSICOSE MANÍACO DEPRESSIVA

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A Psicose Maníaco Depressiva, hoje mais conhecida como Transtorno Bipolar (A denominação Psicose Maníaco Depressiva está sendo abandonada) consiste em crises cíclicas de alternância entre estados excitação mental e acessos melancólicos. Diferente das variações normais de humor, que todas as pessoas experimentam, os sintomas do transtorno bipolar são severos e podem resultar em prejuízos aos relacionamentos, desempenho ruim no trabalho e nos estudos, e até em suicídio.


A crise maníaco de excitação mental leva à fuga de idéias, acompanhada de uma inconsistência das mesmas. Esta crise de euforia pode levar à extravagância total. O paciente durante o estado de extrema excitação é muito desinibido, por exemplo, é capaz de tirar as roupas, rasgar suas vestes, cantar gritando, dançar extravagantemente, fazer compras desnecessárias e extremamente caras, etc.. Normalmente, estas crises são acompanhadas por um sintoma que é chamado de logorréia (o paciente começa a falar em um processo contínuo e inesgotável, numa profusão de frases sem sentido e/ou inúteis, em uma compulsão para falar loquaz e exageradamente). O discurso, em geral, contém trocadilhos e obscenidades. Alguns pacientes, em crise, são impelidos a praticar sexo compulsivamente. Geralmente, o conjunto é acompanhado por queixas de insônia.


A crise de melancolia, por sua vez, corresponde a uma profunda depressão que se caracteriza por uma tristeza permanente, independente das circunstâncias externas. O paciente sente-se desconfortável, experimenta sensações internas de ansiedade e angústia bastante intensas. As crises, por vezes, vêm acompanhadas por delírios e sentimento de culpa. A recusa de alimentos ocorre com bastante frequência. O maior perigo desses episódios é o suicídio. Por isso o paciente em crise requer um acompanhamento atento e cuidadoso. A crise de melancolia, por outro lado, é acompanhada por aquilo que é chamado de inibição intelectual, com a falta de concentração e diminuição da produção de idéias. Os movimentos ficam lentos, a indecisão é comum, acompanhada de um sentimento de impotência, falta de vontade e abulia (uma deterioração ou incapacidade, mais ou menos evidente, relativa ou temporária, da vontade de atuar, que se traduz na indecisão, na incapacidade para conceber ou concretizar ações e tomar decisões).


O tratamento, tanto na crise de euforia como na forma de melancolia, algumas vezes requer hospitalização, especialmente em casos graves, em que o paciente em crise perde totalmente o controle de seu comportamento e de suas ações (normalmente essa hospitalização ocorre contra a vontade do paciente). O uso da Amitriptilina e da Imipramina (antidepressivos tricíclicos, da classe dos mais conhecidos medicamentos antidepressivos, que têm larga utilização na prática clinica) e seus derivados são freqüentemente eficazes nas crises depressivas. Esses fármacos são indicados para as formas de ansiedade intensas ou delírios com risco de suicídio.


Os pacientes portadores de psicose maníaco depressiva ou transtorno bipolar requerem o acompanhamento continuo e constante de profissionais qualificados, para o diagnóstico e a terapêutica desse distúrbio mental.


Eduardo G. Souza.
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